Onda de calor deve continuar

Durante o dia, a temperatura chega a 30 graus, mas em alguns lugares a sensação térmica pode chegar a 40 grausA onda de calor sentida nos últimos dias deve continuar. A alta na temperatura vai além do fato de ser esta a estação mais quente do ano. A mudança que tem feito o natalense usar - quando possível - menos roupas é causada pelo fenômeno de resfriamento nas águas do Atlântico Sul e ocorrência de ventos abaixo da média dos últimos dois anos. Com isso, a umidade diminui deixando o tempo mais seco, sobretudo no interior do estado. A expectativa é que somente com as "fracas" chuvas previstas para janeiro a março a temperatura abaixe.O chefe do setor de meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot, diz que a preocupação é a elevação da temperatura mínima que está acima do normal, uma vez que a máxima não sofreu alteração e permanece em torno dos 30 graus. Em Natal, durante a madrugada os termômetros chegam a marcar 25 graus, nos últimos dias, quando o normal seria até 24 graus. 

"O ambiente não está resfriando como devia, está um grau a mais, devido a umidade. E os ventos mais fracos não carregam  umidade", explica Bristot. Em consequência, a temperatura  entre às 8h e 9h da manhã chega a 28 graus, no Litoral Potiguar. Em bairros como o Centro e Alecrim onde há maior impermeabilização e crescimento populacional a sensação térmica pode chegar a 40 graus. E, no interior do Estado, 26 graus. "Como no interior a umidade relativa do ar está entre 28 a 30% se consegue um resfriamento maior, já na região litorânea a retenção de calor é maior", observa o meteorologista. 

Pancadas de chuvas devem ocorrer entre os dias 1º a 10 de janeiro, mas sem força para mudar a alta temperatura. Previsão divulgada pela Emparn, na última semana, indicam que o período de janeiro a março de 2013 terá um regime de chuvas "entre normal e abaixo do normal".  O prognóstico negativo - contrariando as esperanças  após a pior seca dos últimos 50 anos - foi obtido a partir de análises de dados da atmosfera e dos oceanos.  Essa variável aponta para um período chuvoso desfavorável.

Caso a previsão se confirme, a tendência é que chova entre 70 milímetros e 100 milímetros em janeiro e fevereiro."Caso ocorra o aquecimento nas águas do Atlântico Sul teremos melhorias tanto em relação ao calor, quanto a umidade", acrescenta.

Saiba mais

Com o aumento da temperatura, o risco de desidratação e outras doenças aumenta e acomete sobretudo, crianças e idosos. De acordo com o geriatra Gustavo Rêgo, o aumento do fluxo de pacientes com desidratação, problemas renais, aumentam nesse período do ano. Veja dicas do especialista de como se proteger:

Por terem menor reserva de líquidos, os idosos devem ingerir mais água que jovens e adultos nesse período. O mínimo recomendado pelo médico é de 1,5 litro, por dia para evitar problemas renais, queda da pressão arterial e desidratação. 

Pacientes com insuficiência cardíaca ou renal - que têm restrição na ingestão de água - é preciso consultar o médico particular e obedecer a quantidade prescrita.

Como para manter a temperatura do corpo normalizada, o organismo se vale muito mais do sistema de resfriamento da pele, por meio do suor, é preciso aumentar o consumo de frutas como melancia, melão, abacaxi e verduras.

Optar por ambientes climatizados e, quando exposto ao sol, usar proteção física como chapéus, sombreiros e o filtro solar podem evitar lesões na pele, mais frágil com o envelhecimento. Não tomar sol entre às 10 e 16h.
da TN

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