À espera por uma cirurgia de ortopedia, pacientes superlotam as enfermarias e os corredores do pronto-socorro do Hospital Walfredo Gurgel. Na manhã de ontem, havia 122 pessoas nessa situação. Um paciente está no corredor, em cima de uma maca, há mais de um mês.
Do número total, 76 já têm laudo médico. Ou seja: já deveriam ter sido encaminhados aos hospitais particulares conveniados para a realização da cirurgia eletiva. O problema, segundo informações da assessoria de comunicação do HWG, é que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), responsável pelos procedimentos de média, alta e baixa complexidade, não teria renovado o convênio com os três hospitais que vinham realizando os procedimentos: a Prontoclínica Dr. Paulo Gurgel, o Hospital Memorial e o Hospital Médico-Cirúrgico.
A situação se agrava porque, nesse período, muitos médicos do interior do Estado tiram férias, o que aumenta a entrada de pacientes de outras cidades no Walfredo Gurgel. Depois de passar pelos procedimentos de urgência, os que precisam de uma cirurgia eletiva acabam tendo que ficar no HWG, ocupando macas nos corredores e leitos nas enfermarias, uma vez que os hospitais conveniados não os estão recebendo.
O agricultor Francisco Ferreira de Lima, de 60 anos, está em cima de uma maca, no corredor do Walfredo, desde o dia 17 de dezembro e, segundo ele, os médicos não lhe deram qualquer previsão de quando será encaminhado a outro hospital para fazer a cirurgia eletiva para poder voltar pra casa, em Macaíba. Francisco quebrou o pé direito ao ser atropelado por uma moto. “Sinto muitas dores”, queixou-se.
A espera do servente de pedreiro Jaime Dantas da Costa, de 33 anos, já dura 20 dias. Ele quebrou a perna ao ser atropelado por um carro, no dia 31 de dezembro, véspera de réveillon. Jaime, que mora em João Câmara, reclama da demora e da falta de informações. “Não sei quando vão me transferir para fazer a cirurgia”.
O agricultor Sidinaldo Alves da Silva, 31 anos, está há menos tempo no corredor do Walfredo, mas, a julgar pela espera dos que chegaram antes e ainda continuam lá, teme que não seja encaminhado tão cedo para fazer a cirurgia eletiva. Ele deu entrada no Walfredo no último sábado (17) com uma fratura na perna, resultado de um acidente de moto na sua cidade, São José do Mipibu. “Até aqui não há previsão de encaminhamento”, disse ontem.
Versão da SMS
Por meio de sua assessoria de comunicação, a Secretaria Municipal de Saúde negou que as três unidades hospitalares privadas que atendem aos usuários do SUS em Natal na área de cirurgias ortopédicas estejam sem convênio com o Município, como afirma o Hospital Walfredo Gurgel.
De acordo com informações da assessoria, todas as três têm contrato assinado com a SMS. Entretanto, o Hospital Médico Cirúrgico não juntou a sua documentação a certidão negativa de tributos estaduais, documento exigido no processo de pagamento, que se encontra em análise na Procuradoria Geral do Município. O processo contempla o pagamento dos meses de agosto, setembro, outubro e novembro de 2014, com valor total de aproximadamente R$ 1 milhão.
Ainda segundo a assessoria de comunicação da SMS, o Hospital Memorial e a Prontoclínica estão com os seus recebimentos em dia, dentro dos prazos do rito processual do SUS em Natal, já que toda a produção realizada até outubro de 2014 foi quitada.
Os contratos assinados pelos três hospitais prevêem os valores mensais máximos pela prestação dos serviços ao SUS: Memorial, R$ 2.336. 619,56; Médico Cirúrgico, R$ 1.483.737; e Prontoclínica, R$ 170 mil. Ontem, uma reunião na Sesap discutiu vários problemas do Hospital Walfredo Gurgel, entre eles, a situação da fila de pacientes ortopédicos, mas nenhuma decisão quanto à demora no encaminhamento de pacientes foi anunciada.
