Santa Cruz vence Atlético e acende esperança de classificação para próxima fase do Campeonato Municipal de Georgino Avelino

O Campeonato Municipal de Georgino Avelino "Jailson Simplício da Souza chegou a reta final da 1ª fase; a penúltima rodada da fase classificatória ocorreu neste final de semana. Neste domingo 30/09, os jogos ocorreram nos estádios "O Batistão" e "Ozitão". 
Em Georgino Avelino, o Atlético recebeu o Santa Cruz, no juvenil venceu por 3 x 0, mas no titular, o Santa Cruz venceu por 2 x 1. Com o resultado a equipe de Carnaúba voltou a assumir a posição classificatória da competição.
Em Carnaúba; Carnaubinha e Caranguejo empataram em zero a zero na categoria titular, e no juvenil o Caranguejo venceu mais uma, o resultado foi de 1 x 0. 
TABELA DO TITULAR ATUALIZADA APÓS ÚLTIMA PARTIDA DA RODADA

OU O BRASIL RACHA COM UM FASCISTA OU SE DEIXA PACIFICAR COM HADDAD

Esq.: Stuckert / Dir.: Centro de Operações do Rio
A dimensão dos protestos da campanha #elenão, que levou mais de 1 milhão de brasileiros às ruas neste sábado contra a candidatura fascista de Jair Bolsonaro, coloca o Brasil diante de um impasse civilizatório: ou o País implode, se vier a ser governado pelo candidato que ameaça a democracia, ou se deixa pacificar com Fernando Haddad no comando; a boa notícia é que, em todas as pesquisas recentes, Haddad já vem abrindo uma folga confortável em relação ao extremista que é resultado do ódio disseminado no Brasil nos últimos anos; no Datafolha, Haddad vence Bolsonaro no segundo turno por 45% a 39%; vídeos

247 – O neofascismo brasileiro, resultado de uma campanha de ódio disseminada pela mídia brasileira para promover o golpe contra a presidente Dilma Rousseff, recebeu, neste sábado histórico, uma resposta à altura. Em várias cidades do Brasil e do mundo, mais de 1 milhão de brasileiros saíram às ruas para se levantar contra o fascismo representado pela candidatura do extremista Jair Bolsonaro – um candidato que causa perplexidade no mundo civilizado.

Em São Paulo, no Largo da Batata, e no Rio de Janeiro, na Cinelândia, havia mais de 100 mil de pessoas. Em Curitiba, na Boca Maldita, e em Belo Horizonte, na Praça da Estação, dezenas de milhares. E foi assim em todas as capitais e também nas pequenas e médias cidades do País. Em todos os locais, o mesmo grito: #elenão.

Isso significa que, no mesmo dia em que deixou o hospital, Bolsonaro pôde saber o quão repudiado é pela população brasileira. Todas as pesquisas o aponta como o mais rejeitado dos candidatos – e ele seria derrotado por todos no segundo turno. Se as eleições fossem hoje, Bolsonaro e Fernando Haddad disputariam o segundo turno e o petista venceria por 45% a 39%, segundo o Datafolha.

O Brasil se vê, portanto, diante de uma encruzilhada: ou o País implode, se vier a ser governado pelo candidato que ameaça a democracia, ou se deixa pacificar com Fernando Haddad no comando.

Abaixo, alguns vídeos do #elenão no Brasil e no mundo:








BARCELONA VENCE PALMEIRINHA PELO CAMPEONATO MUNICIPAL DE GEORGINO AVELINO

A 4ª rodada do Campeonato Municipal Jailson Simplício da Souza em Senador Georgino Avelino/RN iniciou neste sábado 29/09 com partida entre Barcelona e Palmeirinha. Na partida Titular quem se deu bem foi o Barcelona, que venceu o Palmeirinha no placar de 2 x 0. Resultado este que garantiu sua classificação parcial na liderança do Campeonato Municipal, e garantindo vaga para a próxima fase da competição.
No juvenil o Barcelona goleou o Palmeirinha em 7 x 0. Neste domingo, quatro outras equipes irão a campo em busca de resultados.

PROJETO PORTAS ABERTAS: UMA DAS GRANDES CONQUISTAS PARA O MUNICÍPIO DE GEORGINO AVELINO

O Projeto Portas Abertas do Parlamentar Georginense Jorge Motta da Rocha tem sido um dos principais incentivadores e de grande conquista para a cidade de Georgino Avelino. Projeto este que a cada espaço vem conseguindo oportunizar ainda mais a população. 
Exemplo de oportunidades e novas descobertas; o projeto trouxe neste mês de setembro o Curso de Horticultura, ao qual abrangeu diversos moradores, com capacitações acerca da área, e neste mês de outubro já tem outra novidade com o curso de Carcinicultura. Para o idealizador e representante do Projeto Portas Abertas do município, o vereador Jorge Motta disse que o intuito de seu mandato é oportunizar que seja apresentado pelo menos um curso a cada mês no município.
 Oportunidade em que salientou o aproveitamento dos alunos que participaram do curso de horticultura promovido pelo Projeto, alguns já estão prestes a colher das mudas que foram distribuídas ao final da capacitação, e outros já estão fazendo novas adequações para o plantio. 
O Projeto em si tem crescido muito no município com o empenho do Parlamentar Jorge Motta, e tem sido uma das melhores formas para a capacitação do morador Georginense, melhorando também o ensinamento do município, e subtraindo a ida de muitos que buscavam capacitações fora da cidade. 
Horta de Coentro

SMTHAS de Georgino Avelino participa de 3ª Feira Viva mais RN; Iniciando comemorações da semana do Idoso

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Iniciando as comemorações da semana do idoso a Prefeitura Municipal de Senador Georgino Avelino, através da Secretaria Municipal de Trabalho, Habitação e Assistência Social – SMTHAS participou nesta quinta nesta quinta-feira (27/09) da 3ª edição da Feira Viva mais RN – Desafios do envelhecimento ativo, que aconteceu no Hotel Holiday Inn - Natal.
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Os idosos do SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos) participaram de toda programação que contou com palestras sobre longevidade saudável com Dr. Gustavo Rêgo - Geriatra / Dra. Letícia Lima - Médica do Trabalho / Dra. Euglena Lessa – Psiquiatra e as demais atividades propostas pelo evento, como momento de estética, massagem e sem deixar de lado a conscientização do Outubro Rosa, mês de Combate ao Câncer de Mama, muito recorrente também na melhor idade.
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A Prefeitura Municipal de Senador Georgino Avelino e a Secretaria Municipal de Trabalho, Habitação e Assistência Social – SMTHAS se Orgulha e Parabeniza a todos os idosos que construíram e tanto contribuem para nossa cidade ser mais feliz.
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STF AUTORIZA ENTREVISTAS DE LULA À FOLHA E A FLORESTAN FERNANDES JÚNIOR

O ministro do STF Ricardo Lewandowski autorizou o ex-presidente Lula a conceder entrevista para a Folha de S.Paulo; TSE negou um recurso impetrado pela Coligação "O Povo Feliz de Novo (PT/PCdoB/PROS)" e manteve o ex-presidente proibido de gravar áudios e vídeos, para a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão da campanha de Fernando Haddad; Lewandowski também que Lula conceda entrevista ao jornalista Florestan Fernandes Júnior; Lula pode gravar entrevistas para o programa Voz Ativa, da Rede Minas, apresentado por Florestan

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski autorizou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a conceder entrevista para a Folha de S.Paulo. Ele está preso desde 7 de abril, após ter ordem de prisão emitida sem o esgotamento de todos os recursos judiciais. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por seu turno, negou, na quarta-feira (26), um recurso impetrado pela Coligação "O Povo Feliz de Novo (PT/PCdoB/PROS)" e manteve o ex-presidente proibido de gravar áudios e vídeos, para a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão do presidenciável Fernando Haddad (PT). Lewandowski também que Lula conceda entrevista ao jornalista Florestan Fernandes Júnior. Lula pode gravar entrevistas para o programa Voz Ativa, da Rede Minas, apresentado por Florestan. A principal liderança popular do Brasil também poderá conceder entrevistas para o El País e para a Rádio Inconfidência (MG).

