João Maria Alves
A reabertura acontecerá após alguns reparos internos na estrutura, mas a unidade, segundo o juiz José Dantas, precisa de ampliação
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João Maria Alves
José Dantas de Paiva informou que o juiz Homero Lechner, o qual vem atuando como substituto na 1ª Vara da Infância e da Juventude, é quem deve acompanhar o retorno desses adolescentes. “Os adolescentes estão em casa com as famílias, que vão trazê-los de volta, para os que não voltarem espontaneamente, expediremos mandados de busca e apreensão aonde eles estiverem para trazê-los para o Ceduc”, explicou José Dantas.
Cozinha: grade de ferro para evitar retirada de objetos cortantes
José Dantas destacou que o Ceduc Nazaré será reaberto – praticamente cem dias depois da rebelião e do seu fechamento – para atender a demanda parcialmente. “Ainda não será o que queremos, porque a unidade tem de ser ampliada e melhorado o atendimento, foi feito lá uma pintura para ser reaberta precariamente e atender uma demanda reprimida, por não ter para onde mandar os adolescentes”.
José Dantas acrescentou que já existe uma promessa da Fundac de fazer uma reforma ampla e definitiva do prédio, onde originalmente funcionou uma creche municipal. Para receber o Ceduc o local foi adaptado e passou por uma recuperação em março de 2010, último ano do segundo governo Wilma de Faria.
José Dantas lembrou que os recursos destinados à minirreforma saíram do bloqueio de R$ 11.800,37 mil da conta única do governo por determinação do juiz Homero Lechner em 17 de maio. O magistrado também determinou o bloqueio de R$ 405.202,80 para a aquisição de material de expediente e de equipamentos a serem usados nas atividades socioeducativas e profissionalizantes nas sete unidades da Fundac em Natal e no interior - duas em Mossoró e uma em Caicó.
O presidente da Fundac, Getúlio Batista da Silva Neto, confirmou que o fechamento do Ceduc Nazaré em março deste ano foi fruto de um acordo feito com a Vara da Infância e da Juventude para a execução de pequenos reparos em dois alojamentos. “Fizemos mágica com os R$ 11 mil”, disse ele.
Ampliação da estrutura
Getúlio Batista acrescentou que uma equipe técnica da Fundac já elaborou uma planilha de custos para a execução de uma reforma maior, que contemplará a elevação e construção de muros de concreto, onde também será colocada serpentina (uma espécie de arame farpado) de portões de ferros com espessura maior, embora falte garantir os recursos financeiros e um cronograma para início das obras.
A assistente social Ana Rosa Vidal Ferreira está há um mês e pouco no cargo e ratificou que, realmente, houve o conserto da área interna dos dormitórios, com pintura das paredes, recuperação das instalações elétricas e hidráulicas, além da sala de vistoria, onde estava faltando colocar uma porta, mas ficaram de fora da reforma o setor da administração e outros setores, como as salas de visita, recepção, e convivência dos adolescentes que estão cumprindo medidas privativas de liberdade.
Ana Rosa Ferreira também informou que foi colocada uma grade de ferro na entrada da cozinha, onde não existia e, por isso, os adolescentes por ocasião da rebelião de 22 de março arrombaram a porta e levaram uma faca para churrasco, usada para matar o adolescente Leonardo Costa da Silva.
Apesar do conserto realizado nos dois dormitórios, ainda se viu a falta de cerâmica em dois pontos próximos de duas camas de alvenaria (cada alojamento tem cinco camas), pequenas infiltrações d’água na laje, decorrentes das chuvas de junho. As partes externas das paredes não foram pintadas.
da TN
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