O retorno de presos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Apodi-RN, para as unidades prisionais situadas na capital potiguar está acontecendo de forma gradativa. Segundo o titular da Coordenação de Administração Penitenciária (COAPE/RN), Durval Oliveira, nesta semana, 11 presos voltaram para os presídios de Natal, após a direção ter conseguido evitar uma fuga e apreender serras e substâncias ilícitas dentro do CDP. “À medida que foram surgindo vagas em Natal vamos fazendo as transferências. A intenção é que até o final de maio o problema esteja solucionado”, disse Durval Oliveira.
Durval Oliveira esteve em Apodi nesta terça-feira, 28, para conversar com a coordenação do CDP sobre a realização dessa mudança e garantiu que vão retirar aqueles que estão atrapalhando o trabalho de ressocialização. O coordenador da CDP de Apodi, Márcio Morais, comentou que todos estes presos vieram do CDP de Pirangi, em Natal. Morais admitiu que os presos transferidos estavam trazendo perigo para a segurança do local, incluindo ameaças de fugas e rebeliões. Antes, o CDP recebia apenas os detentos locais e de cidades vizinhas. “A gente conseguiu transferir aqueles considerados mais perigosos para três unidades em Natal e região Metropolitana”, afirmou Márcio.
Márcio Morais revelou que em menos de um mês os agentes penitenciários conseguiram apreender por três vezes celulares, maconha, crack, cocaína e serrotes. Além disso, conseguiram abortar uma fuga, que se fosse bem sucedida quebraria o ciclo de cinco anos que o CDP de Apodi sem registro fuga de presos. “Nós vamos fazer uma avaliação para saber quais são os apenados que querem realmente ficar em Apodi e entregar a relação para a Coape”, garantiu Márcio.
Alguns precisam ser deslocados novamente já que ainda não participaram das audiências judiciais e não foram condenados pelos crimes a que estão respondendo. “A permanência deles em Apodi atrapalharia as audiências marcadas na capital”, explicou.
No mês passado, 30 presos foram transferidos de Natal para Apodi, desse total, 11 já retornaram aos presídios de origem e um foi solto. “Muitos admitiram que querem permanecer aqui na unidade por conta das atividades de ressocialização e por dispor de um tratamento mais humanizado”, afirmou. O CDP de Apodi é reconhecido pelas atividades de ressocialização, com aulas no turno da manhã e realização de trabalhos comunitários pelos apenados em órgãos públicos.
Fonte: Gazeta do Oeste
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