Temer coloca Minha Casa Minha Vida à beira do abismo

Minha Casa, Minha Vida
Considerado pela ONU como um “exemplo para o mundo”, o Minha Casa Minha Vida (MCMV) mudou a vida de milhões de brasileiras e brasileiros. Mas os maiores beneficiados pela iniciativa durante os governos Lula e Dilma estão sendo cada vez mais deixados de lado na gestão Michel Temer. O tema é abordado na segunda edição do informativo Argumento, lançado nesta segunda-feira (10).

O documento destaca que o MCMV, lançado em 2009 pelo ex-presidente Lula, garantiu moradia digna há 11 milhões de pessoas, quase o equivalente à população da cidade de São Paulo. Durante os governos do PT, a cada 10 moradias, seis eram destinadas às famílias com renda mais baixa, com ganhos de até R$ 1.800 (faixa 1). Nessa faixa, as mulheres tem 89% da titularidade das moradias.

A gestão atual, porém, inverteu as prioridades. Das 610 mil contratações para 2017 anunciadas – abaixo da previsão da gestão Dilma de 750 mil unidades por ano, apenas 28% serão destinadas às famílias com renda familiar de até R$ 1.800 (faixa 1).

“A faixa 1 é a que atende as famílias que mais precisam, onde se concentra 80% do déficit habitacional brasileiro. Estão transformando o programa social numa linha de crédito imobiliário”, disse recentemente o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos.
A crítica tem fundamento. A única coisa que decolou no programa foi o percentual de contratações voltados para as maiores faixas de renda (2 e 3).
Temer ainda ampliou o valor da faixa de renda 3, que passou de R$ 6.500 para R$ 9.000. Na época, a líder do PT no Senado, Gleisi Hoffmann (PT-PR), criticou duramente a medida. “Anunciaram outro Minha Casa Minha Vida, mas para quem ganha até R$ 9.000. Essa gente do governo está louca?”, questionou.
O informativo Argumento é uma iniciativa da Liderança do PT no Senado, elaborado pela Equipe de Informação e Documentação e assessoria. O informativo é enviado por e-mail semanalmente, ressaltando avanços sociais, políticos e o fortalecimento da democracia obtidos nos 13 anos dos governos petistas.

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