Médicos suspendem atendimento aos planos de saúde nesta quinta-feira


Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR
Nesta quinta-feira (7 de abril), Dia Mundial da Saúde, médicos de todo Brasil farão um dia nacional de protesto contra a crise no sistema de saúde suplementar. Organizados pela Associação Médica Brasileira (AMB), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e pelo conjunto das sociedades de especialidades médicas, os médicos suspenderão o atendimento eletivo a todas as seguradoras e operadoras de planos de saúde.
Em Natal, a pedido da Associação Médica, do Conselho Regional de Medicina e do Sindicato dos Médicos, o deputado estadual, e também médico, Leonardo Nogueira (DEM) realizará uma audiência pública no Salão de Eventos da Assembleia Legislativa, a partir das 9h, com a participação dos médicos e suas entidades representativas, das empresas de plano de saúde e do Ministério Público.
Além de protestar contra os honorários pagos pelos planos de saúde por seus serviços, os médicos também querem chamar atenção para as interferências em sua autonomia profissional. Recente pesquisa Datafolha, encomendada pela AMB, apontou que oito em cada dez médicos brasileiros sofrem pressões para reduzir pedidos de exames e internações e para antecipar altas, entre outros problemas.
Segundo a AMB, tal postura das empresas de plano de saúde coloca em risco a vida dos pacientes. Ainda de acordo com a AMB, a suspensão do atendimento está referendada pela ética médica, sendo direito do médico suspender suas atividades quando diante de condições inadequadas para o exercício profissional ou de remuneração indigna e injusta (Capítulo II, Direito dos Médicos, inciso IV, novo Código de Ética Médica).
A Associação orienta aos pacientes para que remarquem consultas e outros procedimentos pré-agendados para o dia 7 de abril. Será garantido o atendimento às urgências e emergências.
A pauta de reivindicações dos médicos tem três pontos: reajuste de honorários com base na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM 2010); regularização dos contratos quanto a critérios claros de reajuste e periodicidade, e aprovação de um projeto de lei que determina inserir índice de reajuste anual nos contratos.
As entidades médicas querem também que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) se sensibilize com o protesto e cumpra seu papel de órgão regulador, arbitrando as relações entre empresas e médicos.
A paralisação desta quinta-feira (07/04) foi votada em reunião realizada na Associação Paulista de Medicina (APM), no dia 18 de fevereiro passado, quando lideranças de mais de 100 entidades médicas decidiram mobilizar a classe para suspender o atendimento aos planos no Dia Mundial da Saúde.

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