Os bancários do Rio Grande do Norte decidirão na quarta-feira (18) se entrarão em greve por tempo indeterminado a partir da quinta-feira (19). Ontem (12), os profissionais aprovaram o indicativo de greve e garantem que, caso não haja uma sinalização positiva por parte dos bancos, haverá a paralisação total. "Não faremos paralisação de advertência. Se pararmos, vai ser por tempo indeterminado", explicou a presidente do Sindicato dos Bancários, Marta Turra.
Segundo a sindicalista, as negociações por melhorias estão paradas desde agosto e não há uma sinalização de oferta por parte dos bancos que se aproxime do pedido dos funcionários, que é um reajuste imediato de 22% para os funcionários dos bancos públicos e privados. Além disso, eles também cobram contratação de mais profissionais para atenderem às demandas.
"Eles (bancos) ofereceram 6,1% de reajuste, que não dá nem a inflação. Dizem que não podem contratar, não podem fazer concurso, não podem dar isonomia de direitos, não podem fazer nada. Nossa pauta está totalmente rechaçada", disse.
Sobre os salários dos servidores, Marta Turra afirma que houve diminuição de 90% no poder de compra dos funcionários de bancos públicos desde a implantação do Real como moeda no país. Porém, ela diz que a categoria admite negociar a reposição das perdas com reajustes escalonados durante três anos.
"Queremos os 22% imediatamente para começar a equalizar os salários. Vai atender à defasagem do setor privado. No público, vai ser referente a parte das perdas, mas o restante negociaremos futuramente", disse.
Os bancários farão no dia 18 de setembro, às 19h, no antigo Colégio Imaculada Conceição, a assembleia que definirá se a categoria suspenderá as atividades no dia 19. "Acabou a paciência", disse Marta Turra.
da TN
Nenhum comentário:
Postar um comentário