Júnior Santos
No sentido centro, a avenida Coronel Estevam passaria a ser mão única, a partir da avenida Lima e Silva até a Cordeiro de Farias
O secretário municipal adjunto de Trânsito da Semob, Walter Pedro da Silva, disse que o projeto de implantação desses corredores de trânsito já foi pré-aprovados no Ministério das Cidades, mas ainda está sendo avaliada a questão do financiamento necessário às obras, da ordem de R$ 104 milhões, junto à Caixa Econômica. "Se não sair vamos fazer por etapas", disse ele.
Walter Pedro informou que a previsão é de implantar mão única na Avenida Coronel Estevam (antiga Avenida 9) no sentido da Avenida Rio Branco, no trecho da avenida Lima e Silva até a Avenida Cordeiro de Farias, na Ribeira. O retorno de mão única contemplaria a rua dos Canindés até a Lima e Silva.
Outro trecho de mão única entre as Zonas Leste e Oeste contempla a a Rua São José no sentido de Lagoa Nova, enquanto o retorno seria pela Rua Romualdo Galvão, a partir da confluência com a Rua Norton Chaves até o Tirol. Já no sentido Norte e Sul e vice-versa, a Semob estuda transformar em mão única as Avenidas Amintas Barros e Antônio Basílio. "Também estamos estudando a mão única para as Avenidas Jaguarari e Xavier da Silveira", disse Walter Pedro.
Ele explicou os projetos preveem obras de recapeamento, de acessibilidade e construção de paradas de ônibus, mas se não for possível a liberação de recursos federais pelo PAC 2 e a sua execução e término para o fim de 2014, a prefeitura vai executá-los, parcialmente, até o fim deste ano com as pinturas de nova sinalização horizontal e vertical, como placas de trânsito e a criação de faixas semi-exclusivas para ônibus. "Os automóveis", explicou Walter Pedro "não poderiam trafegar na faixa do transporte coletivo, mas poderão sair ou entrar nas outras ruas".
As faixas semi-exclusivas atenderiam o fluxo de transporte coletivo das avenidas Coronel Estevam, Prudente de Morais e Hermes da Fonseca/Salgado Filho, que estão passando por revisão do tempo semafórico, a exemplo das avenidas Bernardo Vieira, Ayrton Senna e Romualdo Galvão.
Semob faz testes para montar canteiro na Joaquim Manoel
A Semob começou, ontem de manhã, um estudo sobre possibilidade de implantação de um canteiro central na rua Coronel Joaquim Manoel, em Petrópolis, principalmente, para evitar a inversão irregular dos veículos, que desrespeitam a sinalização horizontal da faixa continua, nos dois sentidos, que terminam provocando congestionamentos no trecho entre as ruas Afonso Pena/Desembargador Dionísio Filgueira e avenida Nilo Peçanha.
A simulação à cargo do Departamento de Engenharia de Trânsito da Semob está sendo feita com a colocação de cones no meio da rua até à altura da rua Manoel Machado, único ponto em que era permitido veículos entrassem à esquerda, pouco antes do semáforo de quatro tempos existentes na avenida Nilo Peçanha.
A proposta do órgão é avaliar, por meio do Departamento de Engenharia de Trânsito, como se comporta o tráfego de veículos prevendo a implantação de um canteiro central na via, a partir da confluência da rua Desembargador Dionísio Filgueira com a Avenida Afonso Pena.
O secretário adjunto de Trânsito da Semob, Walter Pedro, disse que a simulação também será uma oportunidade para que motoristas e pedestre façam sugestões para outros cenários de uso da rua Joaquim Manoel, um corredor de trânsito dos mais movimentados de Petrópolis e de atração de pessoas, em virtude da existência de quatro hospitais naquele quarteirão e de diversas clínicas e consultórios médicos. "Nós vamos fazer o monitoramento todos os dias, nessa semana, até às 21 horas", disse o inspetor de trânsito da Semob, Carlos Eugenio Barbosa.
Na segunda-feira, dia 5, a Semob já havia implementado mudanças no trânsito da avenida Lima e Silva, entre as avenidas Prudente de Morais e Salgado Filho, com a exclusão do sinal de três tempos e o acesso à esquerda dos veículos que vinham da avenida Prudente de Morais e seguiam pela rua Romualdo Galvão. Os veículos passaram a seguir em frente, com sinal verde e livre, para terem acesso à BR-101. Por outro lado, foi criado um retorno sob o viaduto do 4º Centenário para que os carros entrem à direita na rua Romualdo Galvão, onde o sinal verde também é livre.
Linhas de ônibus são modificadas pela Prefeitura
Com relação ao transporte coletivo, algumas medidas pontuais estão sendo tomadas, segundo o secretário municipal adjunto de Transportes, Clodoaldo Cabral, para melhorar o fluxo e dar mais comodidade aos usuários. Esse foi o caso do escalonamento de paradas de ônibus entre as ruas Mário Negócio e Tomaz Landim, que dão acesso à zona Norte da cidade, a partir das Quintas.
Clodoaldo Cabral disse que entre 16h30 e 19 horas dos dias úteis, a Semob colocou fiscais e "amarelinhos" para controlar a passagem de pedestres no largo da Urbana, bem como transferiu para um ponto mais distante a parada de ônibus que existia próximo a um sinal de trânsito da Tomaz Landim.
Cabral explicou também que a Semob vai recuar a parada de ônibus que existe quase na esquina da Mário Negócio com a Tomaz Landim, porque alguns ônibus têm de fazer inversão à esquerda para saírem embaixo do viaduto e isto termina engarrafando trânsito naquele trecho. Outra medida que já vem sendo executada e estudada é o redimensionamento de linhas. "Não adianta que alguns ônibus circulem cheios de usuários e outros não", disse ele.
O coordenador de projetos do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Natal (Seturn), Nilson Queiroga, opina que algumas medidas de curto prazo podem ser implementadas pela Prefeitura, que melhorariam bastante o fluxo dos ônibus, começando pela criação de faixas exclusivas em avenidas como Hermes da Fonseca, Salgado Filho, "porque a pintura horizontal e a sinalização vertical não tem alto custo".
Para Queiroga, outra coisa importante é a diminuição dos sinais de três tempos. Segundo ele, um exemplo prático do que atrapalha a fluidez do transporte coletivo, foi a colocação de um semáforo na descida da Tomaz Landim antes da ponte de Igapó, onde, anteriormente, existia uma passarela. Segundo Queiroga, um equipamento que podia ser construído em Natal é o túnel de passagem para pedestres, que, segundo eles, são mais práticos do que passarelas. "Pode-se criar galerias comerciais, banheiros e as pessoas ainda ficariam protegidas da chuvas e do sol", disse ele.
Um exemplo do quanto vem diminuindo o tempo de circulação dos ônibus, segundo Queiroga, é a linha 33, que atende os moradores do Planalto e vem até a Ribeira. No segundo semestre de 1995, quando a linha foi implantada, fazia-se 100 viagens com dez carros, mas, agora, o número de viagem aumentou para 108 e o de ônibus subiu para 18. Segundo Queiroga, a relação km/h varia de acordo com a linha, mas no caso da 33, o percurso feito é de 14,73 quilômetros por hora, enquanto outras linhas são de 17,5 km/h e em outras épocas foi entre 20 e 25 km/hora.
da TN
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