Em despacho, Lewandowski libera o jornalista acompanhado dos equipamentos necessários à captação de áudio, vídeo e fotojornalismo, caso seja do interesse do ex-presidente. "Julgo procedente a reclamação para cassar a decisão reclamada, nos termos do art. 992 do CPC, restabelecendo-se a autoridade do STF exarada da decisão no acórdão da ADPF 130/DF, determinando que seja franqueado ao reclamante e à equipe técnica, acompanhados dos equipamentos necessários à captação de áudio, vídeo e fotojornalismo, o acesso ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva a fim de que possa entrevistá-lo, caso seja de seu interesse", diz o ministro na decisão.
Neste mês de setembro, o ministro do TSE Sérgio Banhos havia rejeitado um pedido de Lula para gravar áudios e vídeos destinadas à propaganda eleitoral. A mesma decisão havia sido tomada em julho pela juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena dele na Operação Lava Jato.
A impossibilidade de o ex-presidente gravar vídeos de dentro da prisão em Curitiba (PR) já haviam chamado a atenção da Organização das Nações Unidas (ONU), que, em agosto, pediu ao Estado brasileiro que garantisse os direitos políticos de Lula até a análise de todos os recursos judiciais, o que não foi acatado pelo Judiciário. 
Mesmo preso, Lula já recebeu diversas manifestações de solidariedade no Brasil e no mundo, em países como Portugal, Espanha, Argentina, Estados Unidos e México. Sem poder gravar vídeo e conceder entrevistas, o ex-presidente agora vê a sua transferência de votos dar cada vez mais resultado. Haddad aparece na segunda posição nas pesquisas eleitorais e já ganha do líder Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno. 

SENADOR GEORGINO AVELINO: PREFEITURA SE EMPENHA NO SETEMBRO AMARELO

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A Prefeitura Municipal de Senador Georgino Avelino, através da Secretaria Municipal de Trabalho, Habitação e Assistência Social-SMTHAS e Secretaria Municipal de Saúde por meio do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) promoveu na última terça-feira dia (25) A I Caminhada dançante com o tema “ Vamos dançar pela vida” em alusão ao Setembro Amarelo, mês dedicado à valorização da vida e prevenção ao suicídio, como uma forma de chamar a atenção e evolver a população de forma coletiva sobre a prevenção do suicídio. A concentração teve início as 14:50 em frente ao espaço cultural em carnaúba, e reuniu mulheres e homens de faixas etárias diferentes, histórias diferentes, olhares distintos, mas que literalmente se vestiram de um objetivo comum, gritar e dançar para Senador Georgino Avelino que ainda vale a pena lutar pela vida e protege-la!

Logo na concentração houve uma explanação sobre o significado da campanha com o educador físico Imecly do NASF - Núcleo de Apoio à Saúde da Família e a Psicóloga Maricélia Alves do Cras - Centro de Referência de Assistência Social. 
Todo o trajeto foi repleto de alegria, dança e animação colorindo carnaúba e Georgino de amarelo. O momento contou com apoio do destacamento da Polícia Militar, ambulância e técnico de enfermagem, prezando primordialmente pela segurança e o bem-estar das (os) participantes.

O destino final foi no terminal turístico da barragem de Senador Georgino Avelino aonde as (os) participantes se refrescaram e tiveram a já tradicional Zumba com professor Naldinho FIT (Erinaldo Santos) do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV).
Desde já, agradecemos a todas(os) que sem emprenharam e participaram deste Setembro amarelo que foi um marco na nossa cidade, parabéns a todos!

RN tem mais de 92 mil títulos eleitorais cancelados por falta em cadastro biométrico

Eleitores que não fizeram cadastramento biométrico não poderão votar nas eleições de outubro.  — Foto: Divulgação/TRE

STF rejeitou nesta quarta (26) pedido para que eleitores que não fizeram revisão possam votar em outubro. Cancelamentos representam 9% do eleitorado potiguar.


Mais de 92 mil pessoas tiveram os títulos cancelados no Rio Grande do Norte por não terem feito o cadastramento biométrico, exigido nas eleições de 2018, segundo informou o Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE) nesta quinta-feira (27). O estado tem 2.373.619 eleitores aptos a votar. O primeiro turno do pleito acontece no dia 7 de outubro. O número exato de potiguares com títulos cancelados para esta eleição foi de 92.663.

(ATUALIZAÇÃO: Após a publicação desta reportagem, o TRE informou que o número de títulos cancelados, na verdade, é de 92.663 mil. Inicialmente o Tribunal havia divulgado que o número era de 216.615. A informação foi alterada às 18h56).

Nesta quarta-feira (26), por sete votos a dois, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou um pedido apresentado pelo PSB para autorizar a votação dos eleitores que tiveram o título cancelado por não terem comparecido à revisão nem terem feito o cadastramento biométrico.

Para a maioria dos ministros, a legislação que permite o cancelamento do título de quem não comparecer à revisão do eleitorado não fere a Constituição nem prejudica os eleitores.

Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em todo o país, cerca de 3,4 milhões de eleitores tiveram título cancelado por não comparecer à revisão do eleitorado, na qual o cadastramento biométrico é realizado. Com a decisão, o Supremo confirmou o cancelamento desses títulos.

Caravanas Lula Livre e Haddad Presidente acontecem nos dias 29 e 30

População se reunirá nesse final de semana por todos os cantos do país para exigir a retomada do Brasil para o povo, elegendo Haddad e Manu

No próximo sábado (29) e domingo (30) acontecerão as caravanas Lula Livre e Haddad Presidente! O povo irá se reunir por todos os cantos do país. É hora da militância, junto com toda a sociedade ir às ruas para lutar contra o fascismo, exigir a retomada da democracia, denunciar a prisão política de Lula e eleger Fernando Haddad presidente e Manuela D’Ávila vice.

As caravanas acontecerão em todas as cidades-polo e percorrerão pelos municípios menores para mostrar a todo mundo que o Brasil vai ser feliz de novo com a chapa mais querida de todas.

“O objetivo é mostrar o que a grande mídia esconde, que o povo quer Lula livre e Haddad presidente”, declarou a Secretária Nacional de Organização do PT, Gleide Andrade.

A cobertura será feita durante todo o final de semana por todas as redes sociais e o site do Partido dos Trabalhadores. Um liveblog vai alimentar em tempo real os atos, panfletagens e encontros em todos os estados além das redes sociais do PT.

“É preciso que todo cidadão que seja contra a violência que o país vem sofrendo e que saiba que para lutar contra isso e retomar o Brasil que nós queremos vá pra rua com sua bicicleta, carro, moto, a pé, de camisa vermelha, com sua bandeira para gritar Lula Livre e Haddad Presidente!”, reafirmou Gleide.

A ideia é de que toda a população se organize para ir às ruas em atos, panfletagens e diversos tipos de manifestações.

Para mais informações procure o comitê estadual da campanha Lula e Haddad de sua cidade.


Em debate, Haddad mostrou caminho para Brasil sair da crise

Saiba as principais propostas apresentadas por Fernando Haddad, para garantir a geração de empregos, retomada das obras paradas e os direitos de volta

O debate entre os presidenciáveis promovido nesta quarta-feira (26/09) pelo UOL em parceria com o jornal Folha de S.Paulo e o SBT mostrou mais uma vez quem realmente quer debater propostas para o país e quem só quer atacar outros candidatos. Quem, desses dois grupos, pretende trabalhar para a vida da população melhorar novamente e quem só está na eleição para tentar evitar que Haddad seja eleito presidente da República em 2018.

Participaram do debate os presidenciáveis Fernando Haddad (PT), Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede).

Haddad afirmou que seu governo será “pautado pelo princípio de ampliar as oportunidades” e que “com trabalho e educação, sairemos de qualquer crise”. O debate contou com três blocos de perguntas, sendo dois deles com embates diretos entre os candidatos. Já o bloco intermediário foi composto por perguntas de jornalistas aos candidatos.

