Mostra de Cinema deixa legado para jovens de São Miguel do Gostoso

Mostra de Cinema acontece na beira da praia do Maceió em São Miguel do Gostoso, RN (Foto: Aline Arruda)
Às 19h30 da última terça-feira (17) o movimento de pedestres era intenso na rua principal de São Miguel do Gostoso, pequena cidade do litoral norte do Rio Grande do Norte. Crianças, jovens, idosos, pessoas de todas as idade caminhavam em direção à praia do Maceió. Lá, em uma tela de 12 metros de comprimento cuidadosamente instalada na beira da praia, seriam exibidos os últimos filmes da 3ª Mostra de Cinema de Gostoso. O interesse da comunidade nesta noite da mostra tinha um motivo especial: os quatro filmes produzidos por jovens alunos do curso de Formação Técnica e Audiovisual seriam reexibidos naquela noite. "Estou ansioso pra ver os filmes dos meninos daqui", disse Bruno Souza, de 15 anos, enquanto apressava o passo para não perder o início da sessão.
Filmes como "Que horas ela volta?", de Ana Muylaerte, que foi indicado pelo Brasil para tentar uma vaga no Oscar, e Casa Grande, de Felipe Barbosa, foram exibidos nas sessões especiais na praia do Maceió. Oportunidade para os moradores da cidade que tem pouco mais de nove mil habitantes e nenhuma sala de cinema.

A mostra começou no dia 13 e terminou no dia 17. Além das exibições na praia, o evento contou ainda com filmes da mostra panorama e da mostra infantil que passavam no auditório do Centro de Cultura do município. Ao todo, foram exibidos 33 curta-metragens e 15 longas nos cinco dias da mostra.
A qualidade da projeção, o astral da praia, o aconchego da cidade foram motivos de elogios de diretores, atores e produtores de filmes e jornalistas que estavam em São Miguel do Gostoso para acompanhar a Mostra. O crítico de cinema do Estadão Luiz Zanin escreveu que "a mostra de cinema é a mais gostosa entre as 250 congêneres ofertadas pelo calendário brasileiro. E a “sala de cinema”, onde se dão as projeções da mostra competitiva, é a mais bonita do mundo".
O diretor de "A família Dionti", Alan Minas, também ficou encantado com a mostra e disse que estar ali era um presente não só pra ele, mas para o filme também. "Estar aqui é um presente pra mim, pro filme, é uma experiência impagável. Ver essa quantidade de gente na areia espalhada debaixo desse céu lindo é demais", afirmou. "A família Dionti" levou o prêmio de melhor longa da mostra competitiva.
O curta-metragem potiguar 'Sêo Inácio (ou o cinema do imaginário)' levou o troféu Câmara Cascudo como melhor curta."Eu estou muito feliz. O filme foi exibido para um público grande, predominantemente de pessoas daqui da cidade que talvez nunca tivessem a oportunidade de conhecer a história de Sêo Inácio. É maravilhoso receber esse prêmio, principalmente porque a escolha foi feita pelo público", disse o diretor do curta.
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