Hospital da Polícia está há três anos em reforma

Há três anos, os funcionários e pacientes atendidos no Hospital Central Coronel Pedro Germano (HCCPG), ou simplesmente Hospital da Polícia, convivem diariamente com entulhos, material de construção e pedreiros indo e vindo pelos corredores da unidade. Uma obra de reforma e ampliação da unidade se arrasta desde 2009. A previsão é de que a construção seja encerrada até o fim do ano. Além do atraso na entrega do projeto, o hospital enfrenta outra dificuldade: falta de profissionais.
Rodrigo SenaNovas instalações do Hospital Central Coronel Pedro Germano só ficam prontas no final de anoNovas instalações do Hospital Central Coronel Pedro Germano só ficam prontas no final de ano

Inciada em 2009, a obra no HCCPG prevê, entre outras melhorias, a criação de um novo centro cirúrgico, enfermaria, laboratório, lavanderia e 18 leitos de UTI, sendo nove neonatais e nove adultos. A quantidade de leitos, no geral, passará dos atuais 84 para 134. Parte da construção já foi liberada. O setor administrativo está funcionando no prédio novo que ainda não foi inaugurado. "Faltam algumas poucas adequações e instalações, mas já estamos trabalhando por aqui há algum tempo", disse um funcionário que preferiu não se identificar.

De acordo com informações do diretor geral do hospital, coronel Kléber Farias, a obra de recuperação da unidade ocorre de forma que não impeça o andamento dos atendimentos do hospital, que é geral. Segundo ele, as novas instalações estarão prontas até o final do ano. O hospital, apesar de ser conhecido por ser da Polícia Militar, recebe recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) e, dessa forma, está apto a atender qualquer cidadão: civil ou militar.

Atualmente, a obra segue sem atropelos. Porém, o que preocupa a direção do hospital é a continuidade da prestação de serviço. A unidade convive com um déficit de profissionais. De imediato, o problema pode interferir no atendimento na maternidade existente no local. Faltam plantonistas. O problema foi mostrado na edição da TRIBUNA DO NORTE do último dia 13. Até agora, nada foi feito. Diariamente oito partos deixam de ocorrer na unidade por falta de plantonistas. Sem previsão de concurso público da Polícia Militar para o hospital, por limite prudencial do Governo, a direção da unidade suplica por atenção especial para o hospital que possui 13 leitos maternos e seis de UTI neonatal.  Há 43 vagas para serem preenchidas no Hospital da Polícia Militar coronel Pedro Germano.

O mesmo problema pode inviabilizar o funcionamento das futuras instalações. Segundo o subdiretor do hospital, coronel Alexandre Nobre, a secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) precisa publicar um edital de concurso público. Ele afirmou que existe um estudo nesse sentido e, nos próximos meses, o certame deve ser anunciado. "É de conhecimento da Sesap essa necessidade. Esperamos que o concurso aconteça antes mesmo da inauguração das novas instalações", disse.
do TN

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