No início do primeiro bloco, Ciro Gomes perguntou sobre a proposta de Fernando Haddad para o desenvolvimento regional e sobre o conhecimento do candidato do PT sobre as diversas regiões do país.

Haddad destacou que viajou pelo país todo, muitas vezes acompanhando o presidente Lula, e acrescentou: “levei universidades federais para 126 municípios, além de Institutos Federais para 214 cidades do país”. Ministro da Educação de Lula e Dilma de 2005 a 2012, Haddad ressaltou que “a quantidade de creches que construímos é uma coisa extraordinária para o país”, ao lado do transporte escolar para as crianças, algumas que ainda “andavam de pau-de-arara”.

O candidato do PT à presidência abordou, em seguida, a existência de uma enorme quantidade de obras paradas em todo país: “São mais de 2.800 obras paralisadas, entre ferrovias, estradas de rodagem, linhas de transmissão, energia renovável. Nós vamos retomar essas obras para o Brasil voltar a crescer”.

O Plano de Governo de Haddad, Manuela e Lula prevê a retomada imediata das grandes obras paradas em todo o país, selecionadas por importância estratégica regional, bem como as pequenas iniciativas no plano municipal e estadual.
O estudo “Grandes obras paradas: como enfrentar o problema?”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apontava para a existência de ao menos 2.796 obras paralisadas no Brasil, sendo que 517 (18,5%) são do setor de infraestrutura. A área de saneamento básico tem 447 empreendimentos interrompidos durante a fase de execução. Na sequência, aparecem obras de rodovias (30), aeroportos (16), mobilidade urbana (8), portos (6), ferrovias (5) e hidrovias (5).

Dialogando com Ciro, Haddad acrescentou que boa parte das obras estavam paralisadas “porque o Governo Temer aprovou a emenda [constitucional] que congelou os gasto públicos por 20 anos”. O presidenciável petista lembrou que isso foi feito “contando com o PSDB, e assim a gente não vai longe”. Haddad destacou que, para gerar emprego e recuperar os investimentos, “precisamos de uma reforma bancária, tributária e fiscal” – propostas presentes no Plano de Trabalho da Coligação “O Povo Feliz de Novo”.

Marina e Trabalhadores
Em sua oportunidade de dirigir uma questão a algum dos candidatos no primeiro bloco, Haddad perguntou a Marina o que ela pretende fazer na presidência para gerar empregos, além de questionar a posição da candidata da REDE em relação ao teto de gastos e à reforma trabalhista. Marina afirmou que irá fazer o país retomar o crescimento combatendo a corrupção e retomando a confiança dos investidores.

Em sua réplica, Haddad lamentou a posição que Marina teve durante o golpe do impeachment que tirou Dilma da presidência – sem crime de responsabilidade – e disse à Marina: “Quem botou o Temer lá foram vocês. O Temer traiu a Dilma e não conseguiria chegar à presidência se não fosse o apoio de vocês da oposição para tirar a Dilma da presidência por meio do impeachment”.

Ao final de sua réplica, Haddad reforçou o questionamento à candidata, perguntando se ela iria “revogar o teto de gastos e a terceirização da reforma trabalhista?”, medidas fundamentais no combate à crise na leitura de Haddad. “Geração de emprego será uma obsessão do meu governo desde o primeiro dia”, afirmou ele, destacando: “Eu participei de um governo que gerou 20 milhões de empregos”.

Visivelmente nervosa na tréplica, Marina afirmou que seu governo “vai respeitar os trabalhadores”, e que possui “compromisso com eles na prática”, afirmou ser contra a terceirização das atividades-meio (talvez a intenção dela fosse se dizer contra a terceirização das atividades-fim) e que é contra o teto de gastos na forma proposta – para ela, os gastos públicos devem ser corrigidos pela inflação e por uma parte do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).
No Plano de Governo de Haddad, Manuela e Lula, está destacado que “O povo tem pressa. O desemprego e a falta de renda têm de ser enfrentados imediatamente. É preciso retomar com urgência a criação de oportunidades de trabalho. Os governos Lula e Dilma criaram mais de 20 milhões de empregos. O governo Haddad irá, em seus primeiros meses de mandato, implementar o Programa Meu Emprego de Novo, visando elevar a renda, ampliar o crédito e gerar novas oportunidades de trabalho. A grande prioridade será a juventude”.

Além disso, o Plano destaca que “Para o Brasil crescer e se desenvolver, é preciso priorizar os investimentos em infraestrutura – que geram empregos e dinamizam a economia – orientados pela busca da sustentabilidade”. Nesse sentido, o Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) “será retomado com modificações relevantes para que possa ser uma ferramenta que contribua com a estratégia da nova política urbana”. Criado para enfrentar a crise de 2008, o programa teve resultados expressivos, pois, além de estimular a economia e gerar empregos, melhorou as condições habitacionais de milhões de brasileiros e brasileiras.

Outro exemplo nesse sentido, o Programa Bolsa Família, ajudou 36 milhões de brasileiros a deixarem a extrema pobreza. Com Temer, em 2 anos, a pobreza extrema no Brasil voltou ao patamar de 2005, ou seja, conquistas de 14 anos foram por água abaixo em apenas 2.

Haddad e Lula
No segundo bloco, em que as perguntas eram formuladas por jornalistas, Haddad foi questionado a respeito das visitas de Haddad a Lula. O jornalista perguntou se isso não reforçaria a imagem de que é um candidato “teleguiado?”, e se isso seria mantido no governo.

Haddad aproveitou a pergunta para mostrar o contrário: “Eu sou, com muita honra, advogado de Lula. Ele está preso injustamente e eu não vou descansar até que ele tenha um julgamento justo”. O candidato do PT à presidência destacou que a sentença que condenou Lula “não para de pé”

Ao trazer seu olhar sobre como a política funciona, Haddad afirmou que um “governo é composto por varias forças políticas”, que se reúnem em torno de um programa. No caso do Plano de Governo de Haddad, Manuela e Lula, esse documento foi construído a milhares de mãos, e representa o compromisso da candidatura com a melhoria da vida de milhões de brasileiros e brasileiras.

O jornalista, então, forçando ainda mais os aspectos críticos da relação entre Lula e Haddad, comparou o diálogo entre ambos frente ao papel que Paulo Guedes desempenha no caso de Jair Bolsonaro.

Haddad respondeu com firmeza: “Fui coordenador do Plano de Governo. Que era para ser do Lula. Lutamos para ele ser candidato. Agora temos o compromisso de executar esse Plano”. O documento, que está registrado no Tribunal Superior Eleitoral, será o ponto de partida para as conversas e alianças de um eventual governo Haddad. “Vou perguntar se concorda com aquela plataforma. Porque aquela plataforma é que vai tirar o país da crise”. Haddad destacou que “fomos o governo que mais gerou oportunidades e que vai fazer o Brasil ser feliz de novo”.
Em 2014, antes de a oposição passar a sabotar o país, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) registrou a menor taxa de desocupação mensal da história: 4,9%. Com Temer, esta taxa encontra-se em 12,9% (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE) e chegou a bater 13,7% em maio de 2018 – a maior taxa da série histórica.

Nesse bloco do debate, Geraldo Alckmin, tentando construir algum caminho para o segundo turno, afirmou seu mantra de que é a melhor opção para agradar a quem quer evitar que o PT volte ao governo federal, bem como “evitar a insensatez de um candidato que não tem as menores condições, que representa o que há de mais atrasado, de intolerância, num país de grande diversidade como o Brasil”, em alusão a Bolsonaro. Sem explicar por que ele é em si a melhor opção, Alckmin segue patinando nas pesquisas.

Eficiência e Educação
No último bloco, os candidatos voltaram a fazer perguntas entre si. Meirelles começou perguntando a Alckmin sobre a demora na ampliação do metrô em São Paulo. O estado, governado por mais de 20 anos pelo PSDB hoje ainda cobre uma área relativamente pequena, especialmente se comparado com cidades de porte semelhante em outros países.

