Em vez da seca ou pacto federativo, governadores vão discutir a volta da CPMF

O encontro dos governadores eleitos e reeleitos do Nordeste será marcado hoje (9), em João Pessoa, pela defesa da volta da CPMF - Contribuição "Provisória" sobre a Movimentação Financeira - para financiar gastos com a saúde.
Ora, isso está cheirando a encomenda do Palácio do Planalto.
A volta ou não da CPMF, o antigo imposto do cheque, é assunto do governo federal. Trata-se de mudança da legislação federal pelo Congresso Nacional.
Esse tipo de mudança não depende diretamente dos governos estaduais.
Pode-se dizer que os governadores têm interesse que o governo federal arrecade mais para distribuir com os estados e municípios. Bem, isso é verdade. Mas em termos distributivos, os governos estaduais têm outros assuntos mais importantes para colocar na pauta nacional, como a discussão de um novo pacto federativo.
A CPMF foi enterrada no governo do ex-presidente Lula. O brasileiro já paga imposto demais. Ao contribuinte, seja pessoa física ou jurídica, interessa mais a redução da carga tributária, afinal, os atuais governos arrecadam muito e gastam muito mais. É rombo em cima de rombo, sem falar na corrupção deslavada. Por sinal, hoje é o Dia Internacional de Combate à Corrupção. Viva a Petrobras!
Voltando à CPMF, a ressuscitação do imposto do cheque é proposta do governador eleito do Ceará, Camilo Santana, que é do PT, partido da presidente Dilma Rousseff.
Pelo movimento a ser engendrado hoje em João Pessoa, os demais governadores nordestinos, entre eles o Robinson Faria, vão dar aval ao retorno da contribuição. 
Volto a dizer: há coisas mais importantes para serem tratadas pelos governadores. A seca, por exemplo. Antes de passar o pires em Brasília, os governadores, me parece, desejam agradar a presidente Dilma. Só pode!
do nominuto.com

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