Os filhos do Minha Casa, Minha Vida

Residencial Caiobá, em Curitiba (PR). Empreendimento Minha Casa, Minha Vida. Foto: Agência Caixa de Notícias
Com pouco mais de dois anos, a pequena Yasmin, com seus cachinhos dourados, é hoje a pessoa mais popular do Residencial Caiobá, em Curitiba. Foi no próprio empreendimento que Yasmim nasceu, onde é conhecida como a primeira filha do residencial, empreendimento construído pelo Minha Casa, Minha Vida, entregue há três anos aos beneficiários.
O nascimento de Yasmin foi um acontecimento no empreendimento, lembrado por todos os moradores. “Eu estava tomando banho quando a barriga sumiu”, conta a diarista de 35 anos e mãe de três filhos, Soeli Chefeman. Yasmin nasceu ali mesmo na cama da mãe. “Não senti dor. Minhas vizinhas me ajudaram e 15 minutos depois o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou para cortar o cordão umbilical”, relembra.
Praticamente todos os moradores deixaram seus apartamentos para ver a primeira ‘filha do residencial Caiobá’. “Ela ficou bem famosa no condomínio”, conta, orgulhosa. Yasmin tem dois irmãos: Mateus Chefeman, de 12 anos e Rodrigo Chefeman, de 19.
Soeli conta que a alegria da chegada de Yasmim é comparada à que sentiu no dia em que recebeu a notícia de que tinha sido contemplada com o Minha Casa Minha Vida. “Quando me ligaram eu estava trabalhando e comecei a gritar e a minha patroa ficou preocupada, ela achou que algo tinha acontecido com os meus filhos”, comenta ela, que hoje exibe, orgulhosa, a casa mobiliada com móveis adquiridos por meio do programa Minha Casa Melhor.
Atualmente, Yasmin, além de brincar pelas ruas do condomínio, frequenta a creche localizada próxima ao residencial.
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Bebê novo, vida nova
Vizinha de Yasmin, mora Agnes Martha, de apenas três meses. Ela nasceu quando a mãe, técnica em enfermagem Lucélia Martha Ribeiro, 37 anos, tinha se divorciado. Com certa timidez, Lucélia diz que está recomeçando a vida e, segundo ela, não tem sido fácil. Há cerca de três anos, morava de aluguel em uma casa com condições precárias. “Fui à assistente social e pedi para sair daquele lugar. Logo depois, recebi a notícia de que iria ganhar a casa do Minha Casa Minha Vida”, lembra.

“Gosto daqui. Gosto de ter tudo perto”, afirmou. Todas as manhãs, ela leva o bebê para tomar sol, passeando pelas ruas do residencial. Após a mudança de endereço, ela espera ter mais folga financeira. “Na minha casa antiga eu pagava R$ 250 de aluguel e hoje pago R$ 70”, diz. “As pessoas do condomínio são ótimas, meus vizinhos são prestativos e o Minha Casa Minha Vida veio para ajudar as pessoas que realmente precisam”, valoriza.
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Recomeço de vida
O trabalho do condomínio para dar entretenimento às mais de 256 crianças e adolescentes do Residencial é frequente. “Estamos reformando o parquinho e construindo uma pista de skate”, conta a síndica Grasiela Casagrande. Segundo ela, “as obras estão a todo vapor e ficarão prontas no início do ano que vem”.

Leandro César, futuro morador do Caiobá, é quem irá aproveitar bastante o novo parquinho. Por enquanto, ele está na barriga da mãe Ana Cristina, moradora do residencial Caiobá. A meio-oficial de pintura está grávida de nove meses e não esconde a ansiedade de, finalmente, ver o rosto do bebê. “Quero saber se ele se parece com o pai”, conta ela. O pai da criança era um ex-namorado de infância que ela reencontrou há quase um ano. Ele morreu assassinado há nove meses.
Ainda mobiliando o quarto, Ana Cristina adora o local da nova residência. “Minha filha estuda na esquina e o postinho de saúde fica a duas quadras. É tudo muito perto”, comemora. Para a pintora Ana Cristina, o residencial é um ótimo lugar para criar os filhos. “Aqui temos segurança, é um local acolhedor e com vários lugares perto”, conta.
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