Multidão pede justiça e tenta linchar homem que matou psicóloga

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“Eu tô muito arrependido, eu espero que o pai e a mãe dela tenham paz. Se eles puderam me perdoar, mas eu acho que é difícil”, disse o réu confesso em entrevista ao FalaRN

“Justiça, justiça”, esse foi o coro de centenas de pessoas que tomaram às ruas de São Gonçalo do Amarante na noite deste sábado, 23.

A população se aglomerou na frente da Delegacia de Polícia Civil da cidade, onde Carlos André dos Santos Cassimiro, assassino confesso de Natália Tâmara Felipe Macedo, de 24 anos, prestava depoimento.

A psicóloga foi assassinada na última sexta-feira, 22. O clima era de tensão porque a multidão ameaçava invadir o prédio para linchar o acusado. Com apenas dois policiais civis na cidade, foi preciso pedir reforço de três viaturas, com 12 homens, para resguardar a integridade do preso e do patrimônio público.

“Uma menina daquela, uma menina de ouro não merecia isso. O delegado era pra liberar ele pra gente fazer nossa justiça”, disse um dos manifestantes.

O delegado Raimundo Rolim disse que é normal a população estar revoltada com um crime bárbaro como esse. “A polícia está cumprindo o seu papel, identificou a autoria, perseguiu o suspeito e conseguiu capturá-lo”. Carlos André, 29, vai ser autuado em flagrante por homicídio duplamente qualificado. 
ARREPENDIDO – Segundo o delegado, nem mesmo o acusado sabe exatamente a motivação do crime.
“O que ele recorda é que ele atraiu essa moça pra casa dele, alegando que ela viesse pegar algumas frutas , que seria para o aniversario da filhinha de três anos, e quando ela chegou ele estava sob efeito de álcool, tinha bebido muito e tinha cheirado cocaína, e essa combinação é mortal. Então ele tentou assediá-la, ela não permitiu”
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Como consequência, eles teriam brigado e Carlos André teria assassinado a psicóloga com várias cutiladas no rosto e no pescoço.
A partir das informações prestadas pelo assassino, a perícia encontrou no local do crime, a arma utilizada para matar a vítima. O objeto, uma faca de mesa, estava enterrado. O que pode dificultar o trabalho da perícia. “A areia limpa um pouco os resíduos de sangue”, disse o perito criminal Paulo Roberto do Vale.
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Para a perícia técnica o acusado disse que o corpo da vítima foi transportado no porta malas de um carro. “Nós retiramos o carpete e vamos encaminhar para o laboratório para ver as manchas, se essas manchas que foram encontradas são manchas de sangue”.

Por enquanto a polícia não irá fazer reconstituição do crime. Segundo o delegado, o réu confesso está colaborando e não está dificultando o trabalho da polícia. “Pode ser que mais à frente haja à necessidade de uma reprodução simulada”.
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“Eu tô muito arrependido, eu espero que o pai e a mãe dela tenham paz. Se eles puderam me perdoar, mas eu acho que é difícil”, disse o réu confesso em entrevista ao FalaRN. Sobre os motivos do assassinato se limitou a dizer: “Não sei, não sei”. 

ENTENDA O CASO – A Psicóloga Natália Tâmara Felipe Macedo, de 24 anos, foi  morta a facadas na manhã da última sexta-feira (22), em uma estrada carroçável em São Gonçalo do Amarante, município da Grande Natal. O suspeito foi encontrado na cidade de Barcelona, distante 90 quilômetros de Natal. A Polícia já vinha em diligências desde a ultima sexta-feira, 22, pelo interior do Estado em busca dele, que é vizinho da vítima.
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Segundo informações iniciais, o suspeito teria se entregado na manhã deste “sábado, após se hospedar em uma pousada naquela cidade. O delegado Raimundo Rolim, responsável pela investigação do caso, está se deslocou para São Paulo do Potengi, onde o preso foi conduzido Delegacia Regional da PM.

O crime ocorreu nas imediações da casa da vítima, na rua Iraci Pereira Machado, no centro de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. Segundo o delegado Raimundo Rolim, responsável pela investigação do crime, a mãe da psicóloga era babá da filha do suspeito.
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Natália Macedo teria sido assassinada dentro da casa onde a mãe trabalhava. O corpo da jovem foi abandonado em uma estrada carroçável próximo ao Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, a dois quilômetros de distância do local do crime. Ainda segundo o delegado, havia sangue na cama do suspeito e sinais de luta pela casa, contudo, a arma usada para matar a psicóloga não foi localizada naquele momento.
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O corpo de Natália foi encontrado na manhã seguinte. Havia marcas de facadas e há suspeitas de que ela tenha sofrido violência sexual. A polícia acredita que ela tenha sido atraída até o local. Hipótese que foi descartada depois.

Sobre gritos de populares de “assassino, assassino” o preso saiu da Delegacia de São Gonçalo e foi encaminhado para a central de Polícia Civil em Natal, RN.
Fonte: Agência de Notícias FalaRN

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