Uma vez que ficou, mais uma vez, bastante difícil para o tucano justificar os atrasos seguidos das obras do metrô paulista, vamos aproveitar a atenção do leitor aqui para destacar que os governos de Lula inovaram ao integrar as políticas de transporte às de trânsito, dando ênfase as ações voltadas aos meios coletivos e aos não motorizados.
No caso do transporte ferroviário urbano para passageiros, por exemplo, o atendimento passou de 126,2 milhões de usuários para 167 milhões entre 2002 e 2010. O Pacto da Mobilidade, lançado em 2013, disponibilizou R$ 50 bilhões adicionais, no âmbito do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), para ações de mobilidade em mais de 50 municípios. Os empreendimentos se somaram a investimentos federais na construção de metrôs, aeromóveis, trens urbanos, VLT, BRTs e corredores de ônibus, somando mais de 3,9 mil quilômetros em obras de transporte coletivo pelo Brasil.

No novo Plano de Governo da Coligação do PT- PCdoB-PROS, a mobilidade e acessibilidade urbana são colocadas dentro da perspectiva de uma cidade ágil que valoriza a vida. “Um dos maiores desafios para assegurar o viver bem nas cidades é a mobilidade urbana, especialmente nas grandes cidades. Por isso, vamos investir em infraestrutura de mobilidade sustentável, que reduza o tempo de deslocamento das pessoas, que rompa com o paradigma excludente e poluente do transporte individual motorizado e que assegure tarifas acessíveis”.

Nesse sentido, “a prioridade do governo será apoiar a expansão e a modernização dos sistemas de transporte público, prioritariamente os de alta e média capacidade – trens, metrô, VLT, BRT e corredores exclusivos de ônibus”.

Dando continuidade ao terceiro bloco, Haddad dirigiu sua pergunta a Henrique Meirelles, do MDB. Haddad destacou que foi “ministro da educação do Lula por sete anos e abri as portas das universidades para milhões de estudantes com o ProUni, o Fies e um governo baseado em políticas de inclusão”. Perguntou então a Meirelles sobre qual seria a política de seu governo para o ensino superior.

Meirelles falou que com ele o Brasil vai voltar a crescer, gerando recursos para investimento, melhorando a qualidade e a formação dos professores. Para o candidato do MDB, durante os governos de Lula houve uma política econômica competente. “Isso que tornou possível ter condições para a educação melhorar”.

Haddad destacou que, em seu governo, buscará “investir muito no ensino médio”, ampliando as parcerias com os governos estaduais nesse sentido, com a estrutura de ensino público federal apoiando o desenvolvimento e melhoria do ensino médio nos estados e municípios. Além disso, o governo da Coligação “O Povo Feliz de Novo” manterá seu compromisso com todas as etapas da educação, partindo do princípio que a educação é um direito humano fundamental, além de um dos principais meios de acesso à cultura e um instrumento poderoso de desenvolvimento econômico e social.

Imposto de Renda Justo
Álvaro Dias (Podemos) perguntou no último bloco ao candidato do PT sobre a proposta do Plano de Governo de Haddad que prevê o Imposto de Renda Justo – que isenta quem ganha até 5 salários mínimos de pagar Imposto de Renda da Pessoa Física.

Em sua resposta, Haddad afirmou que “no Brasil o pobre paga muito imposto e o rico quase não paga. Nós vamos inverter essa lógica”. Para ele, “nesse momento de crise nós temos que ampliar a renda da classe trabalhadora”.

Haddad lembrou dos diversos programas sociais implementados pelos governos de Lula e Dilma, como o Minha Casa Minha Vida, o Luz para Todos, a Transposição do Rio São Francisco, o Mais Médicos, o Prouni e a interiorização das universidades federais e dos institutos federais. E traduziu isso em termos de distribuição de riqueza, de retorno dado pelos impostos e de combate às desigualdades: “Nós colocamos o pobre no orçamento federal”, explicando que todos esses programas, que transformaram a realidade brasileira, saíram do orçamento federal.

Para Haddad, o próximo desafio será implementar uma reforma tributária que diminua a carga de impostos da população mais pobre. “Vamos melhorar a renda disponível para classe trabalhadora pra que ela consuma mais e faça a roda da economia girar”. Haddad defendeu a importância, ainda, de se promover uma reforma bancária, que barateie e democratize o acesso ao crédito. E alfinetou o candidato do Podemos: “a esse respeito o senhor não se refere, talvez por compromissos anteriores”.

Dias incomodou-se, e respondeu afirmando que o PT aumentou impostos, que distribuiu pobreza e que não promoveu nos governos anteriores as reformas que agora propõe.

Haddad encerrou sua resposta lembrando que Álvaro Dias foi senador do PSDB, que promoveu um substancial aumento de impostos durante os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). “O senhor apoiou um governo que foi campeão no aumento da carga tributária”.

Álvaro Dias acusou o golpe e, sem fundamentar, pediu direito de resposta. O pleito foi negado pela organização do debate.
Uma vez que Dias preferiu se utilizar do tema para destilar acusações contra Lula e o PT, aproveitamos para explicar a proposta de Haddad para o Imposto de Renda Justo, que prevê a reestruturação da tabela do imposto de renda pessoa física, isentando quem ganha até cinco salários mínimos (R$ 4.770 nos valores atuais), e trabalhando no sentido de implementar um aumento das alíquotas para as pessoas mais ricas.

Ainda nesse sentido, o Plano de Governo de Haddad, Manuela e Lula compreende que as políticas monetária, fiscal e cambial devem estar voltadas a garantir o desenvolvimento econômico sustentável – e que é possível crescer, gerar empregos e distribuir renda, ao mesmo tempo em que se mantém a inflação baixa e se reduz o endividamento público.

Temas de grande importância, como a situação das mulheres e o emprego para jovens, foram objeto de debate entre os demais candidatos, e possuem atenção especial do Plano de Governo de Haddad, Manuela e Lula.

Considerações finais
No recado final aos eleitores e eleitoras, Haddad afirmou que seu governo será pautado por um princípio central de ampliar as oportunidades: “Ampliar as oportunidades de emprego, de trabalho, e ampliar as oportunidades de educação”. Para o petista, “com trabalho e educação, sairemos de qualquer crise”. É por meio do trabalho e da educação que o Brasil poderá sair da crise e ser feliz de novo, portanto. Haddad destacou, por fim, que, “nos doze anos de normalidade democrática, quando os resultados das urnas eram respeitados, geramos 20 milhões de empregos”.

Reforçando que seu mote principal na campanha é atacar o PT e não propor algo para o país, Alckmin e Álvaro Dias aproveitaram suas considerações finais para dizer que o Brasil não pode permitir a volta do PT. Ciro afirmou ser a melhor alternativa. E Alckmin pediu aos brasileiros uma grande reflexão em relação ao PT e a Bolsonaro, e que vote na candidatura tucana após isso.

Por Lula.com.br

ATÉ O JORNALISMO TRADICIONAL COMEÇA A SE IMPACIENTAR COM BOLSONARO

REUTERS/Diego Vara
A jornalista Daniela Lima da Folha de S. Paulo afirma que a imprensa tradicional nunca foi tão atacada como neste momento e que os autores desses ataques - que são violentos - são os eleitores e simpatizantes de Bolsonaro; para eles, segundo Lima, tudo o que for 'contra' Bolsonaro é fake; eles rotulam o jornalismo, as instituições e, a rigor, toda a realidade empírica e factual de um país que lhes é desaforável

247 - A jornalista Daniela Lima da Folha de S. Paulo afirma que a imprensa tradicional nunca foi tão atacada como neste momento e que os autores desses ataques - que são violentos - são os eleitores e simpatizantes de Bolsonaro. Para eles, segundo Lima, tudo o que for 'contra' Bolsonaro é fake. Eles rotulam o jornalismo, as instituições e, a rigor, toda a realidade empírica e factual de um país que lhes é desaforável. 

