A candidata do CUP, Anna Gabriel, também afirmou que não vai apoiar a reeleição do presidente do governo catalão, Artur Mas, ou a indicação de outra pessoa, de qualquer partido, vinculada com a corrupção, os cortes e as privatizações.
Nas eleições o partido de Anna ganhou 10 deputados, enquanto que o outro partido pró-independência, Junts pel Si (Juntos pelo Sim), aliança da Convergência Democrática e Esquerda Republicana da Catalunha (CDC-ERC), conseguiu 62 assentos.
A maioria absoluta do parlamento de 135 assentos é 68, e o Juntos pelo Sim precisa de pelo menos seis votos para formar o governo, mas a CUP se recusa a apoiar uma declaração unilateral de independência sem ter a maioria de votos da população.
A esquerda independentista afirmou que irá propor desobediência concreta a toda legislação contrária aos interesses sociais e econômicos da Catalunha.
“A declaração unilateral de independência caminhava junto ao plebiscito e não obtivemos a vitória”, declarou em uma coletiva de imprensa Antonio Baños, candidato da CUP, que propõe formar um governo presidido por alguém capaz de simbolizar a nova etapa.
Baños anunciou que seu partido pedirá ao Juntos pelo Sim e à outra coalizão de esquerda e ambientalista Catalunha Sim, pode, com 11 deputados, que se somem à elaboração de um programa conjunto.
Apesar dos dois partidos independentistas terem ficado abaixo dos 50% dos votos (47,8%) a CUP vê os resultados como um desejo de ruptura com o status quo.
“Incluindo a Catalunha Sim, pode (defensora do direito a decidir, mas oposta à declaração unilateral de independência), temos uma maioria de votos quanto ao processo constituinte”, indicou Baños.
No domingo (27), na sua opinião, venceu “o poder popular, o do anticapitalismo e o do feminismo”.
Fonte: Prensa Latina
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