Idema aponta danos na área do rio Pitimbu após desmoronamento da BR-101

Júnior SantosIdema já havia a alertado sobre risco de novos assoreamentos do rio PitimbuIdema já havia a alertado sobre risco de novos assoreamentos do rio Pitimbu
A perícia ambiental realizada por técnicos do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) apontou danos ambientais após o desmoronamento de parte da pista da BR-101. Entre eles, a mudança da paisagem natural no entorno do rio Pitimbu, com assoreamento e soterramento da vegetação ciliar.

A comissão composta por dois engenheiros agrônomos, um engenheiro civil, um geólogo e um biólogo constatou que a “causa maior do acidente se deu por causa do transbordo na pista esquerda de água pluvial em excesso nos dois sentidos do fluxo das águas, por deficiência de escoamento do sistema de drenagem da rodovia, assim como deficiente manutenção do mesmo”.

A grande quantidade de água, num tempo relativamente curto, provocou o desmoronamento do aterro da pista à direita da BR-101, no sentido Parnamirim-Natal, além do rompimento do sistema de drenagem de águas pluviais e o carreamento de grande quantidade de sedimentos em direção ao rio Pitimbu.

Entre as conclusões feitas pela comissão que realizou a perícia ambiental está a de que a prefeitura municipal de Parnamirim deve fazer a drenagem urbana de águas pluviais em toda a área habitada da microbacia hidrográfica no entorno do rio. De acordo com o relatório, parte destas águas vão diretamente ao sistema de drenagem da rodovia e parte simplesmente escoa superficialmente em área de preservação permanente.

Outra recomendação é a de que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) apresente o cronograma da obra da BR-101, documento complementar ao projeto executivo já entregue ao IDEMA. Caberá ao DNIT também apresentar Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) visando à recuperação da mata ciliar e desassoreamento do Pitimbu.

De acordo com o diretor-técnico do Idema, Jamir Fernandes, a perícia ambiental servirá para subsidiar as ações do Instituto sobre o caso. “Vamos encaminhar o laudo à Procuradoria Geral do Estado para que se pronuncie a respeito”, informa Fernandes.

* Fonte: Idema.

Nenhum comentário:

Postar um comentário