Servidores do Itep ameaçam paralisar 100% dos serviços

Greve_no_Itep_continuar

Os servidores do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) decidiram paralisar 100% das atividades do órgão a partir da próxima sexta-feira, 5, caso o Governo do Estado não negocie com os trabalhadores que estão em greve há 26 dias.
A decisão foi tomada em assembleia geral da categoria realizada na última quarta-feira, 26, e anunciada na manhã de ontem. Os servidores reivindicam que o Executivo estadual envie a Lei Orgânica e Estatuto do Itep para a Assembleia Legislativa.


Até agora, a categoria em greve vem mantendo 30% das atividades de forma a cumprir a Lei de Greve. Ainda são executados os serviços de recolhimento dos cadáveres, perícia em locais de flagrante e exames de conjunção carnal. Se o Governo do Estado não apresentar prazos sobre a reivindicação dos servidores, esses serviços devem ser suspensos.
"Estabelecemos esse prazo para que o governo decida negociar, o que não foi feito até agora. O Executivo estadual é intransigente e vem se negando a apresentar propostas à categoria. Não estamos pedindo aumento de salário, estamos pedindo somente o Estatuto do Itep, que já existe há 94 anos e ainda não possui um estatuto que regulamente suas atividades", afirma Erivan Fernandes, diretor do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sinpol/RN).
Na última quarta-feira, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ/RN) promoveu uma audiência de conciliação entre o Sinpol/RN e o Governo do Estado. Na ocasião, não houve acordo entre as partes. Como resultado, o Tribunal decidiu pela ilegalidade da greve e impôs uma multa diária de R$ 50 mil para o sindicato, caso a categoria não voltasse ao trabalho.
Mesmo com a decisão da Justiça, os servidores não se deixaram abater. "Isso é uma ameaça do governo, uma forma de enfraquecer o nosso movimento. No entanto, não vão conseguir, porque nossa greve é legal, justa e constitucional. Então, estamos ainda mais fortes. A categoria convida o Executivo estadual a descer do palanque e negociar com os trabalhadores", esclarece o diretor do Sinpol/RN.
Antes mesmo da realização da audiência de conciliação, o Governo do Estado decidiu cortar o ponto dos servidores em greve. No entanto, segundo Erivan Fernandes, o Tribunal de Justiça determinou que o Executivo estadual devolva os salários descontados. "Essa é mais uma vitória para a greve. O Judiciário estabeleceu prazo de 15 dias para que o governo cumpra a determinação e pague os dias cortados", afirma o diretor.
Fonte: Jornal o mossoroense

Nenhum comentário:

Postar um comentário