Prefeitura estuda construção de edifício-garagem

O Camelódromo da Cidade Alta, em Natal, poderá dar lugar a um edifício garagem. A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), analisa a possibilidade de firmar um acordo, que possivelmente será uma Parceria Público-Privada (PPP) para viabilizar o projeto, cuja ideia partiu de uma empresa italiana interessada em erguer e administrar o empreendimento.

Os comerciantes, contudo, não perderiam seus locais de trabalho. Conforme explicou o titular da Semsur, Raniere Barbosa, os boxes de comercialização ocuparão o primeiro piso do futuro complexo e os estacionamentos, os andares superiores, cujo total não foi definido. Não há entretanto, nada oficializado quanto à viabilização do projeto.

“A empresa procurou a Prefeitura de Natal e expôs o interesse no projeto. Tudo está, ainda, na fase de conversação. Não há nada oficializado e eu ainda não posso comentar qual empresa conversou conosco”, argumentou Raniere Barbosa. De acordo com o secretário, algumas etapas precisam ser cumpridas para que o empreendimento seja viabilizado. A primeira delas é captar o maior número de empresas que possam se interessar pela obra e, o segundo, o modal de operacionalização e construção. 
A gerência do edifício ficará a cargo da empresa vencedora da licitação, através de uma concessão, aos mesmos moldes do estádio Arena das Dunas. O titular da Semsur não especificou, porém, por quantos anos poderá ser assinado o acordo de concessão. Visto que, tudo “está muito no início, em fase embrionária”. Raniere Barbosa destacou que os representantes da empresa italiana deverão retornar a Natal no início do mês de maio para entregar o protocolo de intenções e oficializar o interesse no desenvolvimento do projeto.

 O secretário adiantou, porém, que esta mesma empresa poderá participar, caso se consorcie com outras empreiteiras, de um projeto em análise pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) que é o de construir estacionamentos subterrâneos no subsolo das praças públicas de Natal. 

 Entretanto, enquanto o protocolo de intenções voltado ao Camelódromo não é oficializado pela empresa italiana, os vendedores com boxes no local reclamam do baixo movimento nas vendas. A camelô Maria dos Prazeres da Silva, de 65 anos, diz que comercializa no local desde que foi inaugurado, há 15 anos. 

“As calçadas estão cheias de camelôs e os clientes não entram no Camelódromo. O movimento está fraco. A gente passa o dia aqui e não ganha uma prata”, lamentou a comerciante. Indagada sobre a viabilização do projeto ora em análise pela Prefeitura de Natal, ela afirmou que, “se for para melhorar a infraestrutura do espaço, é favorável”. 

O secretário Raniere Barbosa comentou que uma das particularidades do possível novo Camelódromo é a climatização e padronização dos espaços de vendas. “Temos que construir um shopping popular com uma boa infraestrutura, com ar condicionado e estacionamento”, disse. Quanto aos valores que serão cobrados pelo estacionamento no edifício-garagem, só serão definidos caso o projeto seja viabilizado e numa etapa futura do cronograma. 
da TN

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