Salve os Mangues do Potengi”. A frase título da campanha educativa iniciada neste mês é um apelo à comunidade e ao poder público. Órgãos de proteção e gestão ambiental do Rio Grande do Norte estão catalogando a situação atual do mangue em Natal, lutando para a regulamentação da ZPA-8 (também chamada Zona de Proteção Ambiental Ecossistema Manguezal e Estuário Potengi/Jundiaí) e pela construção do Parque do Mangue.
Nessa sexta-feira (20), reuniram-se Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Universidade Federal do Rio grande do Norte (UFRN), ONG Baobá, S.O.S Mangue e conselho comunitário do conjunto Parque da Floresta.
Em visita às regiões alagadiças, o grupo de especialistas constatou que é alto o nível de degradação. Poluição, queimadas, retirada de madeira, escoamento de dejetos e até a presença de gado comendo a vegetação em fase de recuperação são preocupantes.
Os pontos mais críticos são os de exploração de carcinicultura. Entretanto, o prazo que o Ministério Público deu para a retirada das criações de camarão dentro do manguezal vence em maio deste ano e, de acordo com o presidente da ONG Baobá, Haroldo Mota, hoje os produtores parecem aceitar a decisão pacificamente. Assim, os tanques serão reabertos auxiliando na recuperação do mangue.
De acordo com o ambientalista, a região tem grande poder de absorção do gás carbônico e consequente produção de oxigênio e água, além de ser um berçário de vida marinha e de aves marinhas. “Os mangues absorvem três vezes mais gás carbônico do que florestas tropicais, pela própria dinâmica do seu sistema”, disse, alertando também para o controle das marés e do avanço do mar sobre a terra.
O projeto de regulamentação das zonas tramita há oito anos pelos órgãos responsáveis. Hoje na Secretaria de Meio ambiente e Urbanismo (Semurb), Haroldo Mota acredita que a demora no andamento se dá principalemente por ser uma área conflituosa, pela grande extensão do território e por envolver muitos interesses. A ZPA-8 é a maior de Natal. Com seus 2.210 hectares, responde por 35,6% da área de proteção e por 13,1% de todo o terreno municipal.
No próximo dia 24, os órgãos pretendem se reunir com a Promotoria do Meio Ambiente para apresentar relatório da visita técnica de ontem e planejar a realização de uma audiência pública. O encontro será às 10h.
Parque
n Além de dar efetiva segurança de preservação ao ecossistema, o Parque dos Mangues (com duas áreas - Gamboa Manimbu e Lagoa do Mangue) minimizaria os impactos causados pela terceira ponte de acesso à zona Norte, na opinião do presidente da ONG Baobá.
n De acordo com o projeto, realizado na UFRN pelo arquiteto e urbanista Nilberto Gomes, a ideia é abrir um espaço para visitação com extensão de 670 hectares indo do Moinho da Ribeira até depois da Pedra do Rosário. O projeto garante ter grande potencial turístico e educativo, já que possuirá áreas para pesquisa de espécies marinhas, além de minissalina.
Veja como deve ser projetado o Parque dos Mangues:
Gamboa Manimbu (Redinha)
Acesso e estacionamento
Pier
3. Aquário
4. Administração
5. Museu do Mangue
6. Torre de Observação
7. Restaurante
8. Recuperação do sítio do Cemitério dos Ingleses
Lagoa do Mangue/Museus
1. Pier de acesso
2. Museu do Camarão
3. Museu do Sal
4. Expo Estuários
5. Lagoa
7. Torres de Observação
8. Salina artesanal (01 ha)
9. Área de recuperação do mangue (20% do total, correspondente a aproximadamente 12 ha)
10. Estacionamento
Em visita às regiões alagadiças, o grupo de especialistas constatou que é alto o nível de degradação. Poluição, queimadas, retirada de madeira, escoamento de dejetos e até a presença de gado comendo a vegetação em fase de recuperação são preocupantes.
Os pontos mais críticos são os de exploração de carcinicultura. Entretanto, o prazo que o Ministério Público deu para a retirada das criações de camarão dentro do manguezal vence em maio deste ano e, de acordo com o presidente da ONG Baobá, Haroldo Mota, hoje os produtores parecem aceitar a decisão pacificamente. Assim, os tanques serão reabertos auxiliando na recuperação do mangue.
De acordo com o ambientalista, a região tem grande poder de absorção do gás carbônico e consequente produção de oxigênio e água, além de ser um berçário de vida marinha e de aves marinhas. “Os mangues absorvem três vezes mais gás carbônico do que florestas tropicais, pela própria dinâmica do seu sistema”, disse, alertando também para o controle das marés e do avanço do mar sobre a terra.
O projeto de regulamentação das zonas tramita há oito anos pelos órgãos responsáveis. Hoje na Secretaria de Meio ambiente e Urbanismo (Semurb), Haroldo Mota acredita que a demora no andamento se dá principalemente por ser uma área conflituosa, pela grande extensão do território e por envolver muitos interesses. A ZPA-8 é a maior de Natal. Com seus 2.210 hectares, responde por 35,6% da área de proteção e por 13,1% de todo o terreno municipal.
No próximo dia 24, os órgãos pretendem se reunir com a Promotoria do Meio Ambiente para apresentar relatório da visita técnica de ontem e planejar a realização de uma audiência pública. O encontro será às 10h.
Parque
n Além de dar efetiva segurança de preservação ao ecossistema, o Parque dos Mangues (com duas áreas - Gamboa Manimbu e Lagoa do Mangue) minimizaria os impactos causados pela terceira ponte de acesso à zona Norte, na opinião do presidente da ONG Baobá.
n De acordo com o projeto, realizado na UFRN pelo arquiteto e urbanista Nilberto Gomes, a ideia é abrir um espaço para visitação com extensão de 670 hectares indo do Moinho da Ribeira até depois da Pedra do Rosário. O projeto garante ter grande potencial turístico e educativo, já que possuirá áreas para pesquisa de espécies marinhas, além de minissalina.
Veja como deve ser projetado o Parque dos Mangues:
Gamboa Manimbu (Redinha)
Acesso e estacionamento
Pier
3. Aquário
4. Administração
5. Museu do Mangue
6. Torre de Observação
7. Restaurante
8. Recuperação do sítio do Cemitério dos Ingleses
Lagoa do Mangue/Museus
1. Pier de acesso
2. Museu do Camarão
3. Museu do Sal
4. Expo Estuários
5. Lagoa
7. Torres de Observação
8. Salina artesanal (01 ha)
9. Área de recuperação do mangue (20% do total, correspondente a aproximadamente 12 ha)
10. Estacionamento
da TN
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