com informações do MPF-RN
Após denúncia do Ministério Público Federal do RN, contra o delegado da PF Adauto Gomes da Silva Júnior, a Justiça Federal determinou o seu afastamento imediato do cargo. Além de ficar afastado das funções que exerce na Polícia Federal em Natal, o delegado não terá direito ao recebimento dos proventos.
O delegado é acusado de violação do sigilo funcional e colaboração com o tráfico de drogas. As investigações realizadas pela própria Polícia Federal dão conta de que em março de 2010, durante a Operação Serra Negra, deflagrada em Mossoró, o delegado repassou informações sigilosas, que teve acesso em razão do cargo que ocupava. O fato causou prejuízos à operação, que buscava desarticular organização criminosa voltada ao tráfico de drogas na região.
No dia 15 de março do ano passado, enquanto os agentes da Polícia Federal monitoravam as ligações telefônicas dos envolvidos na Operação Serra Negra, detectaram a ligação de Karlla Micaelly Fernandes da Silva para o investigado Ikaro Mikael da Silva Jácome. No telefonema, ela informou que teria recebido informações de um "amigo" dizendo que a Polícia iria fazer "um raio x em tudo". Com base em tais dados, a Polícia solicitou à Justiça a quebra do sigilo das comunicações telefônicas de Karla Micaelly, com o objetivo de descobrir quem seria o suposto "amigo".
Das informações obtidas com a quebra do sigilo, os policiais federais observaram que, minutos antes de realizar chamadas para Ikaro Jácome, Karlla Micaelly recebeu um telefonema de determinado número. As investigações verificaram várias outros contatos telefônicos com o mesmo celular, que consta no cadastro de informações dos servidores da Polícia Federal como sendo do delegado Adauto Gomes da Silva Júnior.
A denúncia do Ministério Público Federal destaca que, em 15 de março de 2010, o delegado estava em Mossoró, em razão de outra missão policial. Segundo depoimentos de policiais federais encarregados do acompanhamento das interceptações telefônicas, nesse dia, Adauto dirigiu-se ao Núcleo de Operações de Inteligência Polícial da PF em Mossoró, e passou a fazer perguntas sobre Ikaro Jácome. Minutos mais tarde, o referido investigado tomaria conhecimento de que uma operação policial estava em curso na cidade de Mossoró e que ele seria um dos alvos.
Os policiais federais ouvidos pelo MPF, bem como o delegado responsável pela Operação Serra Negra, foram unânimes em afirmar que a conduta do denunciado trouxe danos à operação. O investigado Ikaro Jácome passou a utilizar outros números de telefone de celular, diminuindo a quantidade de conversas mantidas por telefone com seus sócios no tráfico, dificultando as investigações.
Em depoimento, Karlla Micaelly Fernandes da Silva admitiu expressamente ter sido avisada por Adauto Gomes de que haveria uma operação policial para reprimir o tráfico de drogas na cidade. Admitiu ainda ter conversado com Ikaro Michael logo após o telefonema do delegado, orientado-o a se desfazer do chip do telefone.
Para os procuradores da República em Mossoró que assinam a denuncia, Adauto Gomes da Silva Júnior, valendo-se da condição de delegado de polícia federal, teve acesso a informações sigilosas relativas à Operação Serra Negra e repassou essas informações por telefone na tarde do dia 15 de março de 2010. Dessa forma, colaborou como informante de organização destinada à prática dos crimes previstos na lei de tóxicos.
Diante da gravidade dos fatos, o MPF chegou a pedir a prisão preventiva de Adauto Gomes, tendo sido negada pela Justiça Federal, que determinou o afastamento da função de delegado.
O delegado é acusado de violação do sigilo funcional e colaboração com o tráfico de drogas. As investigações realizadas pela própria Polícia Federal dão conta de que em março de 2010, durante a Operação Serra Negra, deflagrada em Mossoró, o delegado repassou informações sigilosas, que teve acesso em razão do cargo que ocupava. O fato causou prejuízos à operação, que buscava desarticular organização criminosa voltada ao tráfico de drogas na região.
No dia 15 de março do ano passado, enquanto os agentes da Polícia Federal monitoravam as ligações telefônicas dos envolvidos na Operação Serra Negra, detectaram a ligação de Karlla Micaelly Fernandes da Silva para o investigado Ikaro Mikael da Silva Jácome. No telefonema, ela informou que teria recebido informações de um "amigo" dizendo que a Polícia iria fazer "um raio x em tudo". Com base em tais dados, a Polícia solicitou à Justiça a quebra do sigilo das comunicações telefônicas de Karla Micaelly, com o objetivo de descobrir quem seria o suposto "amigo".
Das informações obtidas com a quebra do sigilo, os policiais federais observaram que, minutos antes de realizar chamadas para Ikaro Jácome, Karlla Micaelly recebeu um telefonema de determinado número. As investigações verificaram várias outros contatos telefônicos com o mesmo celular, que consta no cadastro de informações dos servidores da Polícia Federal como sendo do delegado Adauto Gomes da Silva Júnior.
A denúncia do Ministério Público Federal destaca que, em 15 de março de 2010, o delegado estava em Mossoró, em razão de outra missão policial. Segundo depoimentos de policiais federais encarregados do acompanhamento das interceptações telefônicas, nesse dia, Adauto dirigiu-se ao Núcleo de Operações de Inteligência Polícial da PF em Mossoró, e passou a fazer perguntas sobre Ikaro Jácome. Minutos mais tarde, o referido investigado tomaria conhecimento de que uma operação policial estava em curso na cidade de Mossoró e que ele seria um dos alvos.
Os policiais federais ouvidos pelo MPF, bem como o delegado responsável pela Operação Serra Negra, foram unânimes em afirmar que a conduta do denunciado trouxe danos à operação. O investigado Ikaro Jácome passou a utilizar outros números de telefone de celular, diminuindo a quantidade de conversas mantidas por telefone com seus sócios no tráfico, dificultando as investigações.
Em depoimento, Karlla Micaelly Fernandes da Silva admitiu expressamente ter sido avisada por Adauto Gomes de que haveria uma operação policial para reprimir o tráfico de drogas na cidade. Admitiu ainda ter conversado com Ikaro Michael logo após o telefonema do delegado, orientado-o a se desfazer do chip do telefone.
Para os procuradores da República em Mossoró que assinam a denuncia, Adauto Gomes da Silva Júnior, valendo-se da condição de delegado de polícia federal, teve acesso a informações sigilosas relativas à Operação Serra Negra e repassou essas informações por telefone na tarde do dia 15 de março de 2010. Dessa forma, colaborou como informante de organização destinada à prática dos crimes previstos na lei de tóxicos.
Diante da gravidade dos fatos, o MPF chegou a pedir a prisão preventiva de Adauto Gomes, tendo sido negada pela Justiça Federal, que determinou o afastamento da função de delegado.
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