De preto, Vasco goleia no ritmo do 'estilista' Felipe: 4 a 0 sobre o Bangu


Meia faz golaço e participa dos outros três na estreia do terceiro uniforme da equipe

por Rafael Cavalieri
A opinião no último jogo foi unânime no grupo do Vasco. Felipe fez muita falta contra o ABC, quando o time não conseguiu sair do 0 a 0. Mas ninguém imaginava que o retorno do camisa 6 seria tão incrível. Com um gol e participação nos outros três, o meia ditou o ritmo do time na goleada por 4 a 0 sobre o Bangu, neste domingo, em São Januário. Dedé, Eder Luis e Alecsandro marcaram os outros gols da equipe.
A vitória levou o Gigante da Colina de volta à liderança do Grupo A, com 13 pontos, um a mais do que o Flamengo. O Vasco volta a campo na próxima quarta-feira, às 21h50m, em São Januário, no jogo de volta contra o  ABC pela Copa do Brasil. Pelo Carioca, o time enfrenta o Cabofriense, no sábado, às 18h30m, também na Colina. O Bangu vai ao Laranjão, no sábado, enfrentar o Nova Iguaçu.
Expulsão no começo abre o caminho para a vitória
Empolgado com o bom público que compareceu a São Januário, o Vasco partiu para cima do rival. A volta de Felipe deu toques de experiência e cadência que tanto faltaram contra o ABC, na última quarta-feira, pela Copa do Brasil. Foi o camisa 6 quem ditou o ritmo da partida, mostrando ser peça fundamental no esquema de jogo montado pelo técnico Ricardo Gomes.
Quem também se destacou foi a outra novidade do time: Fellipe Bastos. O substituto de Eduardo Costa, lesionado, deu velocidade e toque de bola ao meio-campo vascaíno. Os chutes de longe, sua principal arma,  tornaram-se opções constantes. Foi desta maneira que o Vasco criou suas duas primeiras oportunidades. Primeiro, um tiro com força. Depois, um colocado.
felipe bangu x vasco gol (Foto: Alexandre Loureiro / FOTOCOM.NET)Abraçado pelo time, camisa 6 Felipe relembra velhos tempos  (Foto: Alexandre Loureiro / FOTOCOM.NET)

O Bangu se mostrava um time empenhado, e chegou a obrigar Prass a realizar grande defesa em falta de Tiano. Até que veio a expulsão de Raphael, depois de acertar o cotovelo no rosto de Fellipe Bastos em disputa de bola pelo alto. Com a defesa adversária mais aberta, o show de Felipe começou.
Foram passes precisos, dribles curtos, toques de efeito e até um chute colocado para defesa importante de Thiago Leal. Um vasto repertório que estava em falta. O Vasco poderia ter aplicado uma goleada ainda no primeiro tempo. Eder Luis, por exemplo, desperdiçou duas chances inacreditáveis. Uma após passe açucarado do camisa 6. Outra, em grande jogada individual.
Se os atacantes não faziam, coube a um zagueiro abrir o placar. Felipe colocou Dedé na cara do gol. O chute de primeira saiu um pouco truncado, mas quicou no gramado e enganou o goleiro Thiago Leal, até então um dos grandes nomes da partida: 1 a 0 Vasco, aos 40 minutos.
Goleada e pintura de Felipe na etapa final
No segundo tempo, o Trem-Bala da Colina não diminuiu o ritmo. E novamente Felipe foi o maquinista. Logo no início, o camisa 6 deu outro passe na medida para Eder Luis apagar as oportunidades desperdiçadas no início da partida. Desta vez, o camisa 7 soltou uma bomba no cantinho, com muita precisão. O gol deu ainda mais tranquilidade ao Vasco, que, bem aplicado taticamente, não deixou o Bangu respirar.
O jogo já estava resolvido, mas o Vasco queria muito mais. Alecsandro, que fazia outra partida apenas razoável, muito preso entre os zagueiros do Bangu, recebeu um passe na medida de Bernardo, que entrara no lugar de Diego Souza. O camisa 9 só teve o trabalho de empurrar para o fundo do gol e desencantar com a camisa do Vasco. A jogada começou com Felipe. Foi ele quem esticou a bola para Bernardo, na cara do gol. Euforia total dos mais de 16 mil presentes na Colina, aos 27 do segundo tempo.
Depois de três participações decisivas, faltava o gol do dono do jogo.  E ele veio dois minutos depois. Felipe recebeu na entrada da área, levantou a cabeça e não teve dúvida. Mandou com efeito, como se estivesse cobrando uma falta. O goleiro só pulou para constar. O domingo estava fechado com perfeição. Presente mais do que merecido para um ídolo que prova não ter voltado ao clube só a passeio.
por Rafael Cavalieri

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