0s trabalhadores e os patrões da construção civil não chegaram a um acordo sobre o reajuste salarial da categoria, depois de quatro horas de reunião na manhã desta quinta-feira (18), por ocasião da primeira audiência de conciliação na Superintendência Regional do Trabalho, na Ribeira. A decisão vai sair do julgamento do dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho, vez que os trabalhadores reivindicam 25% de aumento de salários, enquanto as empresas oferecem 3,5% sobre o piso salarial de R$ 810,00.
Durante a manhã de hoje, os trabalhadores da construção civil de Natal realizaram mobilização para buscar melhores salários, interrompendo o trânsito na avenida Duque de Caxias, em frente à sede da Superintendência Regional do Trabalho. O objetivo era pressionar os empresários a ampliarem a proposta por aumento salarial, o que não foi conseguido.
Na reunião, o requerimento feito pelo Sintracon com as devidas reivindicações dos manifestantes foi o ponto central da pauta. Francisco de Assis Pacheco, presidente do Sintracon, afirmou que a fase de negociação não representa situação grevista na categoria. Porém, afirmou que, "caso não haja um acordo entre as partes, a situação pode levar à greve". Pacheco alegou ainda que os trabalhadores eram "homens sérios, de bem, e que também fazem parte da sociedade" e, por isso, merecem condições mais justas de remuneração.
Já o presidente do Sinduscon, Arnaldo Gaspar Júnior, reconheceu a legitimidade do movimento de protesto, mas considerou as reivindicações "incoerentes com a realidade". "O Sintracon passou a exigir uma pauta de custo real muito grande". Reforçando o custo das reivindicações dos trabalhadores, o presidente do sindicato das indústrias disse que "as negociações são baseadas em valores reais e 25% é reajuste dos tempos das grandes inflações", argumentou.
Como não houve acordo, o caso será decidido na Justiça. Porém, os trabalhadores cogitam uma greve da categoria, que ainda não foi definida junto aos membros do sindicato.
da TN
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