Em seu artigo, a jornalista preambula com estilo: "no já célebre 'Como as Democracias Morrem', Steven Levitsky e Daniel Ziblatt mostram como a intimidação à mídia está conectada à falência do Estado de Direito. O ataque sistemático à imprensa, que passa a ser apresentada como inimiga de políticos e regimes, está fartamente descrito no livro como parte do processo de fragilização das democracias pelo mundo".
E prossegue, em doses homeopáticas de ironia: "o fenômeno não é, portanto, criação do Brasil. Nem novo é por aqui. Ganhou, porém, escala e organização inéditas na disputa eleitoral deste ano, protagonizado —sem exclusividade, é verdade, mas com destaque— por apoiadores de Jair Bolsonaro (PSL)".
Lima, finalmente, apresenta sua tese: "qualquer reportagem que incomode o candidato ou seus simpatizantes é descrita como fake. O Judiciário, o Congresso, os partidos e os adversários são alvos de tratamento semelhante. Até a Polícia Federal, exaltada por muitos dos que são 'contra tudo o que está aí', recebeu pedradas. Nenhuma instituição parece merecer voto de confiança".

PASTORES, TEÓLOGOS E EVANGÉLICOS REPUDIAM BOLSONARO EM CARTA AO PAÍS

Mais de 2.300 religiosos – pastores e teólogos evangélicos – assinaram a “Carta Pastoral à Nação Brasileira”, em repúdio à tentativa da campanha de Bolsonaro de usar um grupo “neo-pentecostal” e “manipular o nome de Deus” em sua campanha; a carta diz: “Cremos num Deus grande o suficiente para não se deixar usar por formas anticristãs de pensamento e de ação”; e complementa fazendo um alerta: "Nossa indignação contra toda pretensão de haver um governo exercido em nome de Deus, bem como contra toda aspiração autoritária e antidemocrática"

247 - Mais de 2.300 religiosos – pastores e teólogos evangélicos – assinaram a “Carta Pastoral à Nação Brasileira”, em repúdio à tentativa da campanha de Bolsonaro de usar um grupo “neo-pentecostal” e “manipular o nome de Deus” em sua campanha. A carta diz: “Cremos num Deus grande o suficiente para não se deixar usar por formas anticristãs de pensamento e de ação”. E acrescenta: "[afirmamos] Nossa indignação contra toda pretensão de haver um governo exercido em nome de Deus, bem como contra toda aspiração autoritária e antidemocrática".

A carta, publicada pelo jornal Hora do Povo, alerta para o uso indevido e oportunista do 'nome de Deus' e da 'fé do povo' pela campanha do ex-militar e pede para que os brasileiros usem a cidadania na hora do voto. 
Leia a íntegra da carta e os dez primeiros nomes que a assinam: 
Nós – pastores e pastoras, e líderes evangélicos das mais diferentes tradições cristãs – vimos à nação brasileira, neste conturbado contexto eleitoral, marcado por polarizações, extremismos e violência, afirmar:
1. Nosso compromisso com o Evangelho do Cristo, personificado na figura de Jesus de Nazaré, que, suportando todo tipo de contradição, injustiça, humilhação e violência, legou-nos o caminho do amor, da paz e da convivência; e promoveu a dignidade humana. Sim, em Cristo, não há direita, nem esquerda, nem homem, nem mulher, nem estrangeiro, nem rico, nem pobre. Também não há distinção de classe, de cor, de nacionalidade ou de condição física, pois, nele, todos somos iguais (Fp 2.1,5-11; Jo 4; Mt 19.14; Is 53.4-7; Rm 10.12; Gl 3.23-29; Cl 3.11; Fp 2.5-8);
2. Nosso renovado compromisso de orar não só pelo futuro mas, sobretudo, pelo presente do país, incluindo seus governantes, neste momento em que o povo brasileiro é convidado a fazer suas escolhas, de tal modo que elas sejam exercidas em paz e pela paz (1Tm 2.2; Rm 13.1-7; Pv 28.9; Mt 7.7-8; Rm 8.26-27; Ef 6.18; 1Ts 5.17; 1Tm 2.1-2; Tg 5.16);
3. Nosso convite para que todos os brasileiros e brasileiras exerçam sua cidadania, escolhendo seus candidatos pelo alinhamento deles com os valores do Reino de Deus, evidenciados na defesa dos mais pobres e dos menos favorecidos, na crítica a toda forma de injustiça e violência, na denúncia das desigualdades econômicas e sociais, no acolhimento aos vulneráveis, na tolerância com o diferente, no cuidado com os encarcerados, na responsabilidade com a criação de Deus, e na promoção de ações de justiça e de paz (Dt 16.19; Sl 82.2-5; Pv 29.2; 31.,9; Is 10.1-2; Jr 22.15-17; Am 8.3-7; Gn 2.15; Rm 8.18-25; Mt 5.6; 25.34-35; Lc 6.27-31; Tg 1.27; 2.6-7);
4. Nossa indignação contra toda pretensão de haver um governo exercido em nome de Deus, bem como contra toda aspiração autoritária e antidemocrática. Afirmamos nossa firme convicção de que o nome de Deus não pode ser usado em vão, ainda mais para fins políticos. Por isso, recomendamos, enfaticamente, que se desconfie de qualquer tentativa de manipulação do nome de Deus (Ex 20.7);
5. Nosso repúdio a toda e qualquer forma de instrumentalização da religião e dos espaços sagrados para promoção de candidatos e partidarismos. Cremos num Deus grande o suficiente para não se deixar usar por formas anticristãs de pensamento e de ação;
6. Nossa denúncia da instrumentalização da piedade e da posição pastoral com objetivo de exercer uma condução do voto. Reafirmamos a liberdade que o cidadão tem de optar por seus candidatos, sem se sentir levado por sentimentos de medo e culpa, frequentemente promovidos por profissionais da religião visando a manipulação política de fiéis (Mt 7.15-20; Rm 16.17-18; 2 Pe 2.1-3; Jo 10.10a);
7. Nossa denúncia de toda e qualquer forma de corrupção, desde aquelas que lesam os cofres públicos às demais travestidas ora de opressão social, ora de conluios e conveniências com a injustiça, com a impunidade e com os poderes estabelecidos (Dt 25.13-16; Pv 11.1; 20.10; 31.9; Is 10.1-2; Jr 22.15-17; Mq 6.11; 7.2-3; Lc 3.12-13);
8. Nossa certeza de que o Reino não está circunscrito à Igreja e de que não pode ser capitaneado por ninguém, seja qual for o cargo que exerça ou credencial que possua (Lc 17.20-21; At 10.34-35);
9. Nossa inconformidade com o clima violento que tomou conta do país, o qual foi, também, muito alimentado por lideranças religiosas que, ao invés de pacificarem o povo e abrandarem os discursos, inflamam ainda mais o contexto polarizado em que vivemos (Mt 5.9; 11.29; Lc 6.27-31; Rm 12.19-21; Cl 3.12);
10. Nossa defesa do Estado laico, da liberdade de consciência e de expressão, do direito à vida, à maturidade individual e à integridade, e do pleno direito de exercermos a liberdade religiosa (Jo 8.31-32,36; 2Co 3.17; Gl 5.1.13; Rm 6.22; Cl 1.13);
11. Nosso renovado compromisso de semear perdão onde houver ofensa, amor onde houver ódio, esperança onde houver desespero, luz onde houver trevas, verdade onde houver mentira e união onde houver discórdia, manifestos no respeito e na contínua intercessão a Deus pelo processo democrático brasileiro (Mt 5.9; 18.21-22; Lc 6.27-31; Jo 13.3-5; Rm 12.19-21; Gl 5.13);
12. Nossa união em defesa da vida digna, em sua plenitude, para todas as pessoas, cujo exemplo e potencial maior está em Jesus de Nazaré; e do amor, da paz e da justiça estabelecidos por ele como valores para sua efetivação (Mt 11.29; Jo 10.10; 13.3-5,15; Rm 12.1-2; Fp 2.5-8).
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.” (2 Co 13.13)
Brasil, setembro de 2018.
Assinam:
1. LUIZ LONGUINI NETO. PASTOR DA IGREJA PRESBITERIANA DO RIO COMPRIDO (IPB).
2. REV. CID PEREIRA CALDAS. PASTOR DA IP BOTAFOGO – RIO DE JANEIRO. PRESIDENTE DO PRESBITÉRIO RIO DE JANEIRO DA IPB. VICE-PRESIDENTE DO SÍNODO DO RIO DE JANEIRO DA IPB. SECRETÁRIO DO CONSELHO DE CURADORES DO INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIE. 1º SECRETÁRIO DO CONSELHO DELIBERATIVO DO INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIE.
3. SERGIO RICARDO GONÇALVES DUSILEK. DOUTORANDO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO. UFJF/MG. PASTOR BATISTA. IGREJA BATISTA MARAPENDI. RIO DE JANEIRO-RJ
4. MAGALI DO NASCIMENTO CUNHA. LEIGA METODISTA. JORNALISTA E DOUTORA EM CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO. É COLABORADORA DO CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS.
5. CLEMIR FERNANDES. DOUTOR EM SOCIOLOGIA. ISER. RIO DE JANEIRO.
6. SANDRO XAVIER. DOUTOR. LINGUISTA, TEÓLOGO E PASTOR. PRESBITERIANO. BRASÍLIA – DF
7. RICARDO LENGRUBER. DOUTOR EM TEOLOGIA. IGREJA METODISTA. RIO DE JANEIRO.
8. PAULO LOCKMANN. PASTOR. PROFESSOR. BIBLISTA. BISPO EMÉRITO DA IGREJA METODISTA. EX-PRESIDENTE DO CONCÍLIO MUNDIAL METODISTA.
9. REV. CARLOS ALBERTO RODRIGUES ALVES. PASTOR, JUIZ DE PAZ, PROFESSOR UNIVERSITÁRIO. PASTOR ANGLICANO. IGREJA ANGLICANA EM CURITIBA. CURITIBA
10. CARLOS CALDAS. DOUTOR EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO PELA UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO. PASTOR PRESBITERIANO E PROFESSOR DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO DA PUC MINAS. PUC MINAS. BELO HORIZONTE

