BRs ganham vigilância eletrônica

Operários do consórcio Maxivias estavam instalando e concretando, ontem à tarde, um dos  postes de ferros de sustentação de dois "pardais" eletrônicos que vão funcionar na Reta Tabajara, na BR-304, a dez km da cidade de Macaíba, onde na noite de quarta-feira, dia 8, o Corsa que trazia uma equipe de radialista da Rádio Difusora de Mossoró, bateu num cavalo, matando o árbitro assistente e policial militar Clistenis Juny de Souza Alves, vinha paraa atuar no jogo América x Potiguar pelo Campeonato Estadual de Futebol.
Aldair DantasCom instalação de radares, Dnit quer que limite de 80 quilômetros seja respeitado pelos motoristasCom instalação de radares, Dnit quer que limite de 80 quilômetros seja respeitado pelos motoristas

O radar eletrônico funciona com fotosensor, mas não mostra a velocidade do veículo para o motorista que ultrapassar a velocidade permitida - hoje é de 80 km na Reta Tabajara, conforme as placas de sinalização atualmente existentes ao longo da BR-304.

A instalação de barreiras eletrônicas nas rodovias federais são de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com quem a TRIBUNA DO NORTE tentou se comunicar por intermédio de correio eletrônico, mas não conseguiu. 

Morador da Reta Tabajara, Pedro Mendes da Silva concorda com a colocação do "pardal", dizendo "que já era para existir isso há uns dez anos". Para ele, se fossem colocadas todas as cruzes na beira da estrada, "não dava para contar o número de mortos" por causa de acidentes no trecho daquela rodovia federal. Outro morador da área é mais contundente, chamando à atenção para os motoristas e o número de veículos que trafegam acima da velocidade permitida, dificultam a passagem dos pedestres para um lado e outro da pista: "Nós também temos o direito de ir e vir, não é só eles não".

Outros dois equipamentos eletrônicos já estão instalados na BR-304, no trecho entre o posto da Polícia Rodoviária Federal e o  chamado trevo de Jundiaí, na entrada de Macaíba.

Lá estão instalados, mas sem funcionar, duas lombadas eletrônicas, que ao contrário do "pardal", registra e mostra para o motorista a velocidade imprimida pelo veículo no momento que ultrapassa o sensor eletrônico colocado na pista de rolamento.

O  motorista Francisco Dantas opina que quando a lombada eletrônica começar a funcionar "vai ser pior", mesmo retirando a lombada convencional de concreto. "O melhor aqui era um sinal para controlar o  trânsito", disse ele, achando que "mesmo com a lombada as batidas traseiras e laterais vão continuar". O limite de velocidade no trecho é de 60 km/h

Na chamada Curva da Morte, em Felipe Camarão, também funcionam duas lombadas eletrônicas, cujo limite de velocidade é de 40 quilômetros por hora, mas o artesão Raimundo Nonato Cavalvante é da mesma opinião que o motorista Dantas. "Aqui o que também resolveria era um sinal", disse ele, com  relação a lombada eletrônica que foi colocada na entrada de Felipe Camarão, embora admitisse que a redução da velocidade dos veículos "diminuiu muito o número de acidentes".

Pelo Pelo cronograma do Dnit, conforme a TRIBUNA DO NORTE já havia noticiado há dois anos, as BRs que cortam o Estado vão receber 29 barreiras eletrônicas, 23 radares fixos e ainda 45 controladores de avanço de sinal. Em fevereiro do ano passado, o Dnit já anunciava que, inicialmente, seriam instalados no Rio Grande do Norte 32 lombadas eletrônicas, inclusive na BR-406, logo depois da ponte de Igapó.

do TN

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