Matagal toma conta de posto de saúde no Conjunto Panatis

Falta de manutenção deixa área vizinha a unidade de saúde tomada pelo mato e por lixo, contribuindo também como foco para o surgimento de mosquitos da dengue. Foto: Wellington Rocha
Do lado de dentro, mosquitos e muito mato. No terreno ao lado, lixo, lama, urubus, ratos, mau cheiro. À noite, escuridão e assaltos constantes. Por incrível que pareça, o local descrito acima se trata de um posto de saúde do município.
A Unidade de Saúde da Família do Conjunto Panatis, Zona Norte da Capital, sofre com a falta de manutenção. Moradores da localidade denunciam que há meses não é feito o serviço de limpeza na área externa do posto, que está completamente tomada por um matagal.
Funcionários, que pediram para ter suas identidades mantidas em sigilo, contam que essa limpeza está sendo solicitada desde o mês de abril, mas a Urbana ainda não tomou providências. Há, inclusive, árvores tomadas por cupinzeiros que estão condenadas e ameaçam a segurança de funcionários e de quem utiliza os serviços da unidade.
Para a dona-de-casa Maria de Fátima, é revoltante presenciar tamanho descaso. “A pessoa vem ao posto se tratar e não sabe se sai daqui bom ou com outra doença. Com essa quantidade de mato, aqui só vive cheio de muriçoca, mosca, capaz de ter até mosquito da dengue”, alerta. Segundo Maria de Fátima, outra grande questão é o mau cheiro que vem do terreno ao lado. “O problema ali são as próprias pessoas da comunidade. Nesse terreno, a Urbana faz a limpeza periodicamente, só que no outro dia já tem morador, carroceiro, todo mundo jogando lixo. Junta com o esgoto e a lama que se formam quando chove e o cheiro fica insuportável. Tem dia que o muro do posto de saúde fica tomado por urubus, é imundo”, desabafa a dona-de-casa.
O diretor de operações da Urbana, Glauber Nóbrega, afirma que a secretaria está passando por uma reestruturação geral em seus equipamentos, por isso não há condições de cumprir a demanda dentro do prazo ideal. “Temos conhecimento da situação, mas enquanto não estivermos totalmente aparelhados é difícil dar vencimento em tempo hábil a todas as solicitações que recebemos. Esperamos que muito em breve tudo esteja normalizado”, explica o diretor.
O morador Douglas Fabiano denuncia que este terreno contíguo à unidade de saúde é feito ilegalmente de lixão. “É uma área enorme, que podia ser utilizada para fazer uma praça, uma academia da terceira idade, mas só serve para acumular lixo e juntar bicho”, pontua.
A insegurança também está na pauta de reclamações dos moradores da localidade. “A rua (das Pimenteiras, onde fica a unidade de saúde do Panatis) é extremamente mal iluminada e quase todos os dias acontecem assaltos por aqui”, afirma Douglas Fabiano. “Logo aqui atrás fica a Escola Estadual Josino Macêdo. Os alunos do turno da noite sempre reclamam do perigo que eles enfrentam para andar até a parada de ônibus. Todos relatam casos de assaltos a mão armada, é uma situação inaceitável”, finaliza o morador.
JH

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