BOLSONARO CAI TRÊS PONTOS, HADDAD SOBE CINCO, EMPATA NO 1º TURNO E VENCE NO 2°

Uma nova pesquisa realizada pelo Instituto Brasilis e divulgada no portal Infomoney traz números muitos bons para o candidato Fernando Haddad, do PT, que representa o ex-presidente Lula; ele subiu cinco pontos enquanto seu oponente Jair Bolsonaro caiu três; além disso, Haddad abriu uma vantagem de oito pontos sobre o candidato extremista, vencendo por 44 a 36

Por Marcos Mortari, no Infomoney – A dez dias do primeiro turno, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) voltou a crescer e agora está em situação de empate técnico com o deputado Jair Bolsonaro (PSL), hospitalizado há 21 dias após ser vítima de um ataque a facada durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

É o que mostra pesquisa instituto Brasilis realizada nos dias 25 e 26 de setembro. De acordo com o levantamento, Bolsonaro oscilou negativamente 3 pontos percentuais em relação à semana passada e agora tem 27% das intenções de voto. Já Haddad saltou de 17% para 22% no mesmo período, diminuindo para 5 pontos percentuais uma diferença que era de 13. Considerando a soma das margens de erro para cada candidato, o quadro é de empate técnico. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o código BR-00592/2018 e tem margem de erro de 3,5 p.p. para cima ou para baixo.

"A nova rodada da pesquisa revela um fortalecimento consistente da candidatura de Fernando Haddad. Ao mesmo tempo, há sinais de que Bolsonaro passou a sentir tanto o golpe dos ataques de Alckmin quanto sua ausência da campanha em função da convalescença da facada", observa o cientista político Alberto Almeida, sócio-diretor da Brasilis. O resultado da pesquisa reforça a tendência de segundo turno entre Haddad e Bolsonaro.

Em outro pelotão, aparecem os ex-governadores Geraldo Alckmin (PSDB), com 10% – 3 p.p. a mais do que no último levantamento – e Ciro Gomes (PDT), que oscilou positivamente de 7% para 8%. A ex-senadora Marina Silva (Rede) apresentou oscilação negativa de 1 p.p. e agora tem 5% das intenções de voto. O senador Álvaro Dias (Podemos) e o empresário João Amoêdo (Novo) também apresentaram variação negativa dentro da margem de erro e têm 3% cada. Considerando a margem máxima de erro, esses cinco candidatos estão em empate técnico.
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"Para que um dos demais candidatos se torne capaz de ir ao segundo turno, deslocando ou Bolsonaro ou Haddad, é preciso retirar para si, ao menos, 0,8 ponto percentual por dia dos candidatos favoritos a se qualificarem para o segundo turno. Não há sinais consistentes de que isso possa ocorrer", avalia Almeida.

Na simulação de segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, o petista aparece à frente por diferença fora da margem de erro: 44% contra 36%. Uma semana atrás, os dois empatavam tecnicamente, com o deputado numericamente à frente por placar de 42% a 40%.
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Foram realizadas 1000 entrevistas por telefone em todas as regiões do país nos dias 25 e 26 de setembro. A margem de erro máxima é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, o que significa que, se o questionário fosse aplicado mais de uma vez no mesmo período e sob mesmas condições, esta seria a chance de o resultado se repetir dentro da margem.

do 247

Carro e carreta batem e uma pessoa morre na BR-304, no Oeste potiguar

Uma pessoa morreu no acidente — Foto: Redes sociais
Acidente aconteceu na manhã desta quinta-feira (27) próximo a Itajá.

Uma pessoa morreu em um acidente envolvendo uma Pajero e uma carreta no início da manhã desta quinta-feira (27) no Km 123 da BR-304, próximo da cidade de Itajá, na região Oeste potiguar.

Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, o carro bateu na traseira da carreta e uma pessoa que estava na Pajero morreu. Ainda não há informações de quantas pessoas estavam nos dois veículos ou se há outros feridos.

do G1 RN

Esta quarta-feira (26) tem caminhada da nossa governadora na Zona Norte.

Esta quarta-feira (26) tem caminhada da nossa governadora na Zona Norte. Chama todo mundo e vem com a gente fazer essa festa na torcida por #FatimaGovernadora! Todos por um RN melhor! #Vote13 
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Nossa Caravana do Coração na região Agreste foi uma festa! Que registro

Nossa Caravana do Coração na região Agreste foi uma festa! Que registro lindo de sorrisos e da alegria de um povo que quer um Rio Grande do Norte melhor, mais seguro e mais inclusivo com #FátimaGovernadora! Vem ver como foi!

Recado de Lula: “Haddad vai fazer o Brasil ser feliz de novo”

Ex-presidente diz que apesar de ter sido impedido de ser candidato, confia em Fernando Haddad para fazer o Brasil ser feliz de novo
“Fui impedido de ser candidato e estar nas ruas, com o povo, mas o companheiro Haddad me representa. Eu tenho total confiança nele. E ele vai fazer o Brasil ser feliz de novo com o nosso voto”

Lula

Assista ao 12º programa eleitoral Haddad Presidente (25/set)

Lula beneficiou milhões de brasileiros. E no Governo Haddad, não será diferente. Descubra quais projetos serão retomados pelo próximo presidente do Brasil

EX-MULHER REVELOU AMEAÇA DE MORTE DE BOLSONARO, SEGUNDO ITAMARATY

Ex-mulher de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle contou em 2011 ter sido ameaçada de morte pelo candidato à presidência; o relato foi feito ao Itamaraty e consta de um telegrama reservado arquivado no órgão, ao qual a Folha teve acesso; a ameaça a levou a deixar o Brasil; Ana Cristina é candidata a deputada federal pelo Podemos e declara apoio à candidatura do ex-marido

