O vereador Fernando Lucena, do PT, diz não acreditar em impeachment para apear Dilma Rousseff do Poder, porque segundo ele, não existe base jurídica como tem sido declarado por especialistas, nem tampouco a possibilidade de renúncia da presidente como tem sido ultimamente falado nos meios políticos. “Dilma não é Jango que fugiu, não é Collor que renunciou, nem Getúlio que se matou”, disse o petista ao ser questionado sobre as duas primeiras hipóteses. O vereador do PT atribui as manifestações populares deste domingo à falta de crédito da população brasileira junta à classe política como um todo e não particularmente à presidente da República, Dilma Rousseff.
“As manifestações foram um recado à classe política que não realizou as reformas nem combateu a corrupção como devia”, disse Fernando Lucena, eximindo totalmente a presidente Dilma Rousseff, que também está sendo alvo de críticas, de qualquer culpa pela atual situação de dificuldade enfrentada pelo País. Aroldo Alves, ao contrário, entende que as manifestações são a prova do descontentamento da população com o governo do PT, que segundo ele, “exauriu-se, e a única alternativa para a presidente Dilma Rousseff é a renúncia”.
O vereador do PSDB, lembra que existem 19 pedidos de impeachment protocolados na Câmara dos Deputados, entretanto, mostra-se contra por não ter embasamento jurídico. “O que chama mais atenção é a raiva e o descontentamento do povo porque a presidente disse uma coisa antes da campanha e depois que se elegeu fez outra totalmente diferente. Aumentou tarifas e perdeu o controle da inflação, portanto, mentindo para a população”, disse ele, prevendo que os movimentos populares, não só vão ser mantidos como deverão se fortalecer, principalmente após declarações infelizes do ministro Miguel Rosseto dizendo que o movimento foi feito por gente que não votou em Dilma Rousseff, subestimando assim o movimento.
Enildo Alves: “A alternativa para Dilma será a renúncia”
“Se as manifestações continuarem, e acredito que isso aconteça, a alternativa para Dilma Rousseff será a renúncia”, disse o médico e pré-candidato a vereador, Enildo Alves, lembrando que as pessoas deixaram o seu lazer de final de semana para ir às ruas protestar contra um governo e uma presidente da República que segundo ele, “não cumpriu a palavra e enganou o povo brasileiro”. Ainda de acordo com o ex-vereador, o movimento do domingo pode se caracterizar como “uma revolta de todas as classes sociais”.
Enildo Alves, que foi líder da gestão Micarla de Sousa na Câmara Municipal de Natal, cita um fato considerado por ele “importante”, que foi a não conotação político/partidária do movimento deste domingo, tornando-o assim, com mais legitimidade, ao contrário do realizado no dia 13, que segundo Enildo Alves teve a coordenação e participação efetiva do PT. O ex-vereador lembra que tudo que diz a presidente hoje vai de encontro ao seu discurso de campanha. Lembra ainda, que Dilma Rousseff recebeu o governo com o dólar valendo 1,66 do real e atualmente está em 3,20. Mais: aumentou tarifa de energia e alterou conquistas trabalhistas.
“As manifestações de domingo nunca foram vistas antes, onde um governo com apenas 3 meses de mandato tem uma diminuição tão grande no seu nível de aprovação junto à população, passando de mais de 60 por cento para 7 por cento. Em Minas Gerais e Rio de Janeiro, por exemplo, foram Estados que votaram nela e agora a desaprovação a presidente passa de 60 por cento”, constata o ex-vereador. (JP)
do JH
Nenhum comentário:
Postar um comentário