Na cerimônia que marcará os 70 anos de criação das Nações Unidas, a presidenta Dilma Rousseff abrirá a Assembleia Geral da ONU, desta segunda-feira (28), levando à comunidade internacional uma mensagem de solidariedade em relação à crise humanitária que atinge refugiados vítimas de violação dos Direitos Humanos em todo o mundo. A informação é do subsecretário-geral de Política do Itamaraty, Fernando Simas.
De acordo com o embaixador, a ideia da presidenta é transmitir o espírito de solidariedade e de acolhimento do povo brasileiro em relação à tragédia recente que atinge, sobretudo, a população do Oriente Médio e do norte da África, vítima da guerra civil síria.
“A mensagem que ela levará, em nome de todos os brasileiros, é desse espírito solidário e acolhedor da sociedade brasileira em relação aos fenômenos da migração, da mobilidade humana e de deslocamentos por razões humanitárias”, afirmou o embaixador ao Blog do Planalto.
E destacou ainda a iniciativa do governo brasileiro que, na última semana, prorrogou por mais dois anos o processo de emissão simplificada de vistos a refugiados sírios. Desde setembro de 2013, o Brasil concedeu – por meio de processo mais ágil – 7.752 vistos a refugiados da guerra civil na Síria.
“O Brasil tem feito, inclusive, através da sua política de vistos sob a orientação do Conselho Nacional de Refugiados (Conare) uma ampliação das oportunidade de processamentos ágeis de solicitações. Temos concedido um grande número de vistos para cidadãos do Haiti, que estão vindo para o Brasil, e agora para cidadãos sírios”, ressaltou.
Posição brasileira
Durante a entrevista, Simas também enfatizou a posição clara do Brasil em relação à tragédia humanitária que atinge os refugiados de guerra e de crises humanitárias recentes. E lembrou que a presidenta Dilma já se posicionou publicamente em algumas oportunidades sobre o assunto.
Na visão da presidenta Dilma, a atual crise migratória impõe desafios a toda a humanidade, ao cobrar que a comunidade internacional, em especial as Nações Unidas, não fique inerte em relação às evidências claras de violação dos direitos humanos. “São necessárias ações urgentes de solidariedade”, defendeu a presidenta em artigo publicado pelo jornal Folha de S.Paulo no dia 10 de setembro.
Além disso, a presidenta reafirmou, em mensagem transmitida à população durante o último 7 de setembro, que mesmo em momentos de dificuldade, o Brasil se coloca de braços abertos para acolher os refugiados. E garantiu a disposição brasileira de oferecer esperança “àqueles, que expulsos de suas pátrias, queiram vir viver, trabalhar e contribuir para a prosperidade e a paz do Brasil”.
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