Esta terça-feira foi marcada de despedidas e homenagens à Monsenhor Francisco de Assis Pereira, que faleceu ainda no início da manhã, na Casa de Saúde São Lucas, onde estava internado desde a última segunda-feira. Homem culto e estudioso, Monsenhor Assis dedicou 53 anos de sua vida ao sacerdócio, desempenhando várias funções na Arquidiocese de Natal, além de ter sido o postulador da causa de beatificação e canonização dos Mártires de Cunhaú e Uruaçú. O velório acontece na Catedral Metropolitana de Natal, onde haverá uma missa de corpo presente às 8h.
Aos 76 anos de idade Monsenhor Assis faleceu em decorrência de complicações em um câncer na laringe que vinha sendo tratado há pouco mais de um mês. “Ele tinha passado pela primeira etapa do tratamento fazendo radioterapia e agora estava aguardando uma avaliação do seu médico para saber se iria continuar o tratamento ou se seria necessário fazer quimioterapia”, disse o padre Tarcísio Pereira de Carvalho, irmão de Monsenhor Assis.
Durante todo o dia fiéis, religiosos e autoridades políticas do estado compareceram à Catedral para prestar uma última homenagem ao Monsenhor Francisco de Assis. A governadora Rosalba Ciarlini compareceu ao velório e lamentou a morte do Monsenhor. “Ele foi um exemplo de amor e solidariedade, e assumiu muito bem as missões que lhe foram confiadas na condução do povo de Deus. Além disso, ele teve uma importante participação na formação de muitos padres do nosso estado. Também somos muito gratos à ele por ter engrandecido a causa do mártires de Cunhaú e Uruaçú”, disse a governadora.
Para o arcebispo da Arquidiocese de Natal, Dom Matias Patricio, a morte de Francisco de Assis é uma grande perda para a igreja católica. “Foram mais de 50 anos dedicados à igreja e ele sempre se preocupou com o bem da igreja de Natal. No dia 06 desse mês nós fomos à Santo Antônio para o novenário e ele estava bem, foi um grande baque para a gente”, afirmou o arcebispo.
O arcebispo emérito de Natal, Dom Heitor de Araújo Sales, lamenta a perda do Monsenhor Assis, a quem chama de “grande amigo”. “Eu estive na ordenação dele, em 1958, em Roma. E naquela época para a celebração da primeira missa era preciso um assistente e eu fui o assistente dele naquela missa. Ele foi um grande amigo, era um homem muito dedicado, muito inteligente. Na semana passada ele esteve lá em casa e me propôs juntarmos as nossas bibliotecas para fazermos uma espécie de centro cultural, eu fiquei de pensar, e infelizemente ele se foi antes que eu desse a minha resposta”, contou.
A missa de corpo presente será celebrada às 08h pelo arcebispo Dom Matias Patricio. O sepultamento ocorrerá no Cemitério Vila Flor, na BR 304, por volta das 09h30.
Confira matéria completa na edição desta quarta-feira do Diário de Natal
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