Brasil oferece tratamento gratuito para HIV/Aids e é referência mundial no setor, diz ONU

O Brasil tem a comemorar quando se trata de políticas pública para o controle do HIV/Aids. A taxa de detecção da doença se estabilizou nos últimos dez anos. A cada 100 mil habitantes, apenas 20 são identificados com o vírus. Além disso, a taxa de mortalidade pela doença diminuiu. Os números positivos tornam o País uma referência mundial no combate à epidemia, que é um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), proposto pela ONU em 2000 e com validade até 2015.

Em todo o território nacional, o tratamento contra a doença é universal e gratuito. Nesse quesito, de acordo com o relatório sobre os ODM, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Brasil fica à frente de vários países que não conseguiram universalizar o tratamento.

O Ministério da Saúde adotou um novo protocolo de tratamento para os infectados com HIV, visando estimular o uso da terapia antirretroviral no contexto das intervenções de prevenção combinadas. Pacientes identificados com a doença podem fazer o tratamento de graça no Sistema Público de Saúde (SUS). Atualmente, 420 mil pessoas diagnosticadas com o vírus estão em tratamento com antirretrovirais.

Segundo o levantamento,“a estabilidade da taxa de detecção em um contexto de crescente aumento da capacidade de diagnóstico sinaliza, ao mesmo tempo, a interrupção da propagação da doença e a redução da incidência”.

Para o diretor do departamento DST/Aids do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, o acesso ao tratamento é fundamental para inibir a propagação da doença. “Na medida em que começa a tratar uma pessoa que tem HIV, a quantidade de vírus que tem circulando no corpo dela cai. Esse vírus se esconde e, portanto, ele não está mais onde transmite. Uma pessoa que está em tratamento há pelo menos seis meses tem chance muito pequena de transmitir o HIV, mesmo tendo HIV”, explica.

Vida plena
O presidente da organização não-governamental Amigos da Vida, Christiano Ramos, convive com a doença há 30 anos. Para ele, com os avanços da medicina, não existem mais limitações. “Quando descobri a doença não existiam os medicamentos antirretrovirais. Naquela época, Aids era uma sentença de morte. Hoje eu tenho vida plena, em que posso tudo. Só não posso fazer sexo sem camisinha”, comemora.

do blog.planalto.gov.br

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