Reforma do complexo esportivo da UFRN está fora do cronograma

Funcionários trabalham na implantação da drenagem do campo
Dos três espaços esportivos listados como possíveis Centro Oficial de Treinamentos de Seleções em Natal, o Fraqueirão foi o único a ser aprovado sem restrições, mas tem suas desvantagens. O complexo esportivo da UFRN está em reforma, porém corre o risco de não ficar pronto a tempo de receber os selecionados que vão passar pela capital potiguar, já que o projeto dividido em três etapas, está orçado em R$ 25 milhões, mas se encontra atrasado em relação ao cronograma e o chefe do departamento de Educação Física, José Pereira, teme que o projeto não seja adequado as exigências realizadas pela Fifa em tempo hábil. O Sesi Clube ainda é uma grande incógnita.

Das três etapas que prevê remodelação do parque esportivo do Campus Universitário, apenas a primeira, orçada em R$ 7 milhões,  está em andamento. Ela consiste na construção de uma pista de atletismo adequada as normas internacionais e a reforma do campo de futebol. Esse processo financiado pelo Ministério do Esporte tem previsão para ser entregue no próximo mês de agosto.

Em setembro será realizada a prova de inauguração da nova pista de atletismo. “Será criado em Natal um centro de treinamento de alto rendimento, nossa meta é aproveitar a estrutura da UFRN para trabalhar os nossos atletas e os que desejarem vir de fora trabalhar conosco”, informou o professor José Pereira.

A questão é que o projeto da segunda etapa da ampliação, foi reapresentado, mas ainda não recebeu aprovação do Ministério do Esporte. Essa etapa é que irá atender as exigências da Federação Internacional de Futebol, para que as instalações universitárias possam servir as delegações internacionais.

“A segunda parte do projeto consiste na construção das arquibancadas com capacidade para receber até cinco mil pessoas. Em baixo delas serão construídos os vestiários, departamento médico e a sala de imprensa. As exigências da Fifa são muito grande, eles pedem até que seja definido um local para funcionar como heliporto”, salienta o professor.

Faltando pouco menos de um ano para o início do Mundial, e com o projeto de complementação preso em Brasília, o desânimo é geral. “A informação que tenho é que com a reapresentação do projeto, virão dois engenheiros do ministério a UFRN acompanhar o andamento da obra. Dizem que isso é bom, mas eu não sei”, frisou o chefe do departamento de Educação Física. 

Parque aquático também vai receber melhorias


A reformulação do complexo esportivo do Campus Universitário, além da construção de um eco-estádio, que pretende tirar proveito de todos os recursos naturais possíveis, prevê ainda uma completa reestruturação do parque aquático. Além disso, estão prevista a construção de mais quatro quadras cobertas, uma vez que devido a reforma realizada, foram necessárias sacrificar dois espaços poliesportivos e o espaço atual não atende a demanda da prática de esportes na instituição. Um exemplo disso é que o ginásio no período de aulas, tem de ficar aberto das 7h da manhã a meia-noite. A segunda e a terceira etapa estão orçadas em 18 milhões.

“Nosso curso cresceu, a estrutura atual é da década de 70 quando anualmente eram integrados dez alunos ao curso. Hoje a cada ano nós recebemos cem novos alunos, sem contar com o pessoal de ensino à distância. Então nos falta estrutura e necessitamos de mais espaço”, destaca o professor José Pereira.

Ele destaca que caso seja complementado, a reforma do complexo esportivo na UFRN será um dos maiores legados que a Copa do Mundo irá deixar em Natal. “Nós poderemos abrir mais espaços para realizar trabalhos junto as comunidades. Teremos condições de fornecer mais cursos de extensão e preparar ainda melhor os nossos alunos”, ressaltou.

O chefe do departamento de Educação Física adiantou também que a UFRN também servirá como centro de aclimatação de atletas para as Olimpíadas do Rio em 2016. As delegações costumam enviar seus representantes bem antes para o país dos Jogos e devido as melhorias que serão realizadas no complexo esportivo e as condições climáticas da cidade, a capital potiguar aparecerá como uma forte concorrente nessa disputa por delegações estrangeiras.

O Campus também já está recebendo equipamentos e foi escolhido para ser transformado num centro especial de treinamento de halterofilismo paralímpico. “Essas instalações não podem ficar ociosas. Nós pretendemos trazer a seleção do RN de Atletismo para trabalhar aqui, onde iremos dispor de equipamentos de ponta mundo na área esportiva”, disse José Pereira.
Fonte: TN Online

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