247 - Ex-mulher de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle contou em 2011 ter sido ameaçada de morte pelo candidato à presidência. O relato foi feito ao Itamaraty e consta de um telegrama reservado arquivado no órgão, ao qual a Folha de S.Pauloteve acesso. A ameaça a levou a deixar o Brasil, conforme revelou.
O casal travava uma disputa judicial no Rio de Janeiro sobre a guarda do filho, que tinha cerca de 12 anos na época. ​"A senhora Ana Cristina Siqueira Valle disse ter deixado o Brasil há dois anos [em 2009] 'por ter sido ameaçada de morte' pelo pai do menor [Bolsonaro]. Aduziu ela que tal acusação poderia motivar pedido de asilo político neste país [Noruega]", diz o telegrama.
"O telegrama havia sido liberado à Folha pela Lei de Acesso à Informação, porém com esses e outros trechos cobertos por tarja preta. Duas fontes ouvidas pela reportagem e o então embaixador, Carlos Henrique Cardim, que assina os textos, confirmaram a íntegra dos documentos", informa a reportagem.
Ex-servidora da Câmara Municipal de Resende (RJ), Ana Cristina é candidata a deputada federal pelo Podemos e declara apoio à candidatura do ex-marido. No último domingo (23), a Folha revelou que Bolsonaro mobilizou o Itamaraty, em 2011, como deputado federal, para que o órgão intercedesse em seu favor depois que Ana Cristina viajou para a Noruega com o filho do casal.

Ibope: Haddad vai a 22% e fica em primeiro no segundo turno

Nas simulações de segundo turno, Haddad fica com 43% dos votos e ganha de Bolsonaro, que teria apenas 37%

Pesquisa Ibope divulgada na noite desta segunda-feira (24/09) mostra novo crescimento de Fernando Haddad (PT) na disputa presidencial. Com 22% de intenções de voto, a chapa de Haddad e Manu se aproxima cada dia mais de Jair Bolsonaro (PSL), que agora tem 28%.  A distância, que era de 18 pontos percentuais, caiu para apenas 6 pontos percentuais.

Ciro Gomes (PDT) mantém a terceira posição com 11%, seguido por Geraldo Alckmin (PSDB) com 8% e Marina Silva (REDE) com 5%. Brancos e nulos são 12%. Outros 7% não souberam responder.

Nas simulações de segundo turno, Haddad fica com 43% dos votos e ganha de Bolsonaro, que teria apenas 37%.

Em relação à pesquisa anterior do Ibope, divulgada dia 18, Haddad subiu 3 pontos na disputa de primeiro turno.

A pesquisa ouviu 2.506 eleitores entre os dias 18 e 24. Está registrada no TSE sob o número BR-06630/2018.

Áudios para ‘adular’ Lula e Haddad são gratidão por feitos no Nordeste

Mensagens que viralizaram vieram da história de Pedro Félix, que viu a sua vida e da família mudar por conta de políticas sociais dos Governos do PT

Em Lavras de Mangabeira, no interior do Ceará, a 434 quilômetros de Fortaleza, o sol esturricante é comum. A cidade de 31 mil habitantes tem como principais atividades econômicas a agricultura, a pecuária e o trabalho nas indústrias localizadas nos municípios da microrregião do Cariri – uma das regiões visitadas pela Caravana Lula pelo Brasil, há um ano.
Em Mangabeira, um dos seis distritos da zona rural de Lavras, povoado em sua maior parte por agricultores, a rotina é de carências. Lá nasceu e vive até hoje Pedro Félix Diniz, de 44 anos.
Pedro se identifica como construtor, porque faz um conjunto de atividades entre pedreiro, mestre de obras e operador na recuperação de edificações, ao lado de uma equipe de amigos. Com pouco estudo, trabalhador da roça desde a infância ao lado dos cinco irmãos e do pai, que com mais de 70 anos continua com seu roçado, ficou conhecido nos últimos meses por gravar áudios engraçados e espalhar por redes sociais. Neles, manifesta seu carinho extremo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – “hoje acordei com uma vontade danada de adular Lula…”, diz em um dos mais famosos.
Depois da proibição da candidatura do líder petista pelo Tribunal Superior Eleitoral, Pedro Félix incorporou o entendimento de que “Haddad é Lula”. E passou a gravar frases transferindo sua “adulação” para o candidato oficializado pelo PT à presidência da República. Fernando Haddad, segundo colocado nas pesquisas eleitorais, segue em busca da transferência das intenções de votoque davam a liderança ao ex-presidente.
Muitos chegaram a achar que os áudios eram feitos por algum comediante, ou tinham orientação publicitária. Pedro, por sua vez, fica assustado quando é chamado para participar de algum programa de rádio.
Os áudios, como ele conta, representam um reconhecimento das mudanças ocorridas em sua vida pessoal e em sua região depois dos governos de Lula. São sua forma de “lutar” para que o país volte a oferecer condições para os que querem trabalhar, investir e, como ele, “melhorar de vida”.

Dividir sandálias

“Eu falo em tom de brincadeira quando digo que vou dar meu dedo mindinho ao doutor para implantar no Lula, ou quando peço para ser preso com o Lula, mas isso tudo traduz minha verdade. Esse homem mudou minha vida e a de minha família. E o Haddad é o candidato capaz de fazer voltar os programas que foram implantados da época dele até o impeachment da Dilma”, ressalta.
Da infância à adolescência, Pedro tinha de dividir sandálias com o irmão que tivesse o número do pé mais próximo do dele, todas as vezes em que o pai comprava calçados para a família.
“O dinheiro não dava para comprar para todo mundo, então meu pai comprava um par para dois filhos. Um calçava durante a manhã e o outro à tarde e a gente se dividia sobre os lugares para onde iria trabalhar para não ir descalço onde a falta de sapato fizesse os pés doerem mais.”
Um dia, no período de entressafra, quando não há nada a ser plantado e as pessoas procuram atividades provisórias para ganhar um dinheirinho até voltar ao roçado, ele arrumou uma ocupação como ajudante de pedreiro. Pôs na cabeça: “Prefiro essa vida do que trabalhar na roça”. Achou que tinha encontrado ali sua vocação.
Aprendeu tudo direitinho, voltou para a plantação ao lado do pai e dos irmãos, mas continuou em paralelo como ajudante em obras diversas. “Muitas vezes, o pessoal não confiava em mim, não achava que eu soubesse fazer direito. Então eu dizia ‘deixa eu trabalhar de graça. Vou aprendendo e você vai vendo que eu sei fazer. Se eu errar, pago o prejuízo’.”
Ganhou confiança, chamou colegas para montar uma equipe e começou, ele mesmo, a trabalhar em reformas de casas, consertos, pintura. Mais adiante, passou a construir e a ganhar mais credibilidade. A vida continuava dura, mas tinha ficado um pouco melhor.

Ouça alguns áudios feitos por Pedro Félix

Reflexo de políticas sociais

As políticas públicas que passaram a influenciar a vida das pessoas pobres no Nordeste a partir de 2003 não demoraram a surtir efeito. Com a transferência de renda, a valorização do salário mínimo e a oferta de crédito surge uma nova classe consumidora. As economias de pequenas cidades e microrregiões se transformam. Não à toa, em recente entrevista ao Jornal da Globo, Haddad observou que o PIB no Nordeste cresceu em ritmo chinês na década passada.
E entre os que passaram a ter possibilidade de ter em casa uma televisão de plasma, uma geladeira nova e mais moderna, um telefone celular, escola para as crianças, também veio a vontade de reformar ou pintar a casinha.
Pedro sentiu o impacto positivo disso tudo. Conta que desse período até 2016, trabalhou tanto que a vida de extrema pobreza que levava se transformou. Ele hoje é dono de duas casas. A primeira, onde vivem seus pais e irmãos, e outra onde mora com a mulher e os dois filhos. A sua, diz com orgulho, “tem primeiro andar”.
Foi também o primeiro morador da cidade a comprar um automóvel Gran Siena, da Fiat. “Cheguei todo feliz na concessionária para tirar meu carrinho sonhado. Na época, custou R$ 45 mil. Nunca pensei que chegaria a isso algum dia.”
Pedro ajuda até hoje familiares e prossegue com sua equipe fazendo trabalhos no município. Mas reclama que sente o tranco da crise econômica, que os pedidos não são como antes, o trabalho caiu.

