Visor Político
Por questões de ética jornalística, resguarde-se o direito de não revelar a fonte. Mas um ex-governante do Rio Grande do Norte revelou ao Visor Político que o jornalista Agnelo Alves utilizava-se de espaços na coluna Notas e Comentários da Tribuna do Norte e do espaço dos leitores do referido jornal para promover chantagens com o objetivo de conseguir intentos políticos.
Um desses governantes, que até manifestou solidariedade à família de Agnelo, morto este domingo, disse reservadamente, na época, que não aguentava as chantagens do jornalista, que sempre atuou para favorecer a gestão do filho, o prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, sobretudo nos dois primeiros mandatos, assim como a própria gestão dele como prefeito de Parnamirim.
CORPO FECHADO
Já o ex-vereador Renato Dantas, que já foi do PMDB e também presidiu a Câmara Municipal de Natal, afirma em seu blog que Agnelo Alves mantinha certa blindagem na Justiça do Rio Grande do Norte. Na avaliação de Dantas, são mais de 63 processos que Agnelo respondia no Judiciário potiguar, sem nunca ter comparecido a uma audiência para dar explicações.
“Com o falecimento do deputado estadual, Agnelo Alves que será sepultado hoje (22) no cemitério Morada da Paz em Emaús, também serão sepultados 63 processos de improbidade administrativa, enriquecimento ilícito, danos ao erário público, falsidade ideológica que o falecido ex-prefeito e deputado respondia na justiça potiguar que estavam dormindo nas gavetas de magistrados. Nunca os processos foram divulgados na imprensa local, ninguém tomou conhecimento de uma sequer audiência de instrução processual que Agnelo tenha comparecido. Agnelo morreu sem saber o que era justiça. Para uns a justiça potiguar corre a cavalo, para Agnelo ela andava de tartaruga”, afirmou Dantas.
do JH
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