A tecnologia está cada vez mais próxima, e a favor, dos produtores rurais. No Rio Grande do Norte, os criadores poderão participar de um programa realizado pelo Sebrae/RN que visa trabalhar a gestão, planejamento e o melhoramento genético do rebanho potiguar, através de ações de biotecnologias de reprodução. O projeto “Leite e Genética”, idealizado em parceria com a Associação Norte-riograndense de Criadores (Anorc) ainda garantirá ao produtor rural um subsídio de 80% dos custos.
Acácio Brito, presidente da Câmara Técnica do Leite (Tecleite) da Anorc, explica que o projeto, a ser apresentado aos produtores em solenidade nesta terça-feira à noite, trabalha com vertentes voltadas para a implantação de uma metodologia utilizada pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e com laboratórios móveis.
“Com a metodologia da Embrapa, o projeto trabalha a qualidade da produção do leite, dando condições ao produtor para que ele possa identificar como está sendo realizado o manejo e alimentação do rebanho. Com uma pequena mostra, é possível fazer até 15 análises”, explicou.
Já através dos laboratórios móveis, o produtor poderá analisar a essência reprodutiva do rebanho, observando o processo de gestação com a utilização de equipamentos de Ultrasom. “Assim é possível que o produtor melhore os indicadores reprodutivos”, contou Acácio.
O ponto alto da participação dos produtores rurais no projeto Leite e Genética são as estratégias de melhoramento genético com as ações de biotecnologia. Com as novas técnicas, o produtor aprenderá a obter crias através do processo de inseminação artificial e utilizar a fertilização in vitro para vacas leiteiras e produtoras de carne.
O lançamento do projeto será realizado no auditório Arnor Francisco, no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, às 19h desta terça-feira. Após a solenidade, os produtores interessados já poderão procurar os técnicos do Sebrae para providenciar o contrato de prestação de serviço. O projeto será realizado através do SebraeTec, com 80% de subsídio. Os 20% restantes são contrapartida financeira do produtor que aderir ao programa. O valor a ser pago pelo produtor dependerá do porte tecnológico a ser contratado.
Estão previstos pacotes de atendimentos para criadores de raças de leite e corte de variados portes. O início do programa, que é operado em parceria com o Instituto Bio sistêmico (IBS), também viabilizou a implantação do primeiro laboratório de fertilização in vitro no Estado, um desejo antigo da ANORC.
“Esta é uma grande notícia para o setor agropecuário. Uma nova oportunidade para os nossos criadores darem um salto de genética e gestão eficiente. Somos parceiros deste grande projeto”, destacou o presidente da Anorc, Antônio Teófilo, explicando que o objetivo do programa é contribuir para o desenvolvimento genético das bovinoculturas de leite e de corte no Estado.
Por meio de consultorias técnicas e inovação, as ações do projeto Leite e Genética trazem ao produtor programas de melhoramento genético. A essência do programa está em identificar, organizar, estruturar e melhorar, de maneira estratégica, a oferta e produção exigidas pelo mercado. As ofertas são focadas no fortalecimento e na sustentabilidade das propriedades leiteiras. O atendimento se dará através das unidades móveis. Pode se beneficiar do projeto os produtores que possuam um faturamento de até R$ 3.600.000,00/ ano.
do JH
Nenhum comentário:
Postar um comentário