São Paulo – A Proteste Associação de Consumidores está alertando os associados da Unimed Paulistana, que serão atendidos por outras empresas do sistema Unimed a levar em consideração suas necessidades, perfil de uso e características das todas as pessoas que o utilizam, antes de concluir a migração. A operadora assumiu o compromisso de manter os preços das mensalidades 25% inferiores à média do mercado.
O sistema Unimed já assinou o termo de ajustamento de conduta com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e órgãos de defesa do consumidor, que determinou que 155,3 mil dos 744 mil clientes da operadora passem ser atendidos por diferentes empresas do grupo – Central Nacional Unimed, Unimed Federação do Estado de São Paulo, Unimed Seguros e Unimed do Brasil.
A portabilidade extraordinária, que começa hoje (1), é válida para clientes de planos individuais, familiares e coletivos empresariais com menos de 30 pessoas. Segundo a Proteste, a principal preocupação é com a capacidade de atendimento e adequação da rede credenciada para atender aos novos usuários e com a fiscalização da qualidade do serviço.
Os consumidores contemplados pelo acordo receberão uma carta, em até 20 dias, informando sobre a portabilidade extraordinária, que deve apresentar todos os planos individuais e familiares disponíveis, incluindo os quatro tipos de planos apresentados no TAC: básico - enfermaria com coparticipação; básico - enfermaria; básico - apartamento; especial - apartamento; preços máximos dos planos e documentos necessários para contratação.
O beneficiário pode escolher o plano que deseja, e não haverá a necessidade de cumprir novas carências. Em seguida, deve entregar à operadora escolhida a carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e pelo menos quatro boletos pagos na operadora de origem, referentes ao período dos últimos seis meses. Se houver qualquer dificuldade, o beneficiário deverá entrar em contato com a ANS por meio do Disque-ANS: 0800-701-9656, de segunda a sexta, das 8h às 20h, exceto feriados.
O termo assinado obriga que os consumidores mais vulneráveis – como os internados e os que fazem tratamento continuado – têm prioridade na efetivação da portabilidade e serão contatados pelo Sistema Unimed prioritariamente. A escolha de qualquer um dos planos mencionados ficará a critério exclusivo do consumidor, sem a necessidade do cumprimento de novas carências.
Os problemas financeiros da Unimed Paulista vem sendo detectados pela agência reguladora desde 2009, quando foi instaurado o regime de direção fiscal e afastada a diretoria da cooperativa médica. Ao todo, a operadora passou por quatro regimes de direção fiscal e ainda dois regimes de direção técnica, com acompanhamento dos procedimentos assistenciais e administrativos.
Apesar das ações, no balanço de 2014, a Unimed Paulistana apresentou prejuízo de R$ 275 milhões e patrimônio líquido negativo de 169 milhões. Em abril deste ano, a nova diretoria eleita contratou duas consultorias a apresentou um plano de recuperação. A operadora diz, no entanto, que a ANS determinou a alienação da carteira de beneficiários antes de que as propostas pudessem ser postas em prática.
Diante da situação, os beneficiários da Unimed Paulistana passaram a ter dificuldades em conseguir atendimento médico. O Procon de São Paulo recebeu de 4 a 25 de setembro 1,67 mil reclamações sobre problemas com consultas e procedimentos relacionados à operadora.
da RBA
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