Gastos do MPE com folha de pagamento aumentam 63%

Ministério Público Estadual teve um crescimento de 23 por cento no quadro de servidores de nível superior
Ministério Público Estadual teve um crescimento de 23 por cento no quadro de servidores de nível superior
As despesas do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPE) com o pagamento dos subsídios de procuradores e promotores e com as remunerações dos servidores e funcionários cresceram 63,3% nos últimos cinco anos. É possível chegar a essa conclusão com uma simples consulta aos relatórios resumidos de execução orçamentária (RREO), divulgados pelo próprio MPE a cada quadrimestre. Esse é o documento oficial das finanças públicas, cujo conteúdo as instituições estão obrigadas por lei a elaborar e publicar. De acordo com informações do RREO, em maio de 2009, os gastos da Procuradoria de Justiça com a folha de pessoal era de R$ 69,4 milhões. A cada ano esse montante registrava um novo salto – embora seja comum, mesmo que se leve em conta somente o crescimento vegetativo – até culminar em maio deste ano, quando os gastos chegaram a R$ 113,4 milhões.
De acordo com o procurador-geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, a justificativa para o crescimento expressivo da folha é o seguinte: “incremento do quadro de pessoal para atender a demanda do MPE, evolução remuneratória e implantação de benefícios dentro do padrão de outros Ministérios Públicos”. Onofre Neto afirma que a o peso da folha salarial da instituição não tem prejudicado o atendimento de outras demandas. Conta em favor da tese do procurador, o fato de o Ministério Público não haver, em nenhum período, ultrapassado os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Para a LRF, esse é um sinal de finanças sadias. Mas para o Governo, a curva ascendente dos gastos com remunerações do MPE é, apesar disso, uma preocupação. “A governadora e o secretário de Planejamento [Obery Rodrigues] alertaram os promotores da necessidade de frear essas despesas”, disse uma fonte da Seplan. O mesmo discurso foi adotado junto ao Tribunal de Justiça, cujos gastos com a folha de pessoal também saltou consideravelmente nos últimos anos.

Os relatórios financeiros do MPE, revelam ainda crescimento de aproximadamente R$ 10 milhões a cada ano consultado. Além de reajustes e aumento do quadro de servidores, o MPE e TJRN têm remunerado os chamados agentes, ou seja, procuradores, promotores, desembargadores e juízes com alguns ganhos salariais, como é o caso da Parcela Autônoma de Equivalência (PAE).
da TN

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