Preço da mão de obra em Mossoró cresce mais que a média nacional

Materiais, equipamentos e serviços tiveram aumento médio de 5,71% - Cacau
O custo da construção civil aumentou, em média, 6,74% em todo o País nos últimos 12 meses, segundo o Índice Nacional de Custo da Construção do Mercado (INCC-M). Um dos fatores que contribuíram para a subida foi o aumento médio de 7,68% no valor pago aos trabalhadores do setor. Entretanto, em Mossoró, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Jorge do Rosário, afirma que os empregados na construção tiveram aumento de 8% no salário.
"De forma geral, os preços em Mossoró acompanham o aumento nacional, mas um fator que chamou atenção foi a valorização na remuneração dos trabalhadores, que subiu 8%, mais que a média nacional. Já os gastos com material também subiram porque compramos de diferentes regiões", disse o presidente. 
A pesquisa, encomendada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), levou em consideração os preços de itens como materiais de construção, equipamentos, serviços e mão de obra no período de 21 de dezembro de 2014 e até o dia 20 de janeiro deste ano. As funções que tiveram maior aumento na remuneração foram as de ajudante especializado, servente e carpinteiro.
Já os materiais que mais contribuíram para o aumento do custo da construção foram os tubos e conexões de PVC. Em todo o País, materiais, equipamentos e serviços tiveram aumento de 5,71%. Outro elemento que compôs o aumento foi a concessão de vale-transporte aos funcionários, encarecendo em 5,64% a construção.
Somente no mês de janeiro, a contratação de serviços teve alta de 0,99%, índice maior que o apresentado no mês passado, de 0,19%. O aumento no custo foi verificado também nas instalações elétrica e hidráulica com crescimento de 0,24% em dezembro e 1,55% em janeiro.
Mesmo com o aumento, construir em Mossoró, segundo Jorge do Rosário, segue sendo até 30% mais barato que na cidade de Natal e muito mais barato do que em outras capitais, como Fortaleza (CE) e São Paulo (SP). Como explicação para a diferença, Jorge do Rosário aponta, entre outros, fatores como o menor porte do mercado em Mossoró.
"Os preços praticados no mercado mossoroense são mais baixos porque o custo de vida, o preço da mão de obra e o mercado imobiliário na cidade são menores. Os preços praticados são definidos pelo mercado regional. Não dá para cobrar em Mossoró o mesmo preço de empreendimentos em Fortaleza, por exemplo", explica.

Acabamento segue como parte mais cara da construção
Etapa mais demorada e que, geralmente, emprega materiais com preço mais elevado e, muitas vezes, comprados em unidade, o acabamento costuma pesar bastante no orçamento de uma obra. Muitas vezes, nesta parte da construção, é preciso também contratar trabalhadores especializados, como eletricistas, marceneiros e pintores, mão de obra com custo mais elevado.
"Os acabamentos agregam valor à obra e os insumos desta fase são mais caros, como o granito. Também é comum levar mais tempo para se concluir os trabalhos porque exigem muita precisão e detalhes mais elaborados, como a colocação de piso e pastilhas, cuidadosamente nivelados", afirma Jorge do Rosário.
Com o aumento de renda dos brasileiros, tem crescido também a procura por itens de maior qualidade e preços mais elevados nas lojas de materiais de construção. No ano passado, a venda de materiais de construção cresceu 30% em relação ao ano de 2013, comércio que foi ainda mais impulsionado pelas reformas de fim de ano realizadas com o 13º salário.
Fonte: O Mossoroense

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