Distribuidoras discutem alta do combustível e atribuem preços à falta de anidro


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Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR

A Assembleia Legislativa recebe desde às 9h30 desta quarta-feira(20), usineiros, representantes das distribuidoras, e de postos de combustíveis, alem de movimentos sociais, para discutir como é formado o preço dos combustíveis em Natal e no Rio Grande do Norte. A proposição do deputado Fernando Mineiro (PT) pretender apontar soluções para tentar baixar o preço nas bombas ao consumidor final. “O objetivo é buscar encaminhamentos e soluções para o problema. A motivação para a realização desta audiência não foi apenas com o olho de quem é proprietário de carro, mas por que atinge muito mais o conjunto da sociedade, por que o preço influi no custo de tudo, como na questão dos fretes e preço da passagem”.
O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares, fez uma analise geral de como se constitui o preço dos postos, e defendeu uma reforma tributária para desonerar o preço ao consumidor. “A gasolina no Brasil é muito mais cara que nos Estados Unidos. Lá os impostos não passam de 8%, e aqui em alguns estados chegam a cobrar 60%”. O empresário do setor ainda revelou que, em contato com o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, a estatal quer rever os preços por considerar o preço baixo. No Brasil, não há reajuste na refinaria há um ano e meio. A Federação Nacional do Comércio vai elaborar nos próximos dias um estudo de como funciona o mercado natalense dos preços da gasolina e álcool.
Distribuidoras atribuem alta nos preços à falta de anidro no mercado
O maior vilão do aumento no preço dos combustíveis no RN é causado pelo álcool anidro, no caso, a sua falta, fazendo valer a máxima da lei da oferta e da procura. Esse foi o principal argumento dos representantes das distribuidoras Alesat e Petrobras Distribuidora, respectivamente Renato Rocha e Samuel Lopes, presentes à Audiência Pública sobre o tema.

O álcool anidro é usado como aditivo em combustíveis, composto por 99,5% de álcool puro e 0,5% de água. Na gasolina, substitui o chumbo, por ser menos poluente e pelo chumbo ser venenoso, prejudicial à saúde e ao meio ambiente.

Renato Rocha disse que o momento atual é de entressafra do produto, pois apenas 30% das indústrias do Sudeste estão em produção. Ele disse que o repasse de custos vai depender do período do ano em que o produto foi adquirido e posteriormente vendido.

Outro agravante é que o anidro também tem um prazo máximo de validade, pois é perecível. “Temos hoje uma condição climática no país que atrapalha e retarda essa safra. Um país que se diz produtor, mas que hoje importa a gasolina, mais um agravante para a elevação do preço”, disse Renato.

O representante da Petrobras Distribuidora afirmou que na primeira quinzena de maio as usinas estarão produzindo o anidro em sua totalidade. “Essa sazonalidade ocorre todos os anos. Se está em sobra, temos queda de preço e é isso que aguardamos para o período total de safra, que esse preço venha cair”, afirmou.

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