Reflexo do golpe

“Dá para viver, mas o que temos notado desse governo para cá é uma queda grande para todo mundo. Eu faço estes áudios por brincadeira, mas também porque precisamos da volta do Lula. E eu sei que o Haddad vai retomar a linha de trabalho implantada no governo dele e da Dilma”, afirma, prometendo fazer “tudo o que for possível para contribuir para a transferência de votos de Lula para Haddad”. “Oxe, menino. Lula é Haddad e Haddad é Lula.”
Sobre o fato de ter um candidato cearense na disputa, Ciro Gomes (PDT), afirma que não vê problema. “O voto do Lula é do Lula. As pessoas até gostam do Ciro, mas entre ele e o candidato do Lula, vamos votar no Haddad.”
Ele só tem uma reclamação, mas que considera superável. “Só tenho problema com o Camilo Santana (atual governador do Ceará, do PT, que tem como candidato em sua chapa o senador emedebista Eunício Oliveira). Fiquei chateado com ele porque está unido com o Eunício e o Eunício é do MDB do Temer, ajudou no impeachment da Dilma. Mas se é para ajudar o PT, aqui em casa estaremos com Camilo também.”
E explica. “O que acontece é que hoje a gente vive muito preocupado com a situação do país. As pessoas voltaram a viver em dificuldade outra vez. Eu fiquei espantado com a amplitude que minhas mensagens tiveram, mas se elas puderem ajudar a eleger o Haddad, já estou satisfeito. Muitas pessoas que não iam votar nele já me procuraram para dizer que mudaram de ideia depois de conversar comigo. Falo e brinco dessa forma porque sou louco pelo Lula de verdade, porque senti na pele os efeitos do governo dele.”
Quando indagado sobre o candidato a presidente pelo PSL, Jair Bolsonaro, Pedro Félix diz que não o vê como uma ameaça ao PT, ao menos no Nordeste. “Não é daqui, não demonstra conhecer a sofrência (sic) do nosso povo com a seca, não vai trazer nada de bom para os nordestinos. Já Haddad tem todo o caminho a percorrer que foi deixado por Lula e que nos ajudou a melhorar. E não foi pouco não, pode perguntar para as outras pessoas”, acrescenta.
Lavras de Mangabeira fica a 60 quilômetros de distância de Juazeiro do Norte, uma das maiores cidades do Ceará, onde está previsto comício com Haddad nas próximas semanas. O sonho de Pedro, agora, é ir até lá para ouvir “o que o substituto do Lula vai falar” e, se conseguir, tirar uma foto ao lado de Haddad.
O sonho maior, de estar ao lado de Lula, nunca foi realizado, mas ele diz que espera um dia conseguir realizá-lo. “Se Haddad me receber em Juazeiro levo até minha bicicleta (que é constantemente citada nos áudios e utilizada no seu trabalho) para ele sentar nela”, diz.

Mídia espontânea

A ideia de Pedro Félix de fazer áudios começou em 2016, logo após o impeachment de Dilma Rousseff. Mas os áudios viralizaram mesmo depois da prisão de Lula, no primeiro semestre. As mensagens contagiaram primeiro os amigos próximos, passaram a ser reproduzidas para várias cidades do Ceará e ganharam o Brasil.
“Olha só isso”, contou rindo o publicitário Alexandre Fernandes, que tinha acabado de receber um dos áudios de um colega, durante almoço de trabalho no restaurante Francisco – ponto frequente de encontro de políticos e assessores parlamentares em Brasília, na última semana.
“Em Fortaleza todo mundo conhece essas mensagens, só não tem muita ideia de quem é o cara que está por trás delas”, afirmou o engenheiro agrônomo Marcio Rodrigues, brasiliense que mora há 15 anos na capital cearense e vai todo mês a Brasília.
Com a formalização da candidatura de Haddad, Pedro Félix passou a ter o ex-ministro e ex-prefeito paulistano como principal alvo. A mídia espontânea é direta e ele tem, inclusive, na imagem que ilustra seu perfil no aplicativo WhatsApp, uma foto dele com os dizeres “Haddad é Lula”.
“Tive um sonho em que estava debaixo de um pé de goiabeira e o Lula me pedia para adular Fernando Haddad. Disse a ele: homem, pois já está adulado”, afirma, numa das mensagens. “Eu tinha coragem de passar os 12 anos na cadeia mais Lula”, ressalta em outra, com sotaque carregado.
“Meu sonho era pegar um dedo que tenho aqui e o doutor fazer um transplante para colocar nele, para ele ficar com os dedos completos, sem faltar mais nada”, diz. “Quando como uma galinha capoeira cozinhada com cuscuz, não lembro de outra pessoa não. Só do Lula. Fico imaginando, será que o bichinho já almoçou nesse instante?”, arremata na seguinte.

“Se pudesse, faria tudo o que digo”

Felix revela já ter feito mais de 500 áudios, pelas suas contas, e não tem noção da quantidade de vezes que foram reproduzidos. Já concedeu inúmeras entrevistas, com esta, ao Brasil de Fato. “Sei de gente na Paraíba, Pernambuco e Maranhão que está recebendo essas mensagens. É uma coisa fora do comum, nunca pensei que fosse chegar a uma repercussão desse tamanho”, conta.
“Somos do sertão, pessoas pobres e sem chances. O Brasil teve muitos presidentes, mas só o Lula conseguiu fazer tanta coisa. O que eu falo sai de dentro de mim, do meu coração. Se pudesse, faria tudo aquilo que digo nos áudios”, destaca.
Na avaliação da professora da faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB) e doutora em Ciência da Informação, Márcia Marques, a repercussão dos áudios de Pedro Félix é reflexo do que tem acontecido nos últimos tempos em todo o mundo, que está mexendo com o “fazer” da comunicação e levando os profissionais a avaliarem outras formas de comunicar.
“As pessoas não comentam mais nas redes sociais uma postagem, vão lá e fazem elas mesmas. Esse protagonismo está aparecendo e tem sido muito favorecido pela mídia digital. É interessante e tem conseguido passar o recado. Tem uma característica que foge da mídia hegemônica”, afirma.
“Ele segue, ao seu modo, o caminho que o pessoal da Porta dos Fundos (conjunto de vídeos que viralizaram na internet e depois resultaram em um programa, veiculado na televisão) começou lá atrás, reservadas as proporções por que lá os participantes eram profissionais de comunicação e o Pedro, não. Hoje todo mundo sabe imitar uma repórter de TV, todo mundo sabe agir como um repórter de rádio”, destaca a professora.
Para a profissional em marketing, Fernanda Estelita Soares, iniciativas do tipo são formas de expressão que têm tudo para serem expandidas neste período eleitoral, sobretudo num momento em que são publicadas informações falsas (as fake news) e contratados robôs para sugestionar os eleitores sobre os atuais candidatos.
“Os áudios do Pedro Félix consistem numa forma natural de se expressar da população mais simples. Representam uma outra via encontrada pela massa para passar sua mensagem diante do império da mídia tradicional. E, ainda por cima, trazem o apelo bem-humorado do sotaque do homem simples nordestino”, explica a professora. “Não me espantarei se souber de vários apresentados por autores diferentes.”
Enquanto isso, Pedro segue com suas atividades e seu jeito. Está longe de ser rico e trabalha duro ao lado da sua equipe. Tanto que não pode atender celular durante o dia, quando está nas obras. Volta para casa durante a noite. O telefone quebrou e, em vez de trocar por um mais novo, mandou consertar.
Mas sabe que os pais, ele e os irmãos possuem outras condições econômicas em relação aos anos 1990 e que os filhos estão sendo criados, hoje, em situação bem melhor do que a dele. Não pede um governo de vantagens, nem benefícios, só a chance de continuar tendo a oportunidade de ser chamado para mais serviços. E ver as pessoas próximas também levando uma vida melhor. “Com menos sofrência.”