MP abre inquérito para apurar aluguel de jatinho por Rosalba

Um caso que, na época, pareceu uma simples prova da falta de cuidado da gestão Rosalba Ciarlini com os recursos públicos, pode virar agora mais uma irregularidade praticada pela administração da ex-governadora: o fretamento de uma aeronave para ir ao Rio de Janeiro e voltar no mesmo dia. O inquérito que apura o caso no Ministério Público do RN foi instaurado na edição desta terça-feira, do Diário Oficial do Estado.

A promotora responsável pelo caso é Keiviany Silva de Sena, que coordena as promotorias de Patrimônio Público do MPRN. Na época, conforme foi noticiado, o Governo do Estado pagou R$ 102 mil para alugar um “jatinho” que levou Rosalba de Natal ao Rio de Janeiro para participar de “Cerimônia com presença do ex-ministro da Educação, Aloísio Mercadante”. Basicamente, se tratava do relançamento do programa Telecurso Segundo Grau, a convite da Fundação Roberto Marinho.

Apesar de tentar justificar o fato, a governadora conseguiu para si uma série de críticas pela atitude pouco austera. Afinal, naquele momento (início de 2013), o Rio Grande do Norte começava a vivenciar uma crise financeira sem precedentes e que perdurou até o final da administração dela, com direito até a atraso nos salários dos servidores potiguares.

Para a investigação, o Ministério Público do RN solicita  à empresa responsável pela locação da aeronave cinco cópias de notas fiscais referentes ao fretamento de aeronave Jato Citation, capacidade para 06 passageiros, para o percurso de aproximadamente 5000km.

Solicita, também, que o proprietário da empresa esclareça de que forma é calculado o valor da viagem referente apenas ao trecho de ida (Fortaleza – Rio de Janeiro, por exemplo) e se há um valor diferenciado no trecho ida e volta (Fortaleza – RJ – Fortaleza). Haveria a suspeita de pagamento superfaturado do frete.

“Enquanto o governo realiza despesas como esta, existem diárias operacionais de policiais que trabalharam desde o carnaval, na Operação a Verão, que ainda não foram pagas. Quer dizer, isso reflete a questão da prioridade do governo na aplicação dos recursos”, afirmou o deputado estadual Fernando Mineiro, do PT, na época dos fatos.
Do JH

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