Alex Régis
Nas esquinas e vielas da cidade, o número de usuários de crack aumentaram significativamente. Quando decidem lutar contra as drogas, eles enfrentam a falta de estrutura na rede de atendimento
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“Iremos priorizar a implantação ainda este ano das Casas de Acolhimento nas zonas Sul e Oeste, que ainda não dispõem de Caps AD”, destacou Marluce Ribeiro. Além disso, ela afirmou que os recursos deverão contemplar melhorias no Centro de Apoio Psicossocial destinado ao público infanto-juvenil, localizado na Avenida Capitão Mor Gouveia, no bairro Nazaré. Além dos Caps, o Município conta com o HapPad, uma instituição filantrópica que funciona no Conjunto Pirangi com o mesmo perfil de tratamento disponibilizado nos Caps Álcool e Drogas.
Marluce Ribeiro esclareceu que, em tais Centros, o público que procura atendimento é acolhido e acompanhado por uma equipe multiprofissional. No único Caps AD III em Natal, que disponibiliza internação, as equipes trabalham com redução de danos e não o tratamento da abstinência em si. Diferente de que o que se usualmente imagina, de acordo com Marluce Ribeiro, o maior número de internações ocorre devido ao vício em álcool. “Que é uma porta para drogas mais pesadas como o crack”, enfatizou a coordenadora.
Consultório de rua
Há quase dois anos, a Secretaria Municipal de Saúde iniciou um projeto chamado ‘Consultório de Rua’. Em dias específicos, das 17h às 21h, equipes formadas por enfermeiro, assistente social, redutor de danos, musicoterapeuta e psicólogo, se dirigem às Avenidas Deodoro e Prudente de Morais, nas quais foram detectados os maiores números de moradores de rua na capital, para realizar atendimentos médicos e orientá-los quanto aos riscos do consumo abusivo de drogas.
“No início, a abordagem é complicada. Mas existem pacientes que estão em tratamento há um ano e meio”, comentou Marluce Ribeiro. Ela citou que o projeto rende resultados positivos, como a mudança de vida dos que optaram em se livrar das drogas. “Um dos nossos assistidos conseguiu superar o vício, a abstinência e até conseguiu um emprego. É muito gratificante”, enfatizou.
da TN
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