Crimes contra turistas aumentam 28%

Área do Forte Reis Magos é considerada mais vulnerável
Os crimes cometidos contra turistas em Natal cresceu aproximadamente 28%, de abril para junho. De acordo com a Delegacia Especializada de Atendimento ao Turista (Deatur), foram 23 registrados nestes dois primeiros meses contra 31 até 30 de junho. A maior incidência é de furtos e roubos. No mês passado foram 18 furtos e seis roubos, além de um caso de estelionato, uma ameaça e quatro danos a pessoa.
Os agentes da Deatur relataram que os estelionatos que acontecem contra os turistas se resumem basicamente a clonagem de cartão. Também foi registrado um crime desse tipo em maio e outro em abril. 

A sensação nas praias urbanas de Natal é de insegurança, mesmo durante o dia. Comerciantes e frequentadores da faixa litorânea da capital reclamam dos recorrentes assaltos que acontecem na orla, e dizem que falta polícia circulando para inibir a ação dos criminosos.

O major Rodrigo Trigueiro, que está à frente da Companhia Independente de Policiamento Turístico (Ciptur) da PM, responsável pelo patrulhamento na região, considera satisfatória a estrutura que está à sua disposição. No entanto, o oficial admitiu que há uma dificuldade em coibir os assaltos que acontecem nas proximidades da Ponte Newton Navarro. “É um local realmente difícil, onde atuamos com o 1º Batalhão. Mas domingo apreendemos dois adolescentes que realizavam esses delitos, e acreditamos na diminuição dos casos”, afirmou Trigueiro.

Foi também nesta região onde a reportagem identificou o maior número de reclamações. A auxiliar de farmácia Deoneide Fernandes, de 54 anos, é moradora da praia do Meio e caminha dia sim, dia não pelo calçadão. Ela reclamou da pouca circulação de polícia pelo litoral. “Tem muito assalto, principalmente ali, perto da Ponte. Se tivesse mais carro de polícia circulando, acho que havia menos incidência de crimes”, opinou. Por outro lado, a comerciante Graça Maximiano, de 45 anos, vende artigos turísticos no terminal do Forte dos Reis Magos e disse que o policiamento no local é satisfatório durante o dia, mas faz ressalvas. “Mas o policial que faz guarda aqui vai embora às 17h. Era para ficar um até, pelo menos, às 19h”, reclamou. Logo após a Ponte, no caminho para o Forte, há um posto fixo da Companhia de Turismo, onde ficam um ou dois policiais diariamente, dependendo da escala de trabalho, entre as 8h e as 17h.

Mas os crimes não acontecem somente perto da Newton Navarro. Foi o que contou a estudante universitária Josy Barbosa, de 19 anos. Ela aguardava um ônibus em uma parada quando conversou com a TN. A jovem afirmou que não vai com muita frequência às praias do Centro, mas no sábado passado presenciou um assalto na Praia do Meio. “E as pessoas estavam reclamando da demora da polícia depois que acionaram o 190”, relatou.
da TN

Nenhum comentário:

Postar um comentário