Aldair Dantas
Moradores do Loteamento Jardim Petrópolis - zona Norte - recolhem peças de lixo hospitalar que teriam caído de caminhões da Serquip
A comerciária Juliana Barbosa da Silva conta que sua filha de um ano e oito meses passou cinco dias internada na maternidade de São Gonçalo do Amarante, depois ficou em tratamento em casa e teve de pagar um plano de saúde, “porque ela pegou uma bactéria, que paralisou um pulmão”.Já a dona de casa Silvana Nascimento Ferreira afirmou que, há uns 15 dias, as três filhas tiveram crise de vômitos todas de uma vez: “Achei estranho, não era virose”.
O sócioadministrador da Serquip, Clébio Azevedo, diz que não procede as preocupações dos moradores, primeiro porque a empresa está instalada numa área não residencial, na quadra 21 do Distrito Industrial de São Gonçalo do Amarante.
Em segundo lugar, Azevedo credita que as seringas ou outros tipos de material que são jogados na rua projetada deva ser alguma coisa deliberada, a fim de prejudicar a empresa. O transporte é feito em bombonas lacradas com capacidade para 25 ou 60 quilos - tipo tambores de polietileno e dentro deles sacos plásticos onde o lixo é acondicionado.
“Não tem nenhuma possibilidade do lixo ser jogado fora”, disse Azevedo, para declarar que as bombonas são transportadas em carros coletores fechados, do tipo baú.
Outra argumentação de Azevedo é relacionada à poluição ambiental, lembrando que todo incinerador tem de ter chaminé. No caso da Serguip, acrescentou ele, os incineradores queimam o lixo hospitalar a uma média de mil graus, quando a legislação diz que à queima dos resíduos podem ocorrer a partir de 800º.
Afora isso, Azevedo explica que antes dos gases serem emitidos no ar, passam por uma lavagem e uma posterior segunda queima. As cinzas são levadas para o aterro sanitário de Ceará-Mirim.
Licença
Na entrada da Serquip, uma placa do Idema avisa que a licença ambiental da empresa de tratamento de resíduo hospitalar tinha validade até 10 de outubro de 2010.
Clébio Azevedo apresentou, no fim da tarde de ontem, a renovação de uma licença ambiental autenticada, com validade até 7 de dezembro deste ano.
O documento diz, entre uma condicionantes, que o empreendedor não poderá acumular resíduo sólido ou descartar qualquer efluente a céu aberto em áreas externas ou interna da empresa.
O pedido de renovação da licença ambiental, no caso da Serquip, deve ocorrer 120 dias antes do fim da licença atual.
Fonte: TN Online
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