Com nove meses de governo, PSDB diz que promessas não foram cumpridas

 
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que o governo da presidenta Dilma Rousseff deveria escolher o do investimento para gerar emprego e renda. No entanto, quando o PSDB era governo fez o contrário.

O discurso presunçoso dos tucanos tenta esconder a realidade recente do país. Para refrescar a memória seletiva, recordamos, infelizmente, que em 2000, portanto durante o segundo mandato de FHC, o Brasil ocupava o segundo lugar no mundo em taxa de desemprego, perdendo apenas para a Índia. 

“A taxa de desemprego nacional cresceu 38% nos quatro anos do primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso. Passou de 6,5% para 9,0% da População Economicamente Ativa (PEA)”, dizia a matéria da Folha de S. Paulo de 31 de janeiro de 1999. “A depender do tamanho da recessão, a taxa de desemprego pode crescer entre 9% e 51%. Em números absolutos, isso significa que o contingente de desempregados pode ser acrescido, em 1999, de 700 mil a 3,6 milhões de pessoas”, completava. Lembra?

Toma lá, dá cá

Já o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou o arco de alianças do governo no Congresso Nacional, dizendo que a presidenta Dilma “é refém de uma base de sustentação no Congresso que a cada dia é cada vez mais do tipo toma lá, dá cá".

No entanto, o “tipo toma lá, dá cá“ foi o padrão de aliança de seu governo, FHC. O caso mais emblemático de sua gestão foi a compra de votos da reeleição. O jornalista Fernando Rodrigues, à época na Folha de S. Paulo, relatou em documentário que as informações apuradas seriam suficientes para que as autoridades tomassem alguma providência. Ninguém foi sequer investigado. 

Isso por conta de outro fator: o engavetador-geral da República. Assim era conhecido, inclusive pela grande mídia, Geraldo Brindeiro, o procurador-geral da República. Estimativas do próprio Ministério Público naquele período, dão conta de mais de 4 mil processos parados nos dois primeiros anos de gestão.

A compra de votos para a emenda da reeleição nunca chegou ao Supremo Tribunal Federal nem seus responsáveis foram punidos porque o procurador-geral simplesmente arquivou o caso. 

Corrupção e o aécioporto

O candidato derrotado nas urnas também usou o seu tempo no programa para criticar o PT. O senador Aécio Neves, que também é presidente nacional do partido, fez um discurso “feroz” contra a corrupção, mas não quis aproveitar o tempo para falar das 124 viagens que fez utilizando aviões oficiais do estado de Minas Gerais para o Rio de Janeiro. Os deslocamentos foram feitos durante 2003 e 2010, período em que esteve à frente do governo mineiro.

Muito menos explicou o uso de recursos públicos para construir um aeroporto na cidade de Cláudio, na fazenda de seu tio, que também é detentor das chaves, ou seja, é de usos particular.

Além disso, os tucanos não explicaram porque suas bancadas na Câmara e Senado votaram pelo financiamento privado de campanha, apontado por especialistas como a principal causa da corrupção.

E não foi só isso. Enquanto faz a política do “quanto pior, melhor” no Congresso Nacional, Aécio disse na propaganda política do PSDB que o partido vai se posicionar a favor de medidas como a redução dos encargos na folha de pagamento das empresas e contra a retirada de direitos.

Mas quando vamos analisar as propostas do senador no Congresso, a história muda completamente. Na proposta do Plano de Proteção ao Emprego, por exemplo, Aécio defende a redução da jornada de trabalho possa ser de até 50% e que os salários também sejam reduzidos em até 50%. Na proposta original, as empresas, em comum acordo com os trabalhadores, poderiam reduzir a jornada de trabalho em até 30% e os salários, em 15%.

Nas redes

A exibição do programa foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Com a hashtag #PSDBSemProjetoSemRumo alcançou o Trending Topics no Twitter.

Os internautas questionaram, durante o tuitaço, a conduta da oposição e também relembraram casos de corrupção tucanos, que foram censurados do programa do PSDB na TV.


Do Portal Vermelho

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