Delevam a Olímpio: “Wilma de Faria não tem força de p… nenhuma”

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Olímpio gravou muitas conversas. Cerca de 450 contatos foram feitos entre ambos. A mairia gravados. Trechos desses contatos foram entregues ao MP. Num deles, Delevam fala da situação política de Wilma.  “Wilma não tem força de p… nenhuma”, afirmou. Confira trechos de um dos diálogos.

DELEVAM – A gente sempre foi muito transparente. Essa conversa que você tá dizendo, você tá sendo correto. Dizendo… rapaz, você, a gente não deu casa, não deu… O que me preocupa é que, vamos dizer, nessa situação que tá, se você tomar essa sua decisão, você vai f(…) quem lhe ajudou… O, o escroto é isso, sabe?… O que eu acho complicado, sabe? Porque nesse caso vai f(…) quem lhe ajudou.

GEORGE – Mas a questão é só a seguinte. Até agora…. Vamo lá, vamo, vamo, vamo ser claros…

DELEVAM – Claro

GEORGE – Eu não sou santo, nem você, nem Lauro, nem ninguém é… Eu… tentei fazer com Cacá um negócio, não consegui. Procurei Eduardo para me apresentar a você, tal,tal,tal,tal… Fizemos uma… praticamente uma sociedade, certo? Como se fosse montar ali uma empresa de locação de andaime

DELEVAM – É, exatamente…

GEORGE – Pronto. Aí essa empresa de locação de andaime, ela tem um administrador, esse administrador deixa de pagar os impostos, combinado com todo mundo. Só que na hora da ação penal, você sabe, só que se f(…) é o administrador, né? Você sabe disso, né?

DELEVAM – É…

GEORGE- A minha situação é igualzinha: nós fizemos uma sociedade… que quem aparecia era eu… e na hora do penal quem se f(…) foi eu e tou cumprindo, tou mantendo… Passei  a pior fase da minha vida que foi sete meses preso, eu não preciso dar provas para mais ninguém…

DELEVAM – Saiu arrochado todo…

GEORGE – Você sabe disso… Só que… Eu não aguento de novo reconquistar a minha vida e perdê-la de novo porque eu acabei com a minha reputação em Natal, daqui a pouco eu vou acabar com a minha reputação em São Paulo… com as pessoas que eu tou me relacionando… Eu vou fazer o que da minha vida, Delevam? Eu não sou homem de chegar aqui e dizer: ei, me dê uma mesada… “Cê” nunca vai ver eu fazer um negócio desse… Eu morro na sarjeta e não faço

DELEVAM – Você é homem, né?

GEORGE – Então…. O que eu tou querendo é o seguinte: que as pessoas com quais, com as quais eu trabalhei me dê a opção de eu não fazer essa b(…) que eu não quero.

DELEVAM – Olhe só, vamos dizer, você, a gente…

GEORGE – E eu não tou com raiva de você não. Eu tou com raiva da situação. Era só isso que eu queria que você entendesse …

DELEVAM – Agora é o que eu digo… A condição que a gente tem que dar principal. Agora eu acho sabe, George, que a grande condição que a gente tendo Wilma.. Porque hoje Wilma não tem força de p(…) nenhuma. Ela tá é com os caras doido para meter no r(…) dela e f(..) ela e acabar com o filho Lauro. Então hoje ela tá fragilizada, certo? Não é que eu não tou querendo enganar, ganhar tempo não que eu sei que você não é um menino… Ela vai ter muita condição de ajudar a todo mundo, a Lauro, a você, a eu, a todo mundo, ela senadora.E o que eles querem é evitar isso e ela tá para se eleger(…)

DELEVAM – Eu, vamos dizer, ali foi mais eu, né? …  Sempre… A gente começou o negócio, você propôs, eu lhe ajudei… Sempre foi eu que lhe ajudei, e né?… Wilma… Não, é um amigo meu, tá,tá,tá…. Então Eu sei que agora você tá meio agoniado, né? Você tá talvez pensando até pensando num delação premiada, pelo que você me disse… Mas….