Números da ortopedia
Situação da lista de pacientes que aguardam cirurgia
122 pacientes aguardavam, ontem, por uma cirurgia de ortopedia
Com laudo médico: 76
Sem laudo médico: 46
28 encontravam-se em macas nos corredores
94 encontravam-se em leitos nas enfermarias
Hospitais conveniados com a SMS e valores mensais máximos previstos em contrato:
Prontoclínica Paulo Gurgel: R$ 170 mil
Hospital Memorial: R$ 2.336.619,56
Hospital Médico-Cirúrgico: R$ 1.483.737
A situação se agrava porque, nesse período, muitos médicos do interior do Estado tiram férias, o que aumenta a entrada de pacientes de outras cidades no Walfredo Gurgel. Depois de passar pelos procedimentos de urgência, os que precisam de uma cirurgia eletiva acabam tendo que ficar no HWG, ocupando macas nos corredores e leitos nas enfermarias, uma vez que os hospitais conveniados não os estão recebendo.
O agricultor Francisco Ferreira de Lima, de 60 anos, está em cima de uma maca, no corredor do Walfredo, desde o dia 17 de dezembro e, segundo ele, os médicos não lhe deram qualquer previsão de quando será encaminhado a outro hospital para fazer a cirurgia eletiva para poder voltar pra casa, em Macaíba. Francisco quebrou o pé direito ao ser atropelado por uma moto. “Sinto muitas dores”, queixou-se.
A espera do servente de pedreiro Jaime Dantas da Costa, de 33 anos, já dura 20 dias. Ele quebrou a perna ao ser atropelado por um carro, no dia 31 de dezembro, véspera de réveillon. Jaime, que mora em João Câmara, reclama da demora e da falta de informações. “Não sei quando vão me transferir para fazer a cirurgia”.
O agricultor Sidinaldo Alves da Silva, 31 anos, está há menos tempo no corredor do Walfredo, mas, a julgar pela espera dos que chegaram antes e ainda continuam lá, teme que não seja encaminhado tão cedo para fazer a cirurgia eletiva. Ele deu entrada no Walfredo no último sábado (17) com uma fratura na perna, resultado de um acidente de moto na sua cidade, São José do Mipibu. “Até aqui não há previsão de encaminhamento”, disse ontem.
Versão da SMS
Por meio de sua assessoria de comunicação, a Secretaria Municipal de Saúde negou que as três unidades hospitalares privadas que atendem aos usuários do SUS em Natal na área de cirurgias ortopédicas estejam sem convênio com o Município, como afirma o Hospital Walfredo Gurgel.
De acordo com informações da assessoria, todas as três têm contrato assinado com a SMS. Entretanto, o Hospital Médico Cirúrgico não juntou a sua documentação a certidão negativa de tributos estaduais, documento exigido no processo de pagamento, que se encontra em análise na Procuradoria Geral do Município. O processo contempla o pagamento dos meses de agosto, setembro, outubro e novembro de 2014, com valor total de aproximadamente R$ 1 milhão.
Ainda segundo a assessoria de comunicação da SMS, o Hospital Memorial e a Prontoclínica estão com os seus recebimentos em dia, dentro dos prazos do rito processual do SUS em Natal, já que toda a produção realizada até outubro de 2014 foi quitada.
Os contratos assinados pelos três hospitais prevêem os valores mensais máximos pela prestação dos serviços ao SUS: Memorial, R$ 2.336. 619,56; Médico Cirúrgico, R$ 1.483.737; e Prontoclínica, R$ 170 mil. Ontem, uma reunião na Sesap discutiu vários problemas do Hospital Walfredo Gurgel, entre eles, a situação da fila de pacientes ortopédicos, mas nenhuma decisão quanto à demora no encaminhamento de pacientes foi anunciada.
Números da ortopedia
Situação da lista de pacientes que aguardam cirurgia
122 pacientes aguardavam, ontem, por uma cirurgia de ortopedia
Com laudo médico: 76
Sem laudo médico: 46
28 encontravam-se em macas nos corredores
94 encontravam-se em leitos nas enfermarias
Hospitais conveniados com a SMS e valores mensais máximos previstos em contrato:
Prontoclínica Paulo Gurgel: R$ 170 mil
Hospital Memorial: R$ 2.336.619,56
Hospital Médico-Cirúrgico: R$ 1.483.737
da TN
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