Órgãos públicos discordam sobre riscos de desabamento em trecho da BR-101


Do Diário de Natal
O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-RN) garante que são altos os riscos de desabamento no trecho da BR-101 próximo a Emaús, em Parnamirim, que já havia se transformado em uma cratera de 10 metros de profundidade no início do ano e sido recuperado com recursos do Governo Federal. A ação do Exército na quarta-feira passada, que interditou uma das vias da rodovia, parece reforçar a preocupação do Crea. Discordando desses dois órgãos, no entanto, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) alega que não existem riscos e essa interdição temporária serve apenas para a colocação de contenções na encosta, em virtude da realização do Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRAD).
De acordo com a assessoria de comunicação do Dnit, ao longo dos três últimos meses houve acompanhamento técnico no trecho, aplicando-se o que está subscrito no PRAD. "As lonas servem para a proteção da área degradada e estão seguindo o cronograma de recuperação do Rio Pitimbu e das obras de duplicação daBR-101", afirmou a assessoria do órgão.
O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-RN), Adalberto Pessoa, frisou que o trecho continua apresentando risco iminente. Segundo Adalberto, o Dnit não apresentou o projeto da obra, nem prestou acompanhamento técnico de engenharia no local. "Desta forma, acredito que o trecho pode romper a qualquer momento. As obras de engenharia não podem ser feitas de qualquer jeito", criticou.
Dnit rebate críticas feitas pelo Crea
O Dnit rebateu as críticas do Crea e garante que um projeto de 43 páginas já foi apresentado ao Ministério Público Federal. Segundo informações da assessoria do DNIT, o fechamento da cratera custou aproximadamente R$ 90 mil, investimento que faz parte do projeto de duplicação da BR-101. Os R$ 4,5 milhões liberados pelo Ministério dos Transportes serão para a construção dos bueiros que canalizarão as águas pluviais, facilitando a drenagem do local e o consequente fluxo do Rio Pitimbu, obras seriam feitas e concluídas ainda neste semestre.
O trecho interditado é exatamente o mesmo onde, no último dia 21 de janeiro, abriu-se uma cratera devido à força da chuva. Uma semana após o desabamento, o ministro do Transportes, Alfredo Nascimento, visitou o local e disponibilizou a verba para a recuperação da pista. A rodovia foi liberada para o fluxo de trânsito no dia 6 de abril, após obras do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT) e do Exército.

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