A informação está na Folha de S.Paulo, em reportagem de Catia Seabra e Bernardo Mello Franco.
Abaixo os principais trechos e aqui a matéria completa, na íntegra, para quem é assinante do jornal ou do portal Uol:
Em reunião marcada por duros ataques ao PMDB, o PT decidiu ontem escancarar a política de alianças para as eleições municipais de 2012.
Resolução aprovada no encerramento do 4º congresso do partido abre brecha para coligações com o PSD, do prefeito Gilberto Kassab.
O documento não descarta nem mesmo a possibilidade de petistas dividirem palanque com os oposicionistas PSDB, DEM e PPS.
O partido rejeitou proposta do diretório de Minas Gerais que barrava alianças com rivais no plano federal.
O texto aprovado só diz que os adversários do PT "serão as agremiações que representam o bloco conservador", citando as três siglas.
Alas da esquerda petista propuseram limitar a participação do PMDB nas chapas. Prevaleceu a tese de que o PT deterá as rédeas do governo em qualquer aliança.
"Não considero o PMDB comprometido com os direitos dos trabalhadores. Algum delegado aqui se orgulha de o Michel Temer ser vice-presidente?", disse Júlio Turra, da tendência Trabalho, Terra e Soberania.
"Michel Temer não é do PT. Portanto, é apenas um aliado. E é um aliado importante", reagiu o vice-presidente do PT, deputado José Guimarães (CE).
A cúpula do partido insistiu na tese de que o PMDB é uma ferramenta para a manutenção do projeto petista. "O PT não se dilui nas coligações. Mantém a hegemonia dos processos", disse o presidente do partido, Rui Falcão.
O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), comemorou o fato de os petistas terem deixado, pela primeira vez, de explicitar a preferência por alianças com "partidos de centro-esquerda".
Mas a aproximação com o PSD também foi criticada. "Estamos ajudando a criar uma cobra. Porque esse partido é reorganização da direita para nos derrotar nas próximas eleições", disse o ex-ministro José Fritsch (Pesca).
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