Considerados infiéis, Paulo Wagner e Edivan estão na Comissão de Ética

Joaquim Pinheiro

Repórter de Política

Dirigentes do PV, partido presidido no Estado pelo senador Paulo Davim têm reunião marcada para hoje no final da tarde na sede da legenda em Petrópolis com o objetivo de analisar, através da sua Comissão de Ética composta por Elias Nunes , Kalazans Bezerra e Rivaldo Fernandes, o comportamento de rebeldia praticado por alguns dirigentes municipais nas eleições desse ano, entre eles, Edivan Martins, presidente do Diretório Municipal e Paulo Wagner, candidatos a deputado estadual e federal, respectivamente, derrotados nas urnas no primeiro turno.

“Vamos discutir e avaliar o comportamento político-eleitoral de dirigentes municipais, inclusive de Natal, que descumpriram decisão do Diretório Regional de apoio a aliança com o PMDB”, disse o presidente de honra do PV e integrante da Comissão de Ética, agitador ecológico Rivaldo Fernandes, acrescentando: “Edivan Martins, que é residente do Diretório Municipal de Natal e integrante da Executiva Estadual rebelou-se e passou a apoiar a candidatura de Robinson Faria”, afirmou Rivaldo Fernandes, ressaltando que além desse assunto, os “verdes” discutirão também a renovação dos diretórios, tendo em vista as eleições municipais de 2016.

Questionado sobre a possível permanência de Paulo Davim à frente da legenda a partir do próximo ano, Rivaldo Fernandes afirmou: “Paulo Davim tem todas as condições políticas e apoio da Executiva Nacional e das lideranças locais de continuar na presidência do PV estadual”, disse ele, lembrando que essa decisão depende única e exclusivamente do senador. Sobre possíveis expulsões de infiéis do Partido Verde, o presidente de honra mostra-se contrário. “não defendo expulsão de ninguém por ter traído o PV, mas o afastamento dos cargos de direção”, disse Rivaldo Fernandes, considerando os fatos como tendo sido “intransigência partidária”.

PV vive crise existencial e deverá ser refundado

O presidente de honra do PV e integrante da Comissão de Ética do Partido Verde Rivaldo Fernandes concorda que a legenda vive uma crise existencial no Rio Grande do Norte e por isso, segundo ele, terá que fazer uma refundação para garantir sua sobrevivência no Estado adotando novas bandeiras para se reencontrar com a sociedade, mas continuando com a sua principal filosofia que é a defesa do meio ambiente. “De uma maneira generalizada os partidos estão distantes do povo e isso tem que ser mudado, daí a nova posição adotada pelo eleitor nessa eleição de não mais obedecer as lideranças partidárias. Isso ficou provado na última eleição”, ressalta.

Ainda de acordo com Rivaldo Fernandes, o PV do Rio Grande do Norte no âmbito nacional diminuiu de 14 para 8 deputados federais, inclusive não reelegendo o seu presidente nacional Luiz Pena. Defendendo uma Reforma Política urgente, o dirigente partidário do PV diz que “o partido entrou num processo de apequinamento”, mas tem todas as condições necessárias para o seu reerguimento, já que tem uma proposta filosófica sintonizada com os desejos da população que a sustentabilidade do planeta terra. Concluindo, o dirigente do PV e agitador ecológico Rivaldo Fernandes diz que a bandeira da defesa do meio ambiente continua atual, inclusive com personalidades expressivas como Marina Silva defendendo essa causa.

do JH