DE SÃO PAULO
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Baleado nas costas durante a operação de reintegração de posse do Pinheirinho, em São José dos Campos (97 km de SP), o ajudante de pedreiro David Washington Furtado, 30, disse a entidades de defesa dos direitos humanos que tem como reconhecer o guarda civil municipal responsável pelo tiro.
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Em depoimento aos membros do Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana), órgão da Secretaria Estadual de Justiça e da Defesa da Cidadania, Furtado narrou em detalhes como foi o tiro que o atingiu nas costas.
Casado e pai de um bebê de colo, Furtado narrou ter sido ferido nas costas no dia 22 de janeiro, durante a reintegração de posse comandada pela PM, quando se dirigia para um local indicado pelas autoridades para fazer um cadastramento. Ele está internado e corre risco de não voltar a andar.
| Apu Gomes - 27.jan.12/Folhapress | ||
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Na terça-feira (31), a Polícia Civil apreendeu as armas de sete guardas civis municipais de São José dos Campos para descobrir qual deles atirou contra Furtado e, contrariando normas de segurança, usou munição letal durante uma operação de reintegração de posse.
As armas apreendidas são sete revólveres calibre 38, armas que usam o mesmo tipo de munição que atingiu Furtado. Elas vão passar por uma perícia que deve determinar se o tiro partiu de alguma delas.
À Polícia Civil, os sete guardas municipais negaram terem sido responsável pelo tiro que atingiu Furtado.
A Prefeitura de São José dos Campos afirma que os guardas ouvidos não foram afastados. Ainda segundo a prefeitura, uma investigação foi aberta pela corregedoria da Guarda Civil Municipal para apurar se houve abuso por parte da corporação durante a operação de desocupação do Pinheirinho.
Ouça o relato de Furtado:
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