Copa do Mundo em Natal: qual o melhor negócio para investir?

Turismo, construção civil, entretenimento e tecnologia da informação despontam como fortes candidatos aos novos investimentos.

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No período pré-Copa o setor de maior investimento é a construção civil.
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A Copa do Mundo está presente no dia a dia de muitos natalenses nas escolas, quando vão trabalhar, quando transitam nas ruas da cidade e quando pensam em novos negócios. Foi pensando em tudo isso que as instituições que apóiam o micro empresário resolveram investir em cursos de capacitação técnica e em “unir” as cadeias produtivas para um bom resultado na economia. 

Mas até que ponto o natalense pode aproveitar oboom da Copa do Mundo? Qual o melhor setor de investimento? Qual o mercado copa que chegará em Natal? Como receber a demanda de milhares de turistas de uma só vez? E qual a impressão que deve ser deixada para os turistas?

Para responder essas e outras perguntas, o portal Nominuto.com conversou com os gestores dos projetos para a Copa do Mundo 2014 em Natal do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomercio). 

No Sebrae, o gestor do projeto Célio Vieira aposta em investimentos pontuais em determinados períodos: pré-Copa, Copa e pós-Copa. Ele explica que é preciso planejar e saber onde investir. “O trabalho do Sebrae está focado em cima dos novos setores, construção civil, Tecnologia da Informação, comércio varejistas, serviços, turismo, produção associada ao turismo (cultura e artesanato), agronegócios, madeira e móveis”, detalha. 

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Célio Vieira explica que é preciso planejar e saber onde investir.
O gestor explica que os setores foram definidos em função da importância em todas as partes do processo. “No período pré-Copa o setor de maior investimento é a construção civil, principalmente a parte especializada de produtos e serviços, como a terceirização para segurança da área, alimentação dos trabalhadores, compra de insumos e serviços”, afirma. 

No caso do setor de turismo, a aplicação de recursos durante a Copa do Mundo deverá ser empregada fortemente e deve atrair milhares de empregos temporários nos mais diferentes serviços como restaurantes, hospedagem, bugueiros, garçons e até babás. “Para cada setor, existe uma programação do Sebrae e alguns segmentos já iniciaram as atividades, outros, somente um ano antes e outros, durante os jogos”, explica Célio Vieira. 

Preocupado em atender bem os turistas - que sempre levam lembrançinhas – o Sebrae também capacita os artesãos para o trabalho voltado para a Copa, com a confecção de artigos de artesanato que devem ser levados para todos os lugares do mundo. “Hoje o diferencial do Sebrae é indicar qual o melhor caminho, através do mapeamento de oportunidades de negócios, onde colocamos a disposição do artesão como e através de qual maneira eles devem trabalhar”, justifica Célio. 

O sistema da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomercio) acredita que a demanda que irá surgir em consequência da Copa principalmente nas cidades-sede, merece ter atenção de cursos. Em Natal, existe programação para camareira de hotel, mensageiros, atendentes, recepcionistas, agentes de viagem, agentes de receptivo, garçom e outras áreas que compões a cadeia da atividade turística como um todo.

"O Sistema Fecomercio RN, composto por Federação do Comércio de Bens, Comércio e Serviços do estado, Sesc e Senac, tem como um dos seu focos a preocupação com a qualificação da mão de obra, um dos maiores gargalos para o desenvolvimento não só do estado como do país", explica o presidente da Fecomércio, Marcelo Queiroz. 

Na prática, os investimentos estão voltados para aulas na Escola de Hotelaria e Turismo Senac Barreira Roxa, que este ano receberá reforma. "Atualmente, no Rio Grande do Norte, a Fecomércio já ofereceu mais de 350 cursos e o surgimento das novas turmas acontecem de acordo com as demandas do mercado", destaca Marcelo Queiroz. 
Em 2010, a capacitação do Programa Senac na Copa somaram mais de 33 mil alunos que devem receber nos próximos meses, programas específicos de idiomas nas línguas inglês, espanhol, francês, italiano e alemão, em diversos níveis: básico, médio, avançado, conversação, Tefl, Toefl, instrumental e outros.


Por Marília Rocha

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