Foragido mantém mulher refém desde a noite de ontem no centro de São Gonçalo

Alexsandro Silva está dentro de uma residência e proprietária fez desenho da casa. Foto: Thyago Macedo
A Polícia Militar intensificou o cerco ao imóvel onde o foragido da justiça Alexsandro da Silva Lima mantém uma mulher refém desde o final da tarde de ontem, no Centro de São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Natal. Mais de 30 oficiais estão no local desde os primeiros minutos da ocorrência e, segundo o comandante da Companhia Independente da PM no município, capitão Ivson Lima, o acusado disse que está fazendo isso em represália pelo assassinato de um tio dele, morto durante uma troca de tiros no início da semana.
Até o fechamento desta edição, às 13h, o capitão Givanildo Gomes continuava a negociar a liberação da refém, identificada apenas pelo prenome de “Sinara”, e a rendição de Alexsandro, que, conforme a PM, é acusado de estupro e homicídio. Por volta das 12h, ele teria se estressado e exigido comida e água, para que não matasse a mulher.
“Entregamos o que ele exigiu e aproveitamos para fazer mais uma tentativa com ele, para que libertasse a refém e se entregasse, em troca de segurança. Mas, até agora, ele não aceita a rendição e disse que está fazendo tudo isso porque a polícia teria matado o tio dele. Ele permanece armado dentro do imóvel”, explicou o capitão Ivson.
O oficial disse ainda que, além das acusações de estupro e homicídio, Alexsandro é apontado ainda como um dos participantes de um estupro coletivo cometido em uma granja na área rural de São Gonçalo do Amarante, há uns três anos. Ele cumpria pena em regime semi-aberto por assalto a mão armada e, como deixou de se apresentar à cadeia, passou para a condição de foragido do sistema prisional potiguar.
Cárcere privado se arrasta desde o início da noite de ontem e atrai curiosos. Foto: José Aldenir
Ele disse que Alexsandro fez a mulher de refém após ter sido abordado por policiais militares em um imóvel, situado na Rua 31 de Março e que pertence a uma tia dele. Na ocasião, ele atirou contra os oficiais e correu para dentro da residência, onde “Sinara” estava. O local foi cercado e, para evitar ser preso, o acusado manteve ela como moeda de troca. “Eles estavam consumindo drogas quando tudo começou”, disse o capitão Ivson.Segundo o capitão Ivson, durante as primeiras 18 horas do cárcere privado, o acusado se manteve calmo, tranquilo e não aceitou as tentativas de rendição propostas pela Polícia Militar, que teve que cercar a rua onde está situado o imóvel do cárcere, por segurança. Apesar disso, é grande o número de curiosos que acompanham o trabalho realizado pelos oficiais.
O oficial disse que espera vencer o acusado pelo cansaço, o que não estaria longe. “Ele já está lá dentro há muito tempo e, pela nossa experiência, como ele tem drogas lá dentro, pode ser que não se renda tão cedo ou pior, faça algum mal à refém. Por isso, estamos muito cautelosos e não tomaremos nenhuma medida radical, para não correr o risco de por tudo a perder”, afirmou capitão Ivson.
Fonte: JH

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