CRISTINA MORENO DE CASTRO
FOLHA DE SÃO PAULO
FOLHA DE SÃO PAULO
A reitoria da USP (Universidade de São Paulo) marcou uma reunião nesta quinta-feira com a direção e estudantes da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) após um aluno ser assassinado no estacionamento do campus, na zona oeste de São Paulo.
Corpo de jovem morto na USP será enterrado em Caieiras
Alunos fazem ato por mais segurança após morte na USP
Diretor diz que problema de segurança é "concreto" na USP
Aluno é morto em estacionamento da USP
Alunos fazem ato por mais segurança após morte na USP
Diretor diz que problema de segurança é "concreto" na USP
Aluno é morto em estacionamento da USP
Na manhã de hoje, um grupo de alunos protestou contra a falta de segurança, fez um minuto de silêncio em homenagem ao colega, e seguiu em passeata até o prédio da reitoria, onde foi entregue uma carta aberta ao reitor, João Grandino Rodas.
"Os casos de violência na USP têm se tornado uma triste constante", afirma o documento, que pede medidas concretas para o problema, como melhoria da iluminação e aumento do número de vigilantes.
A carta foi recebida pelo chefe de gabinete da reitoria, Alberto Carlos Amadio, que disse estar "chocado" com o crime e que "todas as medidas necessárias seriam tomadas".
As aulas da FEA estão suspensas, e um grande número de alunos, de vários cursos da USP, estão reunidos em frente ao prédio. Às 10h30 estava prevista uma discussão sobre a segurança no campus.
Maira Madrid, presidente do Centro Acadêmico da FEA, disse que os estudantes continuarão "lutando para que mude alguma coisa desta vez".
O diretor da FEA, Reinaldo Guerreiro, disse hoje que "o grau de insegurança é bastante alto" na USP. À Folha, disse que sua faculdade já havia tomado medidas próprias de segurança, como a instalação de câmeras no interior do prédio.
Guerreiro também afirmou ser favorável ao patrulhamento de PMs no campus, e que a FEA pretende instalar catracas para restringir a entrada no prédio até o próximo semestre.
CRIME
Felipe Ramos de Paiva, 24, era estudante de ciências atuariais e foi morto com um tiro na cabeça por volta das 21h30 de ontem. Segundo testemunhas, ele foi seguido por uma pessoa após sair da aula. Os dois discutiram.
A assessoria de imprensa da USP informou que o vigia do prédio da FEA ouviu os tiros e correu para o local. A vítima foi encontrada caída ao lado de seu carro --um Passat preto blindado--, que estava com a porta do motorista aberta. Não foi possível socorrê-lo.
Não há câmeras no estacionamento e existem apenas dois turnos de vigilantes.
Não há informações sobre quem atirou contra o jovem. A USP registrou ao menos cinco casos de sequestros-relâmpagos dentro da Cidade Universitária entre os meses de março e abril.
As bandeiras da universidade foram hasteadas a meio mastro hoje, em sinal de luto pela morte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário