Mulher fura esquema de segurança e é abraçada por viúva de Alencar


'Falei para ela que gostava dele, que ele foi humilde, foi guerreiro', afirmou.
Fila para o último adeus a Alencar em Brasília foi liberada às 12h45.

Mariana OliveiraDo G1, em Brasília
Alencar é velado no Palácio do Planalto (Foto: G1)Alencar é velado no Palácio do Planalto (Foto: G1)
A ex-servidora da Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República Marlene Celestino conseguiu furar o esquema de segurança montado no velório de José Alencar, no Palácio do Planalto, e tocar a mão do ex-vice-presidente. Ela foi abraçada pela viúva, dona Mariza, que estava ao lado do caixão.
Falei para ela que gostava dele, que ele foi humilde, foi guerreiro. (...) Ele vai ser amado para sempre"
Marlene Celestino, que furou o esquema de segurança no velório de José Alencar
"Falei para ela que gostava dele, que ele foi humilde, foi guerreiro. (...) Ele vai ser amado para sempre", disse Marlene na saída do palácio. Ainda chorando, afirmou que conheceu José Alencar da época em que trabalhou na secretaria de Políticas para Mulheres. "Eu conheço José Alencar. Sinto muito por ele ter partido. Que Deus olhe por ele."
Marlene disse que guardará a lembrança de algumas vezes que encontrou o ex-vice. "Ele tocava no meu rosto, conversava comigo", contou. Ao ser questionada sobre como passou pela faixa de segurança, ela disse: "Não sei, foi ele que me puxou."
A fila para o último adeus a Alencar foi liberada por volta de 12h45. Centenas de pessoas aguardavam desde as 9h para se despedir. O acesso foi liberado primeiro aos os idosos, e depois, às demais pessoas que aguardavam na fila. Todos passaram por detector de metais. Um segurança controlava o tempo de cada pessoa para que a fila não parasse.

"Valeu a pena ter ficado na fila para ver ele pela última vez. Foi um grande homem", afirmou a aposentada Leonice Carrosi de Souza, 77, que é de São Paulo mas estava em Brasília quando soube da morte. "Não queria receber uma notícia dessas, mas, como estava aqui, aproveitei para me despedir."
Primeira da fila
A primeira da fila, a aposentada Neise Azevedo, de 78 anos, disse estar muito emocionada em participar da despedida. "Para mim, é um exemplo de ser humano, homem honesto. Foi uma honra para o Brasil ter ele como vice-presidente. Era exemplo para todos os brasileiros. É muito emocionante para mim estar aqui porque eu conhecia a esposa dele, frequentávamos o mesmo clube."
Cremação
O corpo de José Alencar deve chegar a Belo Horizonte às 7h30. O caixão será recebido no aeroporto pelo governador Antonio Anastasia e pelo vice, Alberto Pinto Coelho.
A ex-servidora Marlene Celestino (direita) ao deixar o velório de José Alencar (Foto: Mariana Oliveira/G1)A ex-servidora Marlene Celestino (direita) ao deixar o
velório de José Alencar (Foto: Mariana Oliveira/G1)
O cortejo vai seguir pela Avenida Antônio Carlos, depois pela Avenida João Pinheiro até chegar ao Palácio da Liberdade, sede do governo de Minas Gerais.

A previsão é que o corpo do ex-vice-presidente chegue ao palácio às 8h30. Às 9h o velório vai ser aberto ao público. A cerimônia será encerrada às 13h.

A partir daí, haverá uma cerimônia privada à família. A cremação do corpo de Alencar deve ocorrer às 145h.
O corpo de Alencar chegou na manhã desta quarta a Brasília, onde será velado até as 23h no Palácio do Planalto.

O ex-vice-presidente morreu às 14h41 desta terça (29), no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em razão de câncer e falência múltipla de órgãos, segundo informou o hospital.
Em Portugal, onde recebeu nesta quarta-feira o título de "doutor honoris causa" da Universidade de Coimbra, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chorou ao falar sobre a morte do seu vice. "Conheço poucos seres humanos que tenham a alma de José Alencar, a bondade dele”, disse. Ele dedicou o título a Alencar.
DO G1

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