O prefeito de Itaguaí (RJ), Luciano Mota (PSDB-RJ), é acusado pela Polícia Federal (PF) por desviar mensalmente entre R$ 10 milhões e R$ 30 milhões dos cofres do município, segundo as apurações desenvolvidas no âmbito da Operação Gafanhotos, que investiga quadrilhas especializadas em desvios de recursos públicos.
Além do prefeito, dez empresas e um secretário são investigados. Outros dois secretários, Amaro Gagliardi (Assuntos Extraordinários) e Ricardo Soares (Turismo), já estão indiciados.
Na semana passada, a PF cumpriu 11 mandatos de busca e apreensão e cinco mandatos de condução coercitiva no município. Os agentes buscaram documentos no Palácio de Teffé e em algumas secretarias investigadas.
Além de gostar de ternos de R$ 4,5 mil, o prefeito tinha por hábito passear pela Barra da Tijuca, onde ia com uma Ferrari amarela visitar amigos donos de empresas investigadas na operação. Segundo a PF, o prefeito comprou em nome de um ex-segurança, uma TV de 89 polegadas avaliada em R$ 99 mil.
Segundo as investigações, a maior parte dos desvios era de recursos do governo federal via Sistema Único de Saúde (SUS) e royalties do petróleo. As investigações apontam para fraudes em licitação de empresas de limpeza, aluguel de carros, reforma e construção. Para o delegado Hylton Coelho, tudo indica que o prefeito comandava o esquema de corrupção.
“Ele é o principal investigado. Tudo indica que o desvio era para uso pessoal do prefeito e dos membros da quadrilha”, disse Coelho.
O delegado Hylton Coelho disse que havia “uma espécie de mensalão” que envolvia ao menos 13 vereadores. O prefeito é aguardado na PF para prestar depoimento.
Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias
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