GEORGE – Não…  Eu tou… Na verdade, não é que eu tou pensando em fazer uma delação. Eu estou ficando sem forma de não fazê-la…

DELEVAM – É… Aí, aí o que é que eu digo… O que é que me preocupa…É, é uma coisa complicada.. O que é que me preocupa… Até porque… O que eles querem não é lhe f(… ) não,  o que eles querem é  f(…) Wilma e Zé Agripino. Isso aí você fique certo.

GEORGE – Através de mim…

DELEVAM – É… Aí o que é que acontece….Aí você partindo para um negócio desse. O ruim é que  você vai ter que ser injusto com  quem lhe ajudou, né?

GEORGE… Não , é…. Só que.. Quem tá … Veja só… É… Eu não tou dizendo absolutamente nada… O que eu tou lhe dizendo é  o seguinte… Que… durante um determinando… E outro. Eu podia nem tá conversando e simplesmente partir… eu tou… E cheguei para vocês e tou conversando e tou pedindo ajuda. É isso o que eu tou fazendo…

DELEVAM – E a gente sempre lhe ajudou. Eu sempre lhe ajudei no que foi possível e no que foi impossível…

GEORGE – Não…. Você, Delevam… Eu sei que não depende de uma atitude sua

DELEVAM – Mas tudo até  agora quase agora dependeu do meu empurrão

GEORGE – Não… O que eu tou dizendo é que tudo não depende de uma atitude exclusivamente sua

DELEVAM – É…

GEORGE – Se dependesse de você, eu sei que eu tava tranquilo porque a minha conversa com você sempre foi…

DELEVAM – Mas, mas você viu que sempre que tudo que dependeu do povo que eu conheço, sempre foi resolvido,  sempre eu lhe ajudei…

GEORGE – Eu sei… Só que agora eu tou numa situação que eu não tou pedindo dinheiro, eu não tou… nada… Eu tou pedindo que resolva esse problema, rapaz,  porque esse problema tá fazendo da minha vida um inferno…

DELEVAM – É, exatamente… Agora, o tipo da coisa. Isso é um problema que realmente é complicado. Você tem razão…

GEORGE – E que  não foi vocês que deram causa.  Só que na hora que…E eu sei disso… Quem deu causa  foi Zé Agripino, com Carlos Augusto e com a b(…) toda deles…

DELEVAM – E a gente cumpriu a nossa parte

GEORGE – Sim… E eu cumpri a minha

DELEVAM – Pois é…

Transição de Wilma para Iberê

Promotora de Justiça: Como foi gestada essa transferência de Wilma para Iberê?

George: Eu tive que ter uma conversa, que não foi fácil, com Lauro e DELEVAM. Na verdade eu tive com DELEVAM e DELEVAM conversou com Lauro. Essa conversa se deu no meu escritório. Eu disse “olhe DELEVAM, fui procurado pelo Governador, já tinha sido procurado antes por Joca, pra conversar, ‘olhe a gente sabe desse seu contrato e é importante… que tem a campanha e tal'” Joca é João Olímpio, filho de Iberê. Eu disse “não, quando seu pai assumir a gente senta e conversa”. E aí quando eles assumiram, sentei com Joca e conversamos e ficou assumido que Iberê ganharia quinze reais ali pelo instituto. Aquele valor que era pra o Governo Wilma passou a ser do Governo Iberê.

Promotor: Mas o Governo Wilma continuou recebendo?

George: Aí na verdade o que que aconteceu, a gente foi ainda mais arrochado o cinto, a gente teve que pagar mais, porque eu passei a pagar 15 pra Iberê, 2 reais pra Joca e continuei pagando os três reais que iam pra Lauro e DELEVAM.

Promotora: Eu queria que você esclarecesse bem a que título era dado esse dinheiro.

George: O dinheiro era de propina, pra manter o contrato, em troca da manutenção de contrato.

Promotora: Você não entregou o dinheiro pra cooperação da campanha, nada disso?

George: Não, o dinheiro de cooperação pra campanha que foi pedido foi em relação a INSPAR e também em troca da contratação fraudulenta da INSPAR, que foi aquele 1 milhão de reais pra Iberê